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Aprenda a entoar mantras e viva mais feliz. Aqui, 11 mantras para você

A cantora Silvia Handroo presenteia os internautas com mantras entoados em sua linda voz. Aprenda a incluir esses sons sagrados no seu dia a dia e seja mais feliz

Por Texto Paula Garcia | Direção de arte Camilla Frisoni sola | Design Luciana Giammarino | Ilustrações Graziella Mattar
Atualizado em 20 dez 2016, 21h43 - Publicado em 29 jun 2012, 17h55
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Quem mantra seus males espanta. Esse não é exatamente o ditado popular que você ouve desde a infância, mas a pequena adaptação que fizemos trouxe um novo sentido, porém não menos verdadeiro, para a famosa frase. Afinal, os mantras – vibrações energéticas produzidas por sons sagrados – são capazes de aquietar a mente e apaziguar o coração, o que garante um profundo bem-estar emocional. Entoadas repetidas vezes, essas sílabas de origem hindu ainda têmo poder de elevar a consciência, funcionando como um meio de comunicação com o plano espiritual.

Conheça Sílvia Handroo (Deva Sumitra)

 

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Sílvia Handroo (Deva Sumitra) é cantora, orientadora vocal e trainer da Oneness University ( Índia) em Oneness Deeksha. Desenvolveu o método de autoconhecimento e orientação vocal chamado “ Um universo em sua voz” onde une a expressão vocal falada e o canto com técnicas terapêuticas voltadas ao autoconhecimento, direcionas a desenvolver e ampliar a conexão entre voz, corpo, emoções, energia e consciência. 

 

Contato: universovoz@gmail.com 

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Abaixo, ouça 11 mantras entoados pela cantora Silvia Handroo.

 

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Prepare-se para a prática

 

“A prática leva à percepção de que você é um ser divino”, explica Ratnabali Adhikari, cantora indiana que vive no Brasil há mais de 30 anos e gravou Índia, um CD exclusivo de mantras. Extraídos dos Vedas, escrituras sagradas compiladas na Índia há milênios, os mantras podem ser uma combinação de sílabas, palavras ou versos (veja o boxe adiante). Em sânscrito, antigo idioma hindu, significam “instrumento para trabalhar a mente” ou “proteção da mente”. Devem ser repetidos de forma rítmica e contínua, de preferência num ambiente calmo, livre de interferências externas. “Os mantras se tornam mais poderosos quando entoados mentalmente”, diz Pedro Kupfer, professor de hatha ioga em Florianópolis. No entanto, também há a opção de sussurrá-los ou cantá-los em voz alta. Fundamental mesmo, avalia Kupfer, é escolher o mantra de forma consciente, de acordo com o momento que você está vivendo ou com o objetivo que deseja alcançar. “Como estamos lidando com sons sagrados, que são utilizados há milhares de anos, não basta pronunciá-los corretamente. É preciso focar o pensamento na proposta do mantra e entoá-lo com confiança para atingir o melhor resultado possível”, afirma o professor.

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Se a mente ficar dispersa no início da prática, não desanime, pois a simples repetição do mantra já oferece benefícios: ela tem efeito calmante sobre o sistema nervoso, o que torna a respiração mais fluida e a concentração mais desenvolvida. Isso porque o som atua diretamente numa região do cérebro chamada de sistema límbico, que é responsável pelas emoções, como a agressividade e a afetividade, e também pelas funções de aprendizado e memória. “Não é à toa que podemos usar as sílabas sagradas para melhorar a capacidade mental de excepcionais, pessoas com mal de Alzheimer, Parkinson…”, conta o terapeuta musical Michel Mujalli, que também é instrutor de meditação vipassana em São Paulo. “Entoados na companhia de instrumentos musicais – mesa lira e taças tibetanas, por exemplo –, os mantras trazem um bem-estar ainda maior. O corpo não precisa de exercícios para se manter saudável? A mente precisa dessas vibrações para não atrofiar”, assegura.

