Como a decoração de Deus Salve o Rei retrata a era medieval
Uma combinação de cidade cenográfica e computação gráfica cria a ambientação para uma época muito antes de qualquer tipo de tecnologia
A novela Deus Salve o Rei mal estreou, mas já promete fortes emoções. A começar pela temática: uma novela de época que se passa na era medieval, algo que não vemos com muita frequência na televisão brasileira. É claro que a ambientação da trama está de acordo com a época e é um prato cheio para quem se interessa por decoração.
Para começar, toda essa ambientação precisou ser construída levando em consideração o tempo que ela retrata, muito antes de qualquer tipo de tecnologia e quando os recursos eram escassos. Por isso, não existem fogões na cozinha, por exemplo, os temperos são todos naturais e as comidas ficam expostas e são compradas em feiras de rua, como era o costume. A iluminação é inteira feita por velas, fogueiras e lareiras.
A paleta de cores, como você pode imaginar, é muito sóbria e simples – o interior dos castelos de pedra, muito escuros, não davam espaço para tanta pompa como vemos nos modelos franceses da época dos reis Luizes, por exemplo. É tudo muito rústico, muito simples e com o único propósito de servir às necessidades do rei e sua corte.
A falta de cores também é condizente com o tempo. O conhecimento da população a respeito de tinturas de tecidos era muito escasso, já que na Europa, principalmente, não existiam tantas plantas usadas para coloração de roupas e tudo era construído com a matéria-prima das próprias terras, como madeira e pedra.
O mesmo vale para a taverna, um ambiente desenvolvido para divertir o povo. Tudo isso foi construído na cidade cenográfica do Projac, os estúdios da Globo, e contam com uma combinação de construções no local e computação gráfica, para dar realismo à trama e a época que ela retrata.