Projetos apostam na transparência como forma de expressão
Propostas encerradas por vidro apresentam leveza e colaboram com o meio ambiente
Já ensinava Le Corbusier (1887-1965), mago do modernismo, em seu manifesto Cinco Pontos da Nova Arquitetura: menos obstáculos, mais horizontes. Adepto de cidades radiantes, onde sol e céu entravam na conta de qualquer projeto, nem mesmo ele previu tal revolução de limites entre público e privado.
O que antes era mistério hoje deve revelar-se, pois a vida nas redes sociais desperta o espírito voyeur e o traduz até mesmo nos singelos objetos cotidianos. Some-se a isso o desejo contemporâneo por leveza, além da maior das preocupações atuais: a sustentabilidade.
Reciclável, o vidro tem papel crucial em construções que querem potencializar os recursos energéticos, incrementado tecnologicamente com propriedades de isolamento térmico e acústico, para além da óbvia captação da luz natural.
“Hoje, há um novo universo de possibilidades que eram inimagináveis para a escola modernista”, celebra o arquiteto José Luis Esteban Penelas, entusiasta da proposta. “Isso permite muito mais liberdade, porém exige responsabilidade. Não podemos esquecer que arquitetura, acima de tudo, trata de emoções.” É assim que a transparência ganha atenção. E quem pode reclamar discrição, diante de tanta beleza?