Conheça os destaques desta casa certificada como construção sustentável
Racionalidade dos sistemas construtivos e integração dos ambientes com os jardins marcam a residência em SP
No Alto de Pinheiros, na capital paulista, a implantação da Casa Treliça partiu de um programa de necessidades que incluía o aproveitamento máximo do terreno, dentro das regras dos lotes residenciais da região. Desde o início, a ideia era projetar e construir uma casa com princípios alinhados à sustentabilidade. E deu certo: a residência recebeu a certificação Casa Nível Prata, concedida pelo Green Building Council Brasil (GBC Brasil). A entidade que é referência quando o assunto é construção sustentável.
Para começar, os escritórios Terra Capobianco e Galeria Arquitetura, que assinam o projeto, apostaram no trio estrutura metálica, laje steel deck e fechamentos em steel frame. O intuito era obter uma construção rápida, seca e sem desperdícios.
Além dessa racionalidade dos sistemas construtivos, o projeto arquitetônico procurou gerar um espaço amplo e integrado à paisagem dos jardins no lote de 533 m². Assim, duas treliças metálicas nas extremidades do volume principal permitiram um vão de 15 metros livres de apoios na área social.
Uma terceira treliça configura o volume suspenso da edícula com 14 m de vão livre. Lá ficam a sala de ginástica e a suíte para hóspedes.
Integração total com o paisagismo
Esse espaço aberto é ressaltado nas salas de estar e jantar, que podem ficar totalmente integradas à varanda, à piscina e ao jardim graças aos painéis de correr de vidro. Desta maneira, com esta fórmula, menos de 1/5 do piso térreo possui vedação opaca. Resultado: uma incrível sensação de amplitude, potencializada pelo pé-direito de 3 metros.
Uma escada metálica conduz ao primeiro pavimento, em que algumas fachadas receberam fechamento translúcido em thermoclick – placas de policarbonato. O material foi escolhido porque apresenta bom desempenho térmico e acústico – o que contribui para a economia de energia com climatização.
Já os dormitórios são face Leste e Oeste. Para o fechamento, venezianas em ripas verticais de pinus autoclavados e carbonizados garantem durabilidade e resistência às intempéries.
Energia solar e economia de água
Eficiência energética e uso racional da água são marcas do projeto. A piscina é aquecida com um sistema de aquecimento solar de água, instalado na cobertura da edícula. Já o telhado do volume principal abriga as placas fotovoltaicas (que geram energia solar).
Por fim, uma cisterna de 20 mil litros, enterrada sob a garagem da residência armazena água de chuva para uso nas descargas sanitárias e na irrigação automatizada do jardim.