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Como o minimalismo se traduz na arquitetura? Entenda!

Chamado de Estética do Silêncio, o minimalismo surge tanto nas artes quanto na arquitetura e decoração como uma busca pela austeridade e simplicidade

Por CASACOR
28 abr 2021, 18h00
(Reprodução/CASACOR)

Minimalismo” é um termo genérico para se referir à uma estética, que podemos encontrar nas artes plásticas, literatura, música e arquitetura. Quem batizou o movimento é o filósofo Richard Wollheim, em 1965. Ele nasce nos Estados Unidos em meio à um cenário fervilhante de expressões artísticas dissonantes, como a pop art.

Sol LeWitt Desenho Número 1267 (Reprodução/CASACOR)

Muito além da ideia clássica de “cortar os excessos”, o ideário minimal absorve os complexos objetivos e processos das vanguardas russas construtivistas e do modernismo abstrato, ambos do início do século 20. Conheça um pouco sobre esse estilo tão empregado na arquitetura e decoração.

O que é arte minimalista?

 

Coluna Infinita, de Constantin Brâncuși, na Romênia (Reprodução/CASACOR)

Nas artes plásticas, o minimalismo busca uma expressão da “verdade”, sem qualquer tipo de representação figurativa ou metafórica. As peças, portanto, deveriam se bastar em significado simplesmente pela sua existência física no mundo, as figurações são deixadas completamente de lado.

Obra de Donald Judd (Reprodução/CASACOR)

Para tal, os artistas transitavam entre pintura e escultura, explorando a realidade e tridimensionalidade das próprias formas e materiais, sem adereços. A beleza das obras minimalistas está na honestidade de seus processos de criação e na capacidade de encontrar significado em si mesma e em seus componentes, independente de referências ou alusões à sentimentos, pessoas, histórias, ou à natureza, tal como é arte figurativa.

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Arquitetura minimalista: desconstruindo as estruturas

 

(Reprodução/CASACOR)

A arquitetura e design minimalista é um fenômeno a parte. Isso porque o caráter utilitário das construções impunha um paradoxo aos valores da corrente. Assim, os arquitetos incorporam o minimalismo no pós-modernismo, algum tempo mais tarde que nas artes plásticas.

Capela do Monastério Beneditino da Santíssima Trindade de Las Condes, de Gabriel Guarda (ArchDaily/CASACOR)

Correntes como o deconstrutivismo, não só incorporam o “menos é mais” de Mies van der Rohe mas o elevam às suas máximas potencialidades. Os projetos possuem uma pureza estética, de formas decompostas e uso marcante de luz.

Casa Gilardi, de Luis Barragán Barragan Foundation Suíça SOMAAP (Arquivo de Fred Sandback/CASACOR)

Em termos construtivos, de forma paralela às artes plásticas, isso se traduz em estruturas simplificadas, valorização dos volumes e repetições, uso de materiais com propriedades plásticas e industriais, como vidro, aço e concreto. A arquitetura minimalista põe em cheque conceitos tradicionais, como a casa e os cômodos, para explorar o espaço, com seus vazios, geometrias e sombras.

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Pilar do minimalismo: aquilo que é essencial

 

Projeto do arquiteto britânico John Pawson (Reprodução/CASACOR)

Na decoração, por fim, o minimalismo manifesta-se através de composições de mobiliário e escolhas de design. Para que os ambientes sejam austeros, a funcionalidade precisa ser enxugada até seus objetos mais essenciais. O desafio dos arquitetos e designers é definir, com precisão cirúrgica, o que é primordial e eliminar o restante.

Ambiente de Kengo Kuma como parte da coleção de banheiros Ishiburo (Reprodução/CASACOR)

Visualmente, o resultado desse percurso são locais sóbrios, vazios, puros, justificando, então, a comparação com o silêncio. Quaisquer adornos – os ruídos – são deixados de lado para dar total protagonismo aos próprios materiais, cores e texturas. O minimalismo é a busca por uma abstração, na qual as formas e volumes se falam por si, e seu discurso basta.

Veja este conteúdo completo e mais matérias no site da CASACOR!

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