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Conheça os benefícios de cada planta nos florais de Joel Aleixo

O sistema floral criado por Joel Aleixo extrai a essência das flores segundo os princípios da antiga alquimia na busca de bem-estar, equilíbrio físico, emocional e espiritual.

Por Texto Raphaela de Campos Melo e Ana Weiss (reportagem) | Design Roberta Jordá | Fotos Levi Mendes Jr.
Atualizado em 20 dez 2016, 20h21 - Publicado em 24 set 2012, 14h50
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O dia começa cedo no sítio de Joel Aleixo, situado em Cotia, na Grande São Paulo. É ali, em meio ao sossego do mato, que o alquimista dos nossos tempos, criador de um dos mais bem-sucedidos sistemas florais brasileiros – em vias de ser produzido na Itália –, perpetua uma tradição milenar. Às 6 horas da manhã, sua equipe, composta de quatro homens e duas mulheres, começa a manipular plantas e delas extrair suas essências vibracionais. Essas formulações trazem alívio físico, emocional e espiritual a muitas pessoas acometidas por desequilíbrios energéticos desencadeados por maus hábitos, estresse, traumas e condicionamentos inconscientes. A coleta das flores, porém, só ocorre depois do pôr do sol, fase em que as plantas se purificam internamente à medida que exalam gás carbônico. Mas há outra importante explicação para o horário tardio da colheita. “À noite, a aura das plantas aumenta em até dez vezes o seu perímetro e, como dou ênfase ao espectro delas, as colho nesse período”, justifica ele.

Como nasceu a Escola de Alquimia do Brasil

 

O fundador da Escola de Alquimia do Brasil (pioneira no país), especializada na formação de terapeutas florais, localizada na Vila Mariana, zona sul da capital paulista, cruza com tranquilidade a fronteira entre o mundo concreto e o sutil. Para esse devoto de São Francisco de Assis e, assim como ele, zelador da flora e da fauna, “ler” a aura das plantas e das pessoas é um dom e, portanto, uma manifestação espontânea.

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Justamente da comparação entre uma vibração e outra e posterior harmonização entre elas nasceu sua linha de trabalho, baseada na sabedoria da antiga alquimia postulada pelo egípcio Hermes Trismegisto, autor do mais importante tratado alquímico, a Tábula da Esmeralda, e pelo médico suíço Paracelsus. Apesar da tendência sensitiva, Joel é um homem comum. Dorme apenas seis horas por dia e procura despertar com o Sol. Sua rotina é tão carregada quanto a de qualquer empresário contemporâneo. “Lido com plantio, e-mails, Facebook, aulas, palestras, cursos, viagens, escrita de livros e apostilas”, elenca.

 

A verdade é que o termo alquimia – presente em escritos datados de 3000 a.C. – tem conotação bem mais prosaica do que supõe nossa imaginação. Segundo o especialista, a “arte de curar todos os males” originou um conjunto de ciências segmentado ao longo do tempo, como astrologia, numerologia e até a própria medicina alopática. “Entende-se erroneamente que a alquimia tem como objetivo a transmutação do chumbo em ouro. Porém, essa é somente uma metáfora sobre a transformação do ser humano imperfeito, ignorante e doente – o chumbo – em um ser divino, feliz e saudável – o ouro”, esclarece.

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Diferentemente dos sistemas alinhados com a filosofia dos florais de Bach, criados pelo inglês Edward Bach, o trabalho de Joel Aleixo emprega os preceitos da alquimia em todo o processo de elaboração dos compostos, desde o plantio. Cuidados artesanais – como o preparo do solo e a disposição das mudas, o momento certo de plantar e colher e a manipulação das flores – fazem com que a essência viva e transformadora das espécies seja preservada. Os canteiros assumem a forma de mandalas – círculos sagrados indianos, símbolos da totalidade. “Estudos baseados na observação do desenvolvimento das plantas nos mais diversos ambientes mostram que nos redondos elas se harmonizam mais. Afinal, moramos numa bola”, diz ele.

