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Varanda gourmet: a mais pedida

Saiba por que de cada cinco apartamentos em Salvador (BA) quatro apostam nesse ambiente.

Por Por Simone Serpa
Atualizado em 21 dez 2016, 00h56 - Publicado em 19 nov 2011, 15h38
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O conceito varanda gourmet surgiu por aqui há aproximadamente seis anos, segundo Claudio Cunha, vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA). “Uma das primeiras construtoras a lançar o produto foi a Cyrela, com o empreendimento Le Parc”, diz. No projeto, os terraços variavam de 14 a 29 m2 e já vinham equipados com pia e churrasqueira. A concepção evoluiu ao longo dos anos. Hoje, por exemplo, há empreendimentos como o Riviera Ipiranga, da Cosbat, com varanda de 77,90 m2. Ou ainda o Mansão Mont Saint Michel, da Salinas Empreendimentos e Garcez Engenharia, com varanda de 60 m2, e o Mansão Le Duc, da OAS, que tem terraço de 43 m2.

 

Apesar de recente em Salvador, a história das varandas gourmet é bem mais antiga, tem 30 anos. Surgiu no Rio Grande do Sul. Os gaúchos, ao se mudarem para apartamentos, não queriam abrir mão do churrasco e colocaram a churrasqueira na sacada. Aos poucos, a novidade chegou a São Paulo e logo se espalhou pelo Brasil. “Atualmente, as pessoas compram e equipam com tudo – cooktop, grelha, adega, geladeira, american bar”, diz Claudio. O mercado não tem estatíticas sobre o quanto a existência de uma varanda gourmet ajuda na hora da venda, mas não à toa cerca de 80% dos lançamentos hoje oferecem esse item. E, segundo Gabriela Tourinho, gerente de marketing da PDG, o retorno das equipes de vendas deixa claro que os clientes se encantam pelo atrativo. Foi assim com Ingo Fromel, que escolheu comprar um empreendimento da construtora Arc Engenharia, o Barra Porto Condomínio Clube, com varanda de 20 m2 munida de churrasqueira: “Fiquei imaginando os domingos com os amigos reunidos em casa”, diz.

 

Conceitualmente, de acordo com Igo Alves Conceição, líder de Negócios Imobiliários da Chroma Empreendimentos, a varanda gourmet aparece em duas configurações distintas. A primeira é como espaço integrado à cozinha e, nesse caso, possui equipamentos necessários para complementar o preparo das refeições, como bancada – com torneira e cuba –, forno, churrasqueira ou fogão. A segunda é como um lugar de convivência anexo à sala, que pode ou não ter equipamentos, mas precisa contar com infraestrutura prevista para tudo isso. Segundo a arquiteta Margarete Iglesias, é possível fazer uma varanda gourmet em um espaço até de 6 m2, em que se consegue colocar uma mesa de 90 cm com quatro cadeiras e uma bancada de 1,50 m. A Chroma, por exemplo, tem varandas tanto nos apartamentos de 57 m2 quanto nos de 212 m2.

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LAZER E CONTEMPLAÇÃO

É comum hoje encontrar varandas maiores que as salas e muitos proprietários optam pela união desses dois ambientes. A empresária Solange Sarmento está fazendo isso: “Vou integrar o varandão ao estar e criar um espaço gourmet. Agora posso cozinhar olhando para o mar, com os amigos em volta”. Letícia Rêgo Bahia, da Alvarez Arquitetos Associados, empresa responsável pelo projeto do empreendimento Mansão Mont Saint Michel, ressalta ainda que as novas plantas estão acompanhando uma mudança importante de hábitos da sociedade. “As pessoas querem aproveitar mais os espaços da casa, onde se sentem seguras”, avalia.

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