Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br

Drywall, gesso ou madeira? Arquiteto ensina a escolher o forro certo

O forro é um recurso da arquitetura que combina funções técnicas e estéticas. Veja quais são os principais materiais, cuidados para implantação e vantagens.

Por Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
26 ago 2025, 19h00
Drywall, gesso ou madeira? Arquiteto ensina a escolher o forro certo. Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
A área gourmet deste projeto na Granja Viana foi totalmente planejada com um forro que comporta soluções de design, climatização e iluminação que valorizam ainda mais o bem-estar pretendido | Projeto Meneghisso & Pasquotto Arquitetura. (JP Image/Divulgação)
Continua após publicidade

Na correria do dia a dia, quase não levantamos os olhos para notar o que está sobre nossas cabeças em casa, sem se dar conta de como um teto exerce uma influência silenciosa capaz de transformar a forma como sentimos cada ambiente, seja trazendo acolhimento, amplitude visual ou até interferindo na acústica. É nesse ponto que entra o forro, um dos elementos mais versáteis da arquitetura de interiores.

Muito além de apenas ‘esconder’ a laje, o forro pode concentrar soluções técnicas e estéticas que elevam o projeto, valorizam a obra e redefinem a experiência de estar em um espaço.

“Os forros não são apenas complementos, eles fazem parte do desenho arquitetônico. Quando bem planejados, ajudam a organizar as instalações, trazer aconchego e ainda contribuem para o estilo do espaço”, comentam os arquitetos Alexandre Pasquotto e Mariana Meneghisso, que juntos comandam a Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.

Por essa razão, os profissionais preparam dicas para entender e escolher o modelo ideal para o projeto.

Para que serve o forro?

Drywall, gesso ou madeira? Arquiteto ensina a escolher o forro certo. Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
No espaço Natureza em Essência, assinado pela Meneghisso & Pasquotto Arquitetura, para a CASACOR SP 2025, os arquitetos utilizaram utilizamos iluminação voltada para o forro, trazendo a textura e o desenho para o protagonismo do ambiente. Essa inversão valoriza o teto como parte integrante da composição do projeto. (Rafael Renzo/Divulgação)

De modo geral, os forros cumprem um papel técnico essencial ao esconder vigas, tubulações de esgoto, infraestrutura de ar-condicionado e cabeamentos, situações comuns tanto em apartamentos quanto em casas. Além disso, criam espaço para embutir iluminação, caixas de som, difusores de climatização e cortineiros automatizados ou tradicionais.

“Os forros permitem sistematizar o que ficaria exposto no teto e ainda ajudam a enobrecer a arquitetura. A iluminação indireta, por exemplo, ganha muito com sancas que projetam a luz de forma suave, tornando o ambiente mais agradável”, explica Alexandre Pasquotto.

Continua após a publicidade
Drywall, gesso ou madeira? Arquiteto ensina a escolher o forro certo. Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
Nesta área gourmet, os arquitetos utilizaram tábuas de madeira canelada italiana para transformar o espaço com um pórtico de destaque. À noite, as luzes dimerizáveis embutidas deixam as confraternizações mais íntimas | Projeto Meneghisso & Pasquotto Arquitetura. (JP Image/Divulgação)

Ademais, os forros também desempenham um papel essencial no conforto de um lar. Por isso, Mariana Meneghisso indica materiais como drywall acústico, lã de rocha e placas perfuradas que ajudam a reduzir o ruído, sendo muito usados em home offices, salas de TV e home theaters. Já do ponto de vista térmico, o forro também funciona como barreira entre a laje e o interior, o que contribui para a regulagem da temperatura e maior eficiência energética.

“O forro pode ser planejado como um aliado ao bem-estar. Quando pensamos em acústica, ele melhora a experiência do espaço, quando pensamos em temperatura, ajuda a reduzir a necessidade de climatização artificial”, destaca a arquiteta.

Tipos de forros mais utilizados

Diante de um leque de materiais para forros, cada um com características próprias que se adequam a diferentes propostas arquitetônicas, a dupla destaca os principais e aponta outras opções que ainda encontram espaço em projetos específicos:

Drywall

Drywall, gesso ou madeira? Arquiteto ensina a escolher o forro certo. Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
(Reprodução/Freepik)
Continua após a publicidade

É o mais usado atualmente em residências por sua praticidade, rapidez de execução e grande versatilidade. Permite a criação de sancas, cortineiros embutidos, iluminação diferenciada e até soluções acústicas, trazendo funcionalidade sem abrir mão da estética.

