Visões arquitetônicas de São Paulo: uma homenagem aos 462 anos da cidade
Para celebrar o aniversário da capital paulista, arquitetos e urbanistas revelam em imagens feitas por eles a magia e as durezas da metrópole
Por Texto Tatiane Domiciano
Atualizado em 9 set 2021, 14h07 - Publicado em 25 jan 2016, 08h00
Com 170 m de altura, o prédio – o maior da capital – revela-se um gigante: são 51 andares distribuídos em 75 mil m². Do mirante, o mar de espigões se estende até os olhos não alcançarem mais. “Do topo do edifício Mirante do Vale, obra dos engenheiros Waldomiro Zarzur e Aron Kogan, localizado na região do Vale do Anhangabaú, a paisagem mostra a região central com seu caos urbano tão inspirador”, Guto Requena, @gutorequena.
(Foto: Guto Requena/)
Continua após publicidade
Prédios a perder de vista, noites iluminadas pela intensa vida boêmia e uma infinita paleta de cinza permeada por recantos verdes. São Paulo reverbera essa verve poética, seja qual for o recorte escolhido. As cenas, estruturadas pelo urbanismo e pela arquitetura – planejados ou não –, justificam a alcunha de metrópole para esta que é uma das principais cidades brasileiras. Para comemorar o aniversário de São Paulo, que completa 462 anos no dia 25 de janeiro, ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO convidou um time estrelado de profissionais para mostrar, através de suas belas fotografias, as múltiplas facetas que definem essa urbe tão enigmática quanto surpreendente.
1/9 A partir de outubro passado, a via virou área de lazer ao admitir apenas o fluxo de pedestres e ciclistas aos domingos. “A Avenida Paulista exclusiva aos transeuntes rompe com a lógica rodoviária. Aqui, O MASP testemunha a ocupação” - Marcus Vinícius Damon, @mvdamon (Foto: Marcus Vinícius Damon)
2/9 O arquiteto e fotógrafo Manuel Sá (@ssamnuel) clicou a célebre Avenida Paulista na saída do túnel José Roberto Fanganiello Melhem. (Foto: Manuel Sá)
3/9 Com 170 m de altura, o prédio – o maior da capital – revela-se um gigante: são 51 andares distribuídos em 75 mil m². Do mirante, o mar de espigões se estende até os olhos não alcançarem mais. “Do topo do edifício Mirante do Vale, obra dos engenheiros Waldomiro Zarzur e Aron Kogan, localizado na região do Vale do Anhangabaú, a paisagem mostra a região central com seu caos urbano tão inspirador”, Guto Requena, @gutorequena. (Foto: Guto Requena)
4/9 Em cena o mix da região central: a pedestre aprecia o moderno lambe-lambe diante da construção antiga e repleta de grades. “Os retratos em grande escala, em contraste com a fachada antiga ao fundo, mostram a bela mistura de presente e passado” - José Ricardo Basiches, @basiches (Foto: José Ricardo Basiches)
5/9 Cortado pela linha verde do Metrô, o bairro boêmio hoje reúne bares, restaurantes e é reduto de artistas e intelectuais. “Este muro da Vila Madalena, para mim, é arte. Ele nos convida a entrar nos diferentes territórios que compõem a cidade” - Gustavo Calazans, @gucalazans (Foto: Gustavo Calazans)
6/9 Na capital pulsa um coração verde: o parque soma cerca de 1,6 mil km² e, além das áreas para relaxamento, conta com instalações culturais como o Auditório, a Bienal e a emblemática Oca. “Uma vantagem de ser arquiteto em São Paulo é contemplar a cidade das obras que faço. Aqui, a vista do ibirapuera é a estrela do projeto” - Diego revollo, @diegorevollo (Foto: Diego Revollo)
7/9 As ruas pouco arborizadas, o relevo acentuado e o baixo índice de prédios caracterizam o bairro na zona oeste. “Gosto desse recorte da vila anglo brasileira, com sua geografia acidentada, velhas chácaras, casas antigas e ruas estreitas” - Sarkis Semerdjian, @sarkissemerdjian (Foto: Sarkis Semerdjian)
8/9 Desde a construção, em 1938, o lugar estava inativo. Sua reabertura e conversão em centro cultural se deu em 2015 por meio de uma parceria público-privada. “Devolvido à capital, o mirante 9 de julho nos proporciona o redescobrimento da perspectiva urbana e convida a aproveitar a cidade” - Ana Mello, @anamello (Foto: Ana Mello)
9/9 Assinado pelo ítalo-brasileiro Giancarlo Palanti, o edifício Conde de Prates foi erguido em 1955 e hoje tem como vizinhos a sede da prefeitura e o Vale do Anhangabaú. “Considero esta foto uma síntese: edifício antigo, prédios de escritórios e espaços públicos. Os reflexos ainda multiplicam a urbanidade” - André Scarpa, @scarpa_andre (Foto: André Scarpa)