Arquiteta cria sofá em L em alvenaria com tecido impermeável em cobertura
A arquiteta Tainá Binato, do escritório Casa Tauari, também contemplou dois offices com antessala e um banheiro completo na cobertura que é seu lar.

A arquiteta Tainá Binato, do escritório Casa Tauari, e seu marido encontraram um lar nessa cobertura dúplex.

“Achamos esse duplex com 260 m² e decidimos fazer uma obra mais contida na parte de baixo – onde ficam quartos, sala e cozinha – para nos mudarmos rápido. Depois, já instalados, iniciamos a reforma da cobertura, que seria a cereja do nosso bolo. Foi por causa dessa área de lazer que compramos o apartamento”, conta a Tainá.
Ela destaca que o imóvel, localizado em um prédio de 1979, estava praticamente preservado em sua configuração original, tendo pertencido apenas a uma família antes deles.

Durante as obras, uma das maiores surpresas foi na troca do piso da sala no segundo pavimento, que estava bastante desgastado. “Não havia laje embaixo. O piso estava assentado em uma estrutura de madeira antiga, que se apoiava na laje inferior. Decidi criar uma sala rebaixada, como um ‘conversation pit’. Desenhei em alvenaria um sofá em ‘L’, com tecido impermeável.

Para o acabamento da estrutura utilizei microcimento bege e arredondei as quinas para torna-los mais aconchegante”, descreve Tainá.

No primeiro piso, a maior intervenção foi a integração da sala com a cozinha e a varanda. A suíte do casal também foi alterada, com a diminuição da área do dormitório para criar um closet.

Na decoração, alguns móveis foram aproveitados do apartamento anterior, mas usados de forma a não reproduzir por completo o mesmo visual. Entre as peças novas, Tainá destaca a poltrona Gorila, do Phillipe Fonseca, posicionada próximo à janela da sala.

Algumas peças existentes no apartamento também foram mantidas e restauradas, como a estante vazada de madeira maciça escura, com prateleiras de quinas arredondadas, ao lado da porta de entrada, e um móvel de Pinho de Riga que havia na cozinha e remontado após a obra na parede de frente para a sala.

“Ele tem uma pegada ‘fazenda’ que lembra muito a minha infância”, revela Tainá, filha de gaúchos e nascida em Campo Grande (MS). “Eu tenho uma queda pelo contemporâneo tropical brasileiro, então queria um mood que tivesse madeira, pedra e muita planta”, completa.
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