Mantras e religião

 

Algumas religiões e filosofias derivadas do hinduísmo – como o budismo tibetano, o coreano e o japonês – também utilizam mantras como forma de meditação e de contato com o plano superior. Se considerarmos que há um grupo de sons sagrados que funcionam como uma oração, podemos dizer que até o catolicismo faz uso dos mantras – afinal, rezar o terço significa entoar o pai-nosso e a avemaria repetidas vezes, hábito que tranquiliza o coração e também a mente. No Brasil, os mantras hindus são adotados sobretudo pelos praticantes de ioga, já que fazem parte dessa técnica milenar. No entanto, qualquer pessoa pode “soltar a voz” e experimentar os benefícios, pois recitar as sílabas sagradas não deixa de ser uma prática meditativa.

Antes de iniciar o ritual, que pode ser feito em qualquer momento do dia, sente-se num lugar confortável, com as pernas cruzadas na posição de lótus, e mantenha a postura reta. “Respire profundamente por alguns minutos para relaxar e começar a entoá-lo com a mente mais quieta. Quanto mais silenciosa ela estiver, mais poderoso será o efeito”, afirma Márcia de Luca, fundadora do Centro Integrado de Yoga, Meditação e Ayurveda (Ciymam), em São Paulo. Tente repetir o mantra escolhido diariamente, com um sentimento de gratidão e respeito, durante dez minutos. “A prática deve ser construída aos poucos, mas com assiduidade”, ressalta Márcia. Quando estiver mais “treinado”, aumente o tempo para 20 minutos, e assim por diante. Não consegue arrumar uma brecha na agenda para recitar um mantra? “Pratique enquanto caminha ou fica parada no congestionamento”, sugere Anderson Allegro, professor da Aruna Yoga, em São Paulo. Embora não seja o cenário nem a situação ideal, é melhor do que nada. Entre uma sílaba (palavra ou verso…) e outra, fique atenta à respiração: a entrada e a saída do ar devem ser pausadas, uniformes e feitas de preferência pelas narinas.

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A mágica repetição

 

Algumas pessoas marcam a repetição dos mantras usando um mala, ou japamala (em sânscrito, japa = sussurar e mala = cordão). Trata-se de um colar de 108 contas, utilizado por hinduístas e budistas, que cumpre a mesma função do terço católico. Como o número 108 é considerado mágico na Índia, pois simboliza o eterno, recomenda-se entoar o mantra pelo menos 108 vezes. No entanto, há quem o recite 27 ou 54 vezes, números divisíveis por 108, ou 216 vezes, o equivalente a duas voltas do japamala. O objeto deve ser segurado com uma das mãos – com o dedo polegar, você gira as contas enquanto repete as sílabas poderosas. Quando chegar à última bolinha, nunca passe por cima da primeira se for continuar o ritual, ou seja, recomece de trás para a frente.

O despertar dos chacras

 

Quando funcionam a pleno vapor, os sete centros energéticos que existem em nosso corpo ajudam a garantir saúde física, mental, emocional e espiritual. Um jeito eficiente de ativá-los é entoar os chamados Bija mantras. “Cada chacra possui um som correspondente”, explica Márcia de Luca. Antes de soltar a voz, sente-se com a coluna reta sobre uma base confortável, feche os olhos e visualize o ponto de energia que vai estimular. Você pode fazer o ritual completo, ou seja, recitar o mantra específico de todos os chacras numa ordem sequencial (de baixo para cima) por alguns minutos, ou estimular apenas um ou dois deles. se preferir, repita o som mentalmente, combinado?

 

• Chacra da raiz (Muladhara)

Localizado na base da coluna, comanda os instintos de sobrevivência, a autoconfiança e a relação com o mundo prático.

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Mantra correspondente: LAM

 

• Chacra umbilical (Swadhisthana)

Fica no baixo-ventre e está associado à expressão das emoções.

Mantra correspondente: VAM

 

• Chacra do plexo solar (Manipura)

Está um pouco acima do umbigo e representa o autoconhecimento.

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Mantra correspondente: RAM

 

• Chacra cardíaco (Anahata)

Situado na altura do coração, evoca a intuição e o amor ao próximo.

Mantra correspondente: YAM

 

• Chacra laríngeo (Vishuddhi)

Fica na garganta, está ligado ao intelecto.

Mantra correspondente: HAM

 

• Chacra frontal (Ajna)

Localizado entre as sobrancelhas, representa tanto as aptidões pessoais quanto as intelectuais.

Mantra correspondente: KSHAM

 

• Chacra da coroa (Sahasrara)

Está no alto da cabeça, relacionado aos reinos psíquico e espiritual.

Mantra correspondente: OM

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