A experiência de Aleixo com a alquimia

 

“Quando se cria essa forma para as sementes no solo, a energia passa a circular de maneira espiralada, ajudando-as a absorver a matéria com mais facilidade. Assim, crescem com harmonia e desenvoltura”, assegura. Além de manusear espécies cultivadas, Joel também lida com exemplares nativos, apanhados em ambientes naturais e protegidos. “Saio para avaliar as emissões eletromagnéticas das flores. Ainda não encontrei um substituto para isso”, confessa ele, que também participa das demais etapas produtivas: preparação de mudas, plantio, colheita e manipulação laboratorial.

Como atuam os florais

 

Para a alquimia, ao longo da vida arquivamos a memória energética de tudo que vivenciamos. Os florais atuam sobre essa bagagem, que, quando negativa ou traumatizante, gera desequilíbrios de ordem física, emocional ou mental.

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A naturopata paulista Vivian Lustig, formada na Universidade de Roma, na Itália, é uma das discípulas a propagar o método. “O sistema Joel Aleixo é o único que segue preceitos alquímicos nas formulações, que, além das flores, levam minerais provenientes de ervas, óleos e pedras.” Além disso, a proposta não se limita a aliviar sintomas, e sim a promover o autoconhecimento. Uma viagem profunda que visa a limpeza de traumas intrauterinos e condicionamentos transmitidos por familiares. De acordo com Vivian, essa faxina se dá pela interação do floral com a circulação sanguínea até ela atingir o nível das células. “O objetivo é fazer com que a pessoa reconheça sua essência e seu propósito de vida”, sintetiza. É por isso que, na primeira sessão, é feito o mapa natal do cliente de acordo com a astrologia suméria. “Essa ferramenta não se atém à personalidade, como na astrologia convencional. Ela mostra a essência da pessoa, a sua verdade”, enfatiza Vivian.

 

O tratamento terapêutico apoia-se nas 400 essências que o laboratório de Joel entrega exclusivamente para terapeutas que seguem a linha alquímica proposta por ele. Para o consumidor, é possível achar em mais de 100 farmácias brasileiras fórmulas prontas, feitas das plantas tratadas com o mesmo cuidado, mas que, sem o acompanhamento do terapeuta, costumam ter efeitos apenas de alívio imediato. “A cura verdadeira acontece quando o paciente começa a se sentir tão pleno que nasce uma vontade de ajudar os outros e o mundo”, define Joel. É quando o chumbo, enfim, vira ouro.

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Conheça a simbologia da alquimia

 

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A mais nova fórmula da lavra de Joel Aleixo não tem vestígio de flores. Elaborado somente com partículas de carbono – “uma das matéria-primas fundamentais do Universo” – e temperado com notas musicais que Joel prepara devidamente assessorado por um jogo de diapasões e a ajuda de sua esposa, Jacqueline Aleixo, também terapeuta, o Vitriol foi baseado no esquema acima, desenhado pelo lendário Hermes Trismegisto. Estudos alquímicos defendem que tudo no Universo está organizado em oitavas – cada uma das oito notas musicais, para os alquimistas, correspondiam a um planeta, que, por sua vez, governava uma família de propriedades que caracterizam ordens de elementos diferentes, mas com energias semelhantes, como plantas, animais, metais e personalidades. Assim, cada paciente tem o seu Vitriol pessoal, manipulado com base em mais um cálculo astrológico feito em consultório. “Os depoimentos são de efeitos catárticos, de transformação profunda”, conta a naturopata Vivian Lustig. No desenho, as palavras em latim Visita Interiora Terra Rectificando Inuenies Occultum Lapidem (visite o interior da terra e, por meio da purificação, encontrará a pedra oculta, em tradução livre) dão origem à sigla do nome do novo composto. Num sentido geral, a ideia é que tudo no Universo se origina de um caos alquímico e o equilíbrio dessas substâncias tem a capacidade de lapidar qualquer combinação em desarmonia. É uma interpretação da mitológica busca pela pedra filosofal.

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