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No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original

O projeto de 433 m², com assinatura da Cité Arquitetura, une paredes portantes de pedra-de-mão, muxarabi e piso de tábua-corrida

Por Redação
17 dez 2023, 13h00
No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original. Projeto Cité Arquitetura. Na foto, fachada com terreno em declive.
 (Dani Leite, Mateus Fragoso e Celso Rayol/Casa.com.br)
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Localizada acima do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na zona sul da cidade, a Casa Terra tem sua arquitetura assinada pela Cité Arquitetura em um projeto cujas premissas são aproveitar o terreno diante de sua grande declividade e dos patamares existentes, valorizar a vista para a vegetação exuberante e para as palmeiras-imperiais do Jardim Botânico, incorporar a memória da construção original à nova residência e refletir a personalidade dos novos moradores.

No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original. Projeto Cité Arquitetura. Na foto, fachada com pedra e madeira.
(Dani Leite, Mateus Fragoso e Celso Rayol/Casa.com.br)

Projetada para acomodar três pessoas – pai e dois filhos – o projeto absorve detalhes da construção original, como as antigas paredes portantes de pedra-de-mão, utilizadas como âncoras na reconfiguração da circulação e dos ambientes na atual residência.

No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original. Projeto Cité Arquitetura. Na foto, escada com muro de pedra.
(Dani Leite, Mateus Fragoso e Celso Rayol/Casa.com.br)

O desenho de um pátio coberto, com iluminação zenital, introduz a escada de acesso junto ao antigo “muro” de pedra, enraizando a casa em seu lugar de memória, além de criar um grande momento de recepção.

No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original. Projeto Cité Arquitetura. Na foto, sala com terraço e vista para a natureza.
(Dani Leite, Mateus Fragoso e Celso Rayol/Casa.com.br)
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Invertendo a lógica da antiga planta, o pavimento de uso íntimo da família foi reposicionado no nível térreo, enquanto os espaços de uso comum foram realocados para o andar superior, destinado a receber amigos e familiares.

No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original. Projeto Cité Arquitetura. Na foto, cozinha com portas de correr.
(Dani Leite, Mateus Fragoso e Celso Rayol/Casa.com.br)

No pavimento superior estão sala e cozinha, com grandes varandas que se debruçam sobre a paisagem, e piscina, que se aproveita da maior incidência do sol no andar mais alto.

No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original. Projeto Cité Arquitetura. Na foto, sala com cozinha integrada e terraço.
(Dani Leite, Mateus Fragoso e Celso Rayol/Casa.com.br)
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No nível abaixo da via de acesso estão os ambientes de uso íntimo dos moradores, como a academia e a sala íntima da família, com um terraço descoberto e protegido pelos muros originais de divisa. Esse espaço é ideal para prática de exercício com privacidade e descontração.

No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original. Projeto Cité Arquitetura. Na foto, escada com parede de concreto.
(Dani Leite, Mateus Fragoso e Celso Rayol/Casa.com.br)

O fluxo entre os diferentes andares é organizado a partir de duas circulações verticais distintas, dispostas de acordo com o aproveitamento parcial do esqueleto estrutural pré-existente: uma de chegada, ligando o pavimento intermediário ao superior, preservando a privacidade dos quartos; e outra íntima, ligando o intermediário ao inferior.

No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original. Projeto Cité Arquitetura. Na foto, fachada com terreno em declive.
(Dani Leite, Mateus Fragoso e Celso Rayol/Casa.com.br)
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Outras soluções também nasceram do encontro com o antigo layout, como a transferência da piscina para a cota mais alta e uso da escavação da antiga, no pavimento inferior, para implantação da nova cisterna para reuso de água da chuva.

No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original. Projeto Cité Arquitetura. Na foto, janela com vista para a natureza.
(Dani Leite, Mateus Fragoso e Celso Rayol/Casa.com.br)

O uso do muxarabi original, presente nas venezianas da antiga construção, nas novas fenestrações remete à memória, além de filtrar a entrada de luz na fachada frontal, voltada para o norte. A mesma sensibilidade ocorre no desenho do guarda-corpo do terraço superior, pensado a partir do guarda-corpo de madeira que existia na varanda voltada para a rua da antiga edificação, com o acréscimo de jardineiras suspensas que trazem o verde para a residência.

No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original. Projeto Cité Arquitetura. Na foto, cozinha escondida atrás de portas de correr.
(Dani Leite, Mateus Fragoso e Celso Rayol/Casa.com.br)
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Até mesmo a escolha dos revestimentos está relacionada à busca por uma identidade, como o reuso do piso de tábua-corrida no pavimento térreo, proveniente da fazenda da família, ou o uso do piso de concreto queimado nos espaços comuns, evocando afetivamente a conexão interiorana dos moradores.

No terreno em declive, casa preserva a memória da arquitetura original. Projeto Cité Arquitetura. Na foto, fachada com portão ripado.
(Dani Leite, Mateus Fragoso e Celso Rayol/Casa.com.br)

Os frames em avanço das janelas baywindow, desenhados a partir de estudos de insolação insite, as jardineiras suspensas, a forma das escadas e delicadeza de seus corrimãos, as diversas soluções de marcenaria e até mesmo o design do número da casa inspirado numa bicicleta em homenagem à prática do ciclismo pelo morador, são alguns exemplos da personalização e cuidado do projeto.

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