Tudo o que você precisa saber antes de contratar um arquiteto
É caro demais? Será que compensa? Onde encontro o profissional ideal? Confira as respostas para essas e outras questões cruciais
Cerca de 70% da população economicamente ativa do Brasil afirma que gostaria de contratar um arquiteto – a parcela que já teve essa experiência, no entanto, é de apenas 7%. Os números discrepantes são de uma pesquisa do Datafolha a pedido do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e suscitam um debate a respeito da decisão de contar ou não com a
ajuda especializada ao construir ou reformar.
“Na verdade, essa nem deveria ser uma opção, uma vez que é obrigatório ter a assinatura de um profissional para qualquer tipo de obra”, ressalta Miriam Addor, presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA).
Ainda assim, o mito de que contratar um arquiteto é caro faz com que muitas pessoas burlem as normas. Nesse sentido, é preciso não confundir obra econômica – aquela que realmente poupa recursos – com obra barata, que perde em qualidade e implica em gastos com refação.
“Toda construção com planejamento custa menos no fim das contas, pois esse é o melhor instrumento para se prevenir contra imprevistos”, aponta Pedro da Luz Moreira, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ).
Guia prático
Vale lembrar como é ampla a gama de tarefas que você pode confiar a um arquiteto, começando pela orientação para escolher o imóvel ou terreno.
“É importante que o cliente consiga apresentar suas necessidades e desejos, mas só o arquiteto, que estudou para isso, poderá organizar e propor outras formas de solucionar essas demandas. Por isso, quanto mais cedo ele for contatado, melhor”, afirma Gilberto Belleza.
Segurança garantida
Por menor que seja, uma obra deve ter um registro de responsabilidade técnica (RRT) feito pelo arquiteto no CAU. Esse documento, imprescindível, é o que garante ao cliente que alguém está assumindo todos os compromissos envolvidos na execução de seu projeto.