Casa de traços elegantes é envolta na paisagem andina
Ao lado da Cordilheira dos Andes, surge esta elegante casa, no norte do Chile. O traçado discreto venera a paisagem e desenha espaços para os prazeres simples da vida
Por Por Denise Gustavsen (texto) | Projeto 57studio | Fotos Guy Wenborne
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19 Jan 2017, 15h51 - Publicado em 10 Sep 2013, 17h58
Do flerte com a natureza selvagem definida pela monumental sucessão de montanhas azuladas, ao leste, vem a maior qualidade da casa Kübler: a elegante ocupação do lote de 5 mil m². Cores neutras, transparências e elementos sóbrios confguram a construção idealizada pelos arquitetos Benjamín Oportot e Maurizio Angelini, do 57Studio, que se ergue respeitosamente em frente à forte paisagem na capital chilena. Buscar o cenário devários pontos de vista era o principal desejo dos moradores. Amantes da vida ao ar livre e da boa gastronomia, um engenheiro e sua mulher imaginavam um refúgio generoso para reunir-se aos filhos e netos ao longo do ano. Paredões de concreto e outros recursos, como brises e vidros duplos, ajudam a barrar as altas temperaturas do verão, os ventos que sopram do sul e os olhares indiscretos de forasteiros. Conectados ao mundo exterior, os espaços internos abraçam um pátio central, que se volta para o norte só para mirar o belo jardim.
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Impermeabilizada apenas com tinta elastomérica acrílica acinzentada, a piscina (3,50 x 14 m) de cimento foi estrategicamente colocada num ponto no qual pudesse refetir a casa em suas águas azuis.
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Ao lado da piscina, o anexo de lazer soma área da churrasqueira aberta e, no interior, sala de ginástica, banheiro, sauna e adega.
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Brises de aço filtram a entrada da claridade e arrematam o desenho de concreto.
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Na fachada principal, porções da magnífica vegetação nativa se encarregam de eliminar qualquer sinal de aridez da construção.
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Na varanda coberta, na lateral do espelho d’água, uma das paredes foi finalizada com filetes de basalto. o piso é de travertino claro. Brises metálicos no teto controlam a luminosidade.
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Quando batem os raios de sol, o relevo dos brises do exterior desenha-se pelo piso de jatobá polido do corredor de circulação. Com degraus de cedro fixados à estrutura de metal, a escada leva à suíte e ao terraço.
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À esquerda do espelho d’água, a parede envidraçada do primeiro pavimento é protegida por brises metálicos, de 50 cm de largura cada um, encaixados em barras horizontais, presas na parede, no alto, e no piso.
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Na área social, vários panos de vidro duplo mantêm a natureza sempre à vista. Esquadrias de alumínio apoiam esses extensos painéis e, assim, desde o hall, é possível avistar o jardim interno, a varanda e o paisagismo dos fundos do terreno. O piso ganhou placas de travertino claro trazido do Norte chileno.
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De cedro e vazado, o amplo marco da porta pivotante, da mesma madeira, ajuda a dosar a quantidade de luz. Na lateral direita, o vidro esmerilhado oferece mais privacidade à entrada principal, virada para a rua.
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Sob vigas de concreto, finos perfis de aço galvanizado formam a cobertura da área de lazer e barram o excesso de luminosidade sobre o ponto da churrasqueira. Os pilares também são de metal.
Vista privilegiada: A planta se organiza em torno de um pátio central embelezado por paisagismo simples. Distribuídas em uma lateral do jardim, piscina e área de lazer exploram a extensão do lote.
Observatório: Para tirar proveito da visão deslubranteno terraço, no segundo pavimento,os arquitetos deixaram ali asuíte principal e o extenso terraço.
Área: 400 m²; Arquitetos colaboradores: Felipe Zamora e Carla Uribe; Construção: Cybco; Cálculo estrutural: Claudio Hinojosa; Paisagismo: Cristóbal Elgueta; Luminotécnica: Angela Croxatto