Forro de madeira

Drywall, gesso ou madeira? Arquiteto ensina a escolher o forro certo. Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
(Reprodução/Freepik)

Embora seja uma escolha menos comum, continua presente em projetos de alto padrão, justamente pelo valor estético que agrega ao ambiente. A madeira transmite aconchego e calor, além de exigir baixa manutenção quando bem instalada.

Gesso

Ainda é querido por sua versatilidade estética que permite criar diferentes desenhos, desde linhas retas e discretas até sancas e rebaixos mais elaborados.

Forro vinílico

De material leve e resistente à umidade, vem ganhando cada vez mais espaço, sobretudo em áreas externas cobertas, como varandas e espaços gourmet, onde se exige maior durabilidade sem perder a estética.

Continua após a publicidade

PVC

Com aplicação mais recorrente em ambientes comerciais e de menor exigência estética, o PVC se destaca pelo uso popular e facilidade de limpeza. Apesar disso, é menos empregado em residências de médio e alto padrão.

Mas Alexandre Pasquotto alerta para alguns modelos, antes muito comuns, que perderam espaço. “O antigo forro de gesso em plaquinhas vem caindo em desuso. Além de mais pesado e difícil de reparar, ele é menos produtivo na obra, sendo substituído pelo drywall e por opções mais modernas e eficientes”.

Altura mínima e cuidados com o conforto

Drywall, gesso ou madeira? Arquiteto ensina a escolher o forro certo. Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
(Divulgação/Divulgação)

Como tudo em um projeto de arquitetura é premeditado, para que o ambiente não fique desconfortável, Alexandre diz que é preciso respeitar alturas mínimas no rebaixo.

A medida varia de acordo com os equipamentos embutidos, por exemplo, luminárias de LED podem exigir apenas 6 a 7 cm, enquanto luminárias maiores, caixas de som e ar-condicionado do tipo cassete necessitam de 15 a 17 cm, mas ar-condicionado dutado ou cassete de quatro vias demandam de 25 a 35 cm.

Continua após a publicidade

Além disso, é preciso antever ainda na fase inicial de briefing o que os moradores desejam e se interessam que possam vir a ser instalados no forro. “Se o cliente decidir instalar um ar-condicionado ou projetor retrátil depois, o espaço já deve estar previsto”, comenta Alexandre.

Cuidados na hora de instalar

Drywall, gesso ou madeira? Arquiteto ensina a escolher o forro certo. Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
(Reprodução/Freepik)

A etapa da instalação exige um planejamento detalhado, como módulos elétricos, caixas de passagem e reatores de luminárias devem ser posicionados garantindo manutenção fácil e evitando a necessidade de aberturas constantes do forro no futuro. Já os equipamentos de climatização, como cassetes e dutos, requerem alçapões bem dimensionados e preferencialmente localizados em áreas secundárias, como lavanderias e lavabos, para não interferirem na estética dos ambientes sociais.

“Outro cuidado fundamental é a ancoragem de elementos pesados. Pendente, coifa ou até portas de correr suspensas não devem ser fixados no forro, mas diretamente na laje, para garantir segurança e evitar fissuras”, alertam os arquitetos da Meneghisso & Pasquotto.

Quanto à manutenção, em áreas que exigem maior proteção, como rotas de fuga e cozinhas gourmet, é possível utilizar forros resistentes ao fogo. Além disso, prever aberturas estratégicas e alçapões garante uma manutenção mais simples e evita danos à estrutura em caso de possíveis reparos.

Continua após a publicidade

Soluções para pé-direito baixo

Drywall, gesso ou madeira? Arquiteto ensina a escolher o forro certo. Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
(Divulgação/Divulgação)

Em apartamentos com pé-direito reduzido, a solução é aplicar o forro apenas no perímetro do ambiente. Dessa forma, cria-se espaço para embutir recursos de iluminação, décor e outros preservando o centro no pé-direito original. “Essa técnica evita a sensação de achatamento e garante que o forro exerça sua função sem comprometer o conforto visual do ambiente”, explicam os arquitetos.

Publicidade