Projetos apostam na transparência como forma de expressão

Propostas encerradas por vidro apresentam leveza e colaboram com o meio ambiente

Por Liège Copstein
Atualizado em 9 set 2021, 12h59 - Publicado em 10 Maio 2017, 13h16
Porta pivotante proporciona abundância de luz natural nesta casa na Bélgica.  (Divulgação/Divulgação)
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Já ensinava Le Corbusier (1887-1965), mago do modernismo, em seu manifesto Cinco Pontos da Nova Arquitetura: menos obstáculos, mais horizontes. Adepto de cidades radiantes, onde sol e céu entravam na conta de qualquer projeto, nem mesmo ele previu tal revolução de limites entre público e privado.

Projeto Shakin Stevens, Matt Gibson Architecture + Design
(Divulgação/Divulgação)

O que antes era mistério hoje deve revelar-se, pois a vida nas redes sociais desperta o espírito voyeur e o traduz até mesmo nos singelos objetos cotidianos. Some-se a isso o desejo contemporâneo por leveza, além da maior das preocupações atuais: a sustentabilidade.

sculp(IT) Architecten BVBA Pieter Peerlings
Claridade de sobra era também o desejo dos moradores da casa Lalo, na Antuérpia, Bélgica, assinada pelo estúdio Sculp[IT] Architecten BVBA . A solução veio na forma da “maior janela pivotante do mundo”, brinca o arquiteto Pieter Peerlings: duas lâminas de 3 x 6 m de vidro duplo temperado com 12 mm de espessura. (Divulgação/Divulgação)

Reciclável, o vidro tem papel crucial em construções que querem potencializar os recursos energéticos, incrementado tecnologicamente com propriedades de isolamento térmico e acústico, para além da óbvia captação da luz natural.

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Hidden Pavillion, Esteban Penelas Architects, Espanha
O Hidden Pavillion, refúgio criado pelo Esteban Penelas Architects, na Espanha, levou ao extremo a ideia de integração com a natureza. Imerso no bosque Las Rozas, próximo a Madri, utiliza aço corten, vidro e cerejeira na estrutura. (Divulgação/Divulgação)

“Hoje, há um novo universo de possibilidades que eram inimagináveis para a escola modernista”, celebra o arquiteto José Luis Esteban Penelas, entusiasta da proposta. “Isso permite muito mais liberdade, porém exige responsabilidade. Não podemos esquecer que arquitetura, acima de tudo, trata de emoções.” É assim que a transparência ganha atenção. E quem pode reclamar discrição, diante de tanta beleza?

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