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Márcia de Luca: Mais coragem para o sonho

Márcia De Luca é especialista em ioga, meditação, ayurveda e uma das idealizadoras do movimento Yoga pela Paz. Também assina a coluna Coisas da Alma, da revista CLAUDIA.

Por Márcia De Luca
Atualizado em 20 dez 2016, 21h45 - Publicado em 17 out 2013, 16h17
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Sonhar é preciso. Mas sem uma dose de ousadia o sonho jamais se torna realidade. A história do Yoga pela Paz é um resumo dessa máxima e prova de que, muitas vezes, uma importante realização depende de não deixar apagar a faísca de um desejo pessoal. Desde criança sempre sonhei em mudar o mundo (quanta pretensão, não é mesmo?!). Sabemos que isso é impossível e até juvenil. Mas, com o passar dos anos, através das lentes da sabedoria da idade, aprendi a olhar por outro prisma e a observar que podemos, de verdade, mudar as pessoas.

Há nove anos, reuni um grupo de alunos para participar de um workshop em San Diego, nos Estados Unidos, com o médico e guru indiano Deepak Chopra. Meditamos durante sete dias. No final dessa semana, totalmente inspirada pela prática, disse ao publicitário Fran Abreu (hoje meu parceiro nesta empreitada): ”Quero fazer algo para mudar o mundo, mas não sei fazer sozinha. Você tem que me ajudar!”

“É pra já”, Fran respondeu. E lá se vão anos do Yoga pela Paz. Estamos na oitava edição desse evento sem fins lucrativos, que tem como objetivo oferecer ferramentas de autoconhecimento e autodesenvolvimento para as pessoas de bem que querem uma transformação interior. No coração dessa grande festa, há uma tese: todos os nossos pensamentos são projetados no inconsciente coletivo, influenciando tudo e todos. Daí a conclusão de que a violência presente no mundo externo também está dentro de nós: nossas angústias, tristezas, inseguranças, medos e culpas acabam sendo disseminados. E, da mesma forma, se mudarmos a qualidade de nossos pensamentos, simplesmente mudaremos o mundo também.

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O Yoga pela Paz nasceu com o propósito (tão sonhado quanto ousado) de pacificar pensamentos e atitudes. Começou em 2006, na cidade de São Paulo, com uma celebração que incluía prática de ioga, meditação coletiva induzida e show do cantor Krishina Das no estacionamento do Credicard Hall em um domingo ensolarado de agosto. Para nossa feliz surpresa, quase 5 mil pessoas foram ao encontro. De lá para cá, o evento só faz crescer. As práticas começaram a se estender por três dias (sexta, sábado e domingo), expandiram-se para outras cidades e outros estados. Por dois anos, fazemos também o Congresso Internacional de Ayurveda, que contou com professores do mundo inteiro.

Nesta oitava edição – que acontecerá de 7 a 13 de outubro –, criamos o Festival Semana Cultural do Bem-Viver. Um dos pontos de encontro será o Parque Ibirapuera, mas várias escolas de ioga se uniram ao nosso evento e oferecerão aulas também. Mais de 700 atividades gratuitas – em dez cidades brasileiras – estão programadas (veja a agenda em Yoga pela Paz).

Convido todos a participar e, no dia 13 de outubro, a vir para a meditação coletiva no Ibirapuera, em São Paulo. Nesse dia, teremos todos a intenção de paz, harmonia, alegria e amor para nossa cidade, nosso país e para o planeta. Lembram do que falei sobre o inconsciente coletivo? O pensamento precisa de tutela constante. Se nos conectamos com o bem, algo de bom tem muito mais chances de acontecer.

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