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Grécia encanta por suas belezas naturais

A Grécia é um destino turístico clássico, que encanta por suas histórias e belezas naturais

Por Reportagem Aline Stürmer - Edição MdeMulher
Atualizado em 20 dez 2016, 20h51 - Publicado em 26 abr 2012, 20h15

*Matéria publicada em Bons Fluidos #155 – Fevereiro de 2012

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Povoada pelo imaginário mitológico, e pela influência dos pais da filosofia, a Grécia é um dos maiores berços culturais da Antiguidade, e encanta por sua história e pelas belezas naturais de suas ilhas, perfeitas para uma imersão no tempo e no azul turquesa de suas águas. O grande barato da Grécia está no verão, quando a atmosfera cosmopolita de Atenas dá lugar às ilhas, ao branco ofuscante das casas típicas de Santorini, às baladas épicas de Mykonos, e à singeleza da ilha de Amorgos. É no verão que os gregos e os turistas estrangeiros parecem viver seu estado de graça, em uma saudação ao sol e à natureza.

Atenas, o berço da democracia

Nenhum olhar sobre Atenas parecerá suficiente, se você não compreender ao menos um pouco da complexidade histórica de uma das maiores capitais europeias. Cada uma de suas esquinas se desdobra em um museu a céu aberto – suas estátuas traduzem os rumos tomados pela história e nenhuma delas esconde a beleza involuntária corroída pelo tempo. Na Praça Omonia, o ritmo acelerado do centro antigo não para, enquanto milhares de turistas e guias circulam pelos bairros adjacentes de Monastiraki e Plaka. A Praça Syntagma, sede do Parlamento grego, é hoje o epicentro dos protestos organizados pela população contra os ajustes econômicos advindos da crise. Para nós, viajantes, fica a impressão da tenacidade dos cidadãos gregos, que não se dobram ante a adversidade.Na base da colina da Acrópole, localiza-se a principal atração da cidade, e uma das maravilhas do mundo: o Parthenon, imponente símbolo da civilização grega, edificado há cerca de 2.500 anos em homenagem à deusa Atena, patrona das artes e da sabedoria, e o maior símbolo da democracia grega.

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Grande parte dos passeios pelo centro histórico de Atenas pode ser feito a pé, e nesse caminho encontra-se, além das ruínas históricas, uma lista de opções de entretenimento e comércio, com livrarias, lojas de grifes famosas, restaurantes e shows. A cultura grega sempre valorizou a comunicação, o encontro, e a representação social por meio das artes. O bairro boêmio de Psiri, antiga área de pequenas fábricas de couro, se vê transformado pela cena festiva underground, repleto de cafés em estilo anos 60, tradicionais tavernas gregas e casas retrô, todos regados a boa música e com vida noturna intensa.No calor intenso do verão, o café – servido gelado e batido como um frappé – acompanha horas intermináveis de conversas entre os gregos, à espera das embarcações que partem de Pireu, o maior porto do país, localizado a uma hora de Atenas, com destino às Ilhas Cíclades.

Magia entre as ilhas

As Ilhas Cíclades são parada obrigatória para quem gosta de agito e glamour, e também para quem prefere privacidade, sombra e água fresca.

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Naxos, o portal de Apolo

Uma gigantesca muralha de pedra sinaliza a entrada em Naxos, a maior ilha das Cíclades. Lugar onde o tempo parece não passar, Naxos permanece associada ao famoso vinho, às azeitonas e ao kytron, bebida à base de folhas de limoeiro. Sua atmosfera nos remete aos vilarejos espanhóis de Andaluzia. Naxos ostenta o Portara que, segundo a mitologia, era um portal que teletransportava o deus Apolo entre Naxos e Delos, ilha de seu nascimento. No centro de Naxos, bazares e bistrôs ficam abertos pela noite adentro, ao sabor do kefalotiri.

Seria Santorini a tão procurada Atlântida?

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Diz a lenda que Santorini teria sido formada geologicamente por uma violenta explosão vulcânica, em 1625 a.C., o que gerou especulações a respeito de possíveis conexões diretas com Atlântida, uma terra de mitos do passado que teria desaparecido, submersa em decorrência de um cataclismo geológico.É necessário transporte motorizado para chegar às diversas praias da ilha, que são um espetáculo à parte: pedras vulcânicas espalham-se pela orla da Praia de Perissa, e falésias gigantescas perfazem toda a encosta da Praia Vermelha. A ilha difunde a cultura e as tradições gregas entre inúmeras igrejas ortodoxas, vistas por suas marcantes cúpulas azuis. Perder-se entre os labirintos brancos de Fira e Óia – com casas e ladeiras com detalhes primaveris e escadarias construídas sobre penhascos à beira do oceano – parece ser mais um dos caminhos de Santorini, conhecida por ter um dos mais belos crepúsculos do mundo.

O prazer efusivo de Mykonos

Modelos, artistas e figuras badaladas elegeram Mykonos como o paraíso das baladas efervescentes, que se estendem pela Chora, o centro cosmopolita que abriga um comércio luxuoso de marcas internacionais.

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Amorgos, o profundo azul de Afrodite

Bronzeados e exaustos, depois do frenesi de Mykonos, parece razoável procurar a paz em ilhas mais recônditas, camufladas entre as cerca de 3.000 formações insulares da Grécia. Esse lugar tem nome – Amorgos, pequena ilha bem próxima ao litoral turco que, em 1988, serviu como cenário do clássico filme Imensidão Azul, do cineasta francês Luc Besson.

 

Nesse pedaço marítimo do Éden, grande parte dos turistas é grega. Para eles, Amorgos é uma espécie de segundo lar, por renovar a energia urbana trazida, principalmente, de Atenas e Tessalônica (segunda maior cidade do país), e por reproduzir um ambiente em que natureza, contemplação e romance se complementam. A chegada pelo Porto de Katapola desmitifica esse cenário de paraíso insólito e intocado – comerciantes aproximam-se de cada embarcação que ali aporta, em busca de bons negócios. Em direção a uma de suas diminutas praias, montanhas em tons de bege recortam a visão do mar azul intenso, cercadas por enormes abismos. No caminho para Aegliali, praia que abriga o outro porto da ilha, pequenas casas brancas contrastam com a paisagem rupestre salpicada de moinhos de trigo desativados e por rebanhos de exóticas cabras.

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Apesar de calma e mais tradicional, Amorgos tem uma atmosfera culturalmente interessante, com maior ênfase no turismo familiar, diferentemente das ilhas mais badaladas. Alguns lugares, como o café Jazzmin, e o bar Amos, têm uma programação diária para o público jovem, com música ao vivo, bebidas e comidas típicas.

 

Distante de Aegliali e de Katapola, a estrada sinuosa que leva até a paradisíaca Praia de Mouros, passa pelo Mosteiro de Panagia Hozoviotissa, cravado em uma rocha gigantesca e que impressiona pela localização e beleza da arquitetura bizantina. Mouros é considerada a praia top de Amorgos, e uma das mais lindas do mundo – sinaliza o êxtase máximo em um mergulho por suas águas cristalinas. Não é por menos que Amorgos figura entre os mitos da Antiguidade, por ter abrigado um templo da lendária deusa do amor, Afrodite.

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*Matéria publicada em Bons Fluidos #155 – Fevereiro de 2012

 

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