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Piso de taco: veja tipos de madeira e dicas para consertar tacos soltos e riscos

As arquitetas do escritório Dantas & Passos Arquitetura explicam as vantagens do piso de taco e também dicas de limpeza.

Por Editado por Ana Harada
6 set 2024, 19h00
Piso de taco: veja tipos de madeira e dicas para consertar tacos soltos e riscos. Projeto de Dantas & Passos Arquitetura. Na foto, quarto de casal.
Projeto de Dantas & Passos Arquitetura. (Maura Mello/Divulgação)
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Com uma longa tradição na arquitetura, o taco é um dos revestimentos mais populares do Brasil, desde a década de 1960, muito por conta de sua durabilidade, conforto e beleza natural. Mantendo-se relevante mesmo com o surgimento de novos materiais, essa opção, que foi ressignificada, segue associada à sofisticação e ao bom gosto, visto que era muito utilizada em residências e edifícios de alto padrão.

Piso de taco, janelas brancas e sancas dão charme parisiense a este apê. Projeto de Ana Paula Crivelenti. Na foto, sala de estar integrada com cozinha, mesa grande de madeira.
Projeto de Ana Paula Crivelenti. (Lilia Mendel/Divulgação)

E, com o retorno do estilo rústico para as tendências do momento, as arquitetas do escritório Dantas & Passos Arquitetura vem mostrar o porquê de o piso de taco continuar sendo um elemento tão inestimável.

“Ele é sinônimo de tradição e de uma elegância clássica. No entanto, é preciso se atentar para escolher bem o tipo de madeira, o acabamento, a instalação e até os cuidados especiais que o taco exige. Para quem acha que o seu piso antigo não serve mais, saiba que é possível sim recuperar o charme da madeira”, ressaltam as profissionais Danielle Dantas e Paula Passos.

Tipos de madeira em piso de taco

Piso de taco: veja tipos de madeira e dicas para consertar tacos soltos e riscos. Projeto de Dantas & Passos Arquitetura. Na foto, sala de jantar, mesa branca.
Projeto de Dantas & Passos Arquitetura. (Maura Mello/Divulgação)

Existem diversas espécies de madeira empregadas, cada uma com características próprias. Por isso, Danielle cataloga quatro tipos:

  • De ipê: conhecido por sua resistência e tonalidade escura, ideal para ambientes mais sóbrios;
  • De peroba-rosa: com tom rosado, traz leveza e calor para o espaço;
  • De jatobá: madeira mais dura, com um tom avermelhado que dá um toque de luxo;
  • De cumaru: com uma cor dourada, é bastante resistente a impactos.

Cada espécie de madeira demanda cuidados específicos que são citados pelos fornecedores ou empresas especializadas na manutenção. Ademais, os pisos de taco podem ser instalados em diferentes padrões e acabamentos que influenciam diretamente no visual decorativo do ambiente.

Apê de 150 m² é jovem, aconchegante e perfeito para os gatos da família. Projeto do Estúdio Maré. Na foto, sala de estar e jantar com piso de taco e móveis de madeira.
Projeto do Estúdio Maré. (Monica Assam/Casa.com.br)

“O design chevron é atemporal por seu acabamento mais moderno e cortes angulados que formam um contínuo zig-zag. Já o tipo espinha de peixe é outro que se perpetua por seu efeito dinâmico, quando o de escama de peixe confere um visual mais artístico”, relatam as arquitetas.

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Quanto ao acabamento, elas sugerem o envernizamento, procedimento que concede uma camada protetora que previne danos como mofo, umidade e cupins. O verniz fosco tem potencial mais natural e contemporâneo, enquanto o acetinado oferece um brilho suave que reflete a luz. Por outro lado, a versão brilhante entrega um acabamento espelhado que é ideal para quem busca um visual mais luxuoso.

Vantagens do piso de taco

Piso de taco: veja tipos de madeira e dicas para consertar tacos soltos e riscos. Projeto de Dantas & Passos Arquitetura. Na foto, bancada.
Projeto de Dantas & Passos Arquitetura. (Herman Charles Cristhi | Buzina de Imagem/Divulgação)

Ademais, o piso entrega uma série de outros benefícios, os quais Paula ressalta: durabilidade, como é visto nos pisos de madeira instalados no século XX, pois quando bem cuidados, perduram até os tempos atuais; a valorização do imóvel, já que o taco é sempre muito valorizado no mercado imobiliário; de pegada sustentável, especialmente quando a madeira é proveniente de fontes certificadas, contribuindo para a preservação ambiental; e a sensação de aconchego térmico em função do toque de calor da madeira.

