Cozinha de apartamento com planta irregular se integra à sala
De formato irregular, repleta de quinas e portas, a cozinha não agradava. A reforma fechou passagens e a abriu um passa-pratos, que integrou o ambiente à sala
Por Texto Bárbara Trevisan (SP) | Fotos Ricardo Ribas (SC)
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19 Jan 2017, 13h50 - Publicado em 28 Aug 2013, 19h11
A cozinha sem graça do apartamento adquirido em Florianópolis não agradava à estilista Deisy da Cruz e a seu marido, o funcionário público Alexandre Hubert, que preferiram reformá-la. O maior desafio foi adequar os desejos do casal à área cheia de portas e quinas. “Decidi fazer um passa-pratos e pensei em como queria os móveis. Só então estudei o que precisaria ser alterado na planta”, lembra a moça. Muita coisa mudou: portas foram eliminadas, uma parede foi aberta e até o quadro de luz migrou de uma divisória para outra, tudo a fim de tirar proveito dos cantinhos. “Agora o ambiente está claro, espaçoso e integrado à sala, como sempre sonhei”, comemora Deisy.
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o primeiro passo foi procurar a administração do condomínio e checar se as modificações em mente não fragilizariam a estrutura do edifício. Só depois dessa autorização a obra começou.
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O passa-pratos deu trabalho, já que justamente a divisória a ser quebrada continha a caixa de luz. Resultado: o pedreiro teve de transferir os disjuntores e toda a fiação elétrica para a parede vizinha.
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Separar a cozinha da lavanderia – sem barrar a claridade vinda da rua – pediu a colocação de uma porta de correr de vidro. “Não adianta ter uma cozinha americana linda e a vista para uma casa vazia”, brinca a moradora, explicando qual foi a deixa para arrumar a sala de jantar.
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As refeições são servidas sobre a mesa de madeira de demolição (Transform Art, R$ 850), acompanhada de cadeiras do mesmo material (Casa Rústica, R$ 160 cada). O forro de madeira escondeu duas vigas e propiciou a centralização do pendente (TD-821, da Taschibra, C&C, R$ 119,90).
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Apaixonada por painéis de peças decoradas, Deisy investiu nessa ideia: “Fui com meu marido a um cemitério de azulejos e escolhemos os melhores”. Depois de limpar o material, os dois definiram a sequência e numeraram as unidades. “Desenhei até um gabarito para o pedreiro seguir. Morria de medo de ficar feio, mas amei o resultado!” O restante das superfícies leva placas brancas.
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A localização dos eletrodomésticos e da pia teve de ser repensada após a abertura do passapratos. Ficava justamente nessa divisória o refrigerador dos ex-moradores – agora, o novo aparelho vai na quina onde reinava o fogão. Com isso, tudo “andou” um pouquinho: a cuba foi transferida para o canto esquerdo do cômodo, abrindo lugar para o cooktop e o forno embutidos na bancada. Acima deles, um depurador reduz o cheiro de comida na sala – principal inconveniente das cozinhas americanas.
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O casal descobriu no regulamento interno que não poderia se livrar da entrada de serviço, voltada para o hall comum. o jeito foi mantê-la visível pelo lado de fora e, por dentro, fechá-la com alvenaria.
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Sanadas as questões espaciais, sobravam aquelas ligadas às instalações de água, esgoto e gás: os pontos precisavam ser deslocados para acompanhar os equipamentos. “Meu sogro esperou a montagem dos móveis e, antes que fixassem o granito, instalou os canos e estendeu as saídas por dentro do armário, evitando quebrar mais paredes”, conta a moça.
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Uma prateleira elevou o micro-ondas, o que liberou área na bancada. “Para preparar refeições simples, me valho apenas do espaço ao lado da pia”, explica Deisy. “Mas quando os pratos são mais elaborados, também posso usar o tampo do passa-pratos.”
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Foi decisiva para a marcenaria sob medida a posição da geladeira. É por isso que, entre ela e o fogão, existe um nicho com hastes móveis, perfeito para pendurar panos de prato.
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Na divisa com a sala, agora existe um passa-pratos (1). A moradora queria que as paredes perpendiculares ao vão tivessem tamanhos iguais, por isso reduziu a passagem (2) que ligava a cozinha à lavanderia e colocou ali uma porta de vidro (3), que deixa a luz passar. A janela basculante (4) entre os ambientes foi dispensada.
Quanto custou? R$ 13370
– Mão de obra: Vanderlei Gonçalves Pires, R$ 3200.
– Marcenaria: feita de MDF no padrão Rovere Ártico, leva puxadores de alumínio. Móveis Feller, R$ 4 250.
– Azulejos decorados: para formar o mosaico, foram necessárias 76 unidades de 15 x 15 cm. Cemitério dos Azulejos, R$ 4 cada.
– Revestimentos: da Eliane, peças brancas acetinadas, 7 m² do piso Forma (45 x 45 cm, R$ 30,51 o m²) e 20 m² do azulejo Soft têxtil (30 x 40 cm, R$ 25,56 o m²), na Balaroti.
– Granito: do tipo verde ubatuba. Bancada da pia e rodapé do gabinete, além do tampo do passa-pratos. Marmoraria Granicar, R$ 1565.
– Torneira de mesa: Slim, da Perflex, com bica móvel. C&C , R$ 147,90.
– Cuba: de aço inox polido (ref. 94081507), é fabricada pela Tramontina e mede 40 x 34 x 14 cm*. Mesa Cor, R$ 83,30.
– Forno elétrico: embutido sob o cooktop, o Fit line, da Fischer, tem 66,5 x 50,5 x 42 cm. Unificante , R$ 698.
– Depurador: da Fischer, o Slim mede 60 x 28 x 17,5 cm e também funciona como exaustor. Lojas Colombo, R$ 319.
– Cooktop: o modelo 4Q Tripla, a gás, é da Fischer (55 x 46 cm). Ricardo Eletro, R$ 329,90.
– Refrigerador: o DW42X, da Electrolux (0,60 x 0,76 x 1,78 m) dispõe de controle digital de temperatura. Walmart, R$ 1748.
Preços pesquisados entre 6 de julho e 5 de agosto de 2013, sujeitos a alteração.
*largura x profundidade x altura.