Apê de 120 m² tem piso de cerâmica que lembra ladrilho e móveis vintage
O escritório Maia Romeiro Arquitetura utilizou uma base neutra nas paredes, cortinas e mesa de jantar brancas, tapetes, estofamento e marcenarias.
Este apartamento de 120 m², em Copacabana, Rio de Janeiro, teve sua reforma projetada pelos arquitetos Marina Romeiro, Marina Gomes e Felipe Maia, do escritório Maia Romeiro Arquitetura. “No geral, os clientes pediram para preservar o piso de taco estampado existente, pelo qual se apaixonaram e foi um dos motivos da escolha do imóvel, e também para incluir na decoração os móveis antigos, de valor afetivo, que já tinham”, conta Marina.
Com a reforma, a planta original do imóvel sofreu algumas alterações para atender as necessidades dos novos proprietários. A cozinha, por exemplo, incorporou uma parte da sala e da circulação íntima para ficar mais ampla e, para compensar, uma pequena área do quarto de hóspedes foi anexada à sala.
Na área íntima, a parede que dividia os quartos foi eliminada e substituída por armários (com portas voltadas para os dois ambientes), a porta da suíte do casal foi reposicionada para que o acesso ao dormitório se desse pelo closet e o banheiro da suíte “cresceu” em direção ao banheiro social. Por fim, a circulação da entrada de serviço foi incorporada ao antigo quarto de serviço para transformá-lo em um espaço multiuso, com acesso independente.
Como o ponto de partida do projeto foram os móveis antigos que os clientes já tinham (sendo alguns herdados de família), o conceito geral foi a criação de espaços organizados e aconchegantes que suavizassem todos os tempos desse acervo. Entre as antiguidades mais importantes, os arquitetos destacam um sofá e duas poltronas, estilo Luís XV, que foram restaurados.
“O novo layout da sala de estar foi pensando a partir deste sofá. Já as poltronas colocamos uma em cada quarto”, conta Mariana. “A área que roubamos do quarto de hóspedes para aumentar a sala foi justamente para receber um buffet antigo de madeira escura maciça, que repaginamos com laca branca e novos puxadores”, acrescenta Felipe. Na suíte do casal, além da poltrona Luís XV, a cabeceira da cama e as mesas laterais também vieram do endereço antigo e ganharam nova pintura.
Para que os móveis antigos sobre o piso de taco estampado não pesassem visualmente, os arquitetos adotaram uma base neutra, composta de paredes, cortinas e mesa de jantar brancas, tapete e estofamentos off white e marcenarias de desenho limpo com acabamento em freijó natural e branco, sem puxadores ou qualquer elemento que pudesse chamar a atenção.
“Conforme o projeto foi evoluindo, testamos pontos de cores pela casa. Como os clientes gostam de azul, pintamos a porta, as paredes e o teto do hall de entrada da mesma cor para criar um efeito de caixa e replicamos no fundo da estante da sala e na parede atrás do buffet”, informa Marina. Na suíte do casal, a parede atrás da cama foi pintada de verde escuro para trazer aconchego ao espaço, já que o branco impera nos demais elementos da decoração.
Na cozinha, a combinação do piso cerâmico com estampa que lembra ladrilho hidráulico com armários laqueados de cinza claro, portas almofadadas e puxadores em concha preta contribui para criar um clima acolhedor de cozinha da avó.
Outro destaque é a “ilha” com tampo de madeira e base de ferro preto, originalmente criada para ser uma área extra de preparo dos alimentos, mas acabou virando o espaço predileto dos moradores para fazer as refeições do dia a dia.
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