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“Ainda na questão da sustentabilidade, o reaproveitamento de tacos antigos em novos projetos ou a reciclagem da madeira para outros usos contribuem para a redução do desperdício. A madeira é um recurso renovável, desde que manejada de forma responsável, e trabalhar por produtos certificados é uma contribuição efetiva da arquitetura com vistas à preservação das florestas e a redução do impacto ambiental”, reforçam as arquitetas da Dantas & Passos Arquitetura.

Manutenção e recuperação de problemas comuns no piso de taco

Piso de taco: veja tipos de madeira e dicas para consertar tacos soltos e riscos. Projeto de Dantas & Passos Arquitetura. Na foto, corredor.
Projeto de Dantas & Passos Arquitetura. (Maura Mello/Divulgação)

Limpeza rotineira:

Para a limpeza cotidiana, a arquiteta Danielle Dantas sugere uma vassoura de cerdas macias para remover a poeira sem arranhar o piso, sendo necessário limpá-la para evitar que sujeiras grudadas nas cerdas também não prejudiquem o taco. No que diz respeito ao aspirador de pó, ela recomenda a parcimônia de escolher os acessórios específicos para eliminar o atrito que pode comprometer a aparência do taco.

No caso de sujeiras mais pensas, Paula Passos diz que basta um pano levemente umedecido com água morna e detergente neutro diluído. “É importante evitar o excesso de água, pois a madeira não tolera umidade”, orienta. Ao final, um pano seco remove qualquer resíduo de umidade.

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Tacos soltos:

Diante desse problema, o ideal é contratar um técnico especializado para garantir um resultado de qualidade. Há ainda uma solução caseira, onde se retira o taco solto, faz-se a raspagem do fundo com uma espátula para eliminar resíduos para então aplicar cola de madeira antes de reposicionar a peça solta. Nessa execução, a dupla salienta que é preciso proteger a área com fita e aguardar 48 horas para secagem completa.

Nos processos de restauração, é primordial ater-se às especificidades do trabalho, como o lixamento da superfície e a combinação da cor e acabamento dos tacos novos com os antigos. “Se a combinação não for possível, uma alternativa é retirar tacos de uma área menos visível e trazê-los para essa parte de mais visibilidade”, compartilham arquitetas da Dantas & Passos.

Entretanto, se muitos tacos estão soltos ou danificados, o caminho é substituí-los completamente, mas não antes de identificar a causa do problema, que comumente envolve a umidade.

Vigas de concreto aparente emolduram área social de apê de 98 m². Projeto de Hugo Rapizo. Na foto, sala de estar, piso de taco, sofá branco, almofadas coloridas.
Projeto de Hugo Rapizo. (Rafael Salim/Divulgação)

Riscos no taco:

Para os danos leves, a receita é misturar partes iguais de vinagre branco e óleo de cozinha e aplicar a solução com um pano macio e em movimentos circulares. “O óleo reidrata a madeira, ajudando a disfarçar os riscos. Para riscos mais profundos, o ideal é lixar a área danificada e reaplicar o verniz”, explica Danielle.

A raspagem é uma possibilidade. Assim remove-se a madeira para eliminar imperfeições e preparar o piso para uma nova aplicação de verniz. Esse procedimento pode ser realizado várias vezes ao longo da vida útil do taco, renovando a aparência sem a necessidade de substituição.

Frestas no taco:

Os vãos permitem a entrada de sujeira, água e fungos, representando riscos à saúde dos moradores e a estrutura do imóvel. O caminho mais comum é a calafetação que ajuda a infiltrações e proporciona uniformidade ao piso. A massa é aplicada com espátula ou desempenadeira e, após a secagem, é lixada para nivelar a superfície. “O procedimento é essencial tanto para pisos novos, quanto para os restaurados, garantindo longevidade e a manutenção diária”, finalizam as profissionais.

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