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Armário valoriza área embaixo da escada

A área inutilizada sob a escada é uma pedra no sapato da aposentada Vera Cristina Faria, de Itapetininga (SP). Encomendamos a solução a um arquiteto

Por Texto Daniella Grinbergas | Ilustrações Alice Campoy
Atualizado em 16 fev 2024, 13h22 - Publicado em 13 Maio 2013, 21h05
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O vão embaixo dos lances é um canto perdido em casa. A única possibilidade que enxergo é criar um jardim seco, mas não gosto da ideia, porque terei trabalho com a manutenção e não aproveitarei a área para o que realmente preciso: guardar objetos que estão fora de uso. Como resolver? Vera Cristina Faria, Itapetininga, SP

Quem imaginou uma solução para seu problema, Vera, foi o arquiteto paulista Décio Navarro, com um projeto que valoriza a marcenaria. “A grande vantagem é ter um armário funcional, com boa profundidade”, afirma. “Aliei o pedido da moradora a um novo uso da área: apoio à sala de jantar, que é vizinha do hall.” Pela proposta, vão abaixo dois trechos de parede que hoje separam os ambientes: a divisória solta nas laterais (na foto acima, 1) e metade da alvenaria emendada à estrutura (2). Assim, o térreo fica livre, o que justifica incluir o móvel com aparador junto aos degraus do primeiro lance e abaixo dos superiores. “Tudo integrará o mesmo espaço”, explica Décio, enfatizando que, quanto mais aparente estiver a escada, mais interessante será o conjunto. Além das demolições e do bom serviço de marcenaria, você precisará nivelar os pisos, já que, hoje, a sala está mais elevada. “Esse ajuste facilita a circulação”, ensina o arquiteto. Vale reforçar que é fundamental contratar mão de obra qualificada.

–  Não coloque em risco sua segurança nem a de seus vizinhos! Antes de iniciar qualquer obra, solicite a um engenheiro ou arquiteto uma avaliação estrutural, que apontará o que pode ser alterado. 

– Este projeto foi realizado com base nas metragens enviadas pela leitora. É imprescindível que a medição seja fiel à área para obter o resultado esperado.

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1. Menos separações: o primeiro passo é eliminar as paredes que o hall compartilha com o cômodo ao lado. O arquiteto propõe integrar por completo os ambientes – já existe ali uma abertura parcial. A divisória maior deve ser totalmente removida, e a menor, quebrada até o limite da estrutura. Assim, conquista-se uma área única e espaço para um bufê.

2. Piso elevado: como os ambientes estão em diferentes níveis, o melhor é construir uma base que equipare as alturas. “Usando fileiras de tijolos, ergue-se uma borda na frente da escada, e o miolo é preenchido com parte do material resultante da demolição”, orienta Décio. Ele explica que, na etapa seguinte, aplica-se concreto sobre esse recheio a fim de formar o contrapiso.

3. Degrau: após o nivelamento, a pisada do primeiro degrau deve desaparecer. “Você pode descartá-la, estendendo o acabamento do chão”, aconselha o autor.

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4. Segredos de Marcenaria: o armário tem altura de 90 cm, a mesma do patamar intermediário da escada. As portas no canto do L permitem o acesso ao vão existente, já que o módulo não conta com fundo, abrigando itens grandes, como cadeiras de praia e redes. As demais aberturas ocultam prateleiras com 30 cm de profundidade, projetadas para organizar as louças.

5. Revestimento: a repetição do piso original – mosaico de ardósia preta encerada – reforça a unidade das áreas. As placas de 40 x 40 cm são quebradas em cacos irregulares.

6. Tinta para renovar: a dica é destinar à superfície mais extensa a cor que já aparece no lance superior da escada. Décio especifica um vermelho mais atual, como o tom Pitanga Madura (ref. 14YR 10/434, da Coral), e aponta duas tonalidades de cinza que também cairiam bem: Cherffield (ref. LKS 641, da Lukscolor) e Estanho Polido (ref. 30YY 33/047, da Coral).

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Gastos estimados para a obra

– Marcenaria: armários de MDF laminado no padrão branco mate (1). portas sem puxadores, com sistema de fecho-toque. R$ 2700 (Marcenaria Mãos de Ouro).

– Mão de obra: remoção de paredes, requadração, elevação do piso, contrapiso, pintura e instalação do novo revestimento. R$ 1700 (empreiteiro Maurildo Vieira).

– Materiais básicos: cimento, tijolo, areia, massa corrida. R$ 360 (alto da lapa Materiais para construção)

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– Tinta vermelha: nas paredes, cor pitanga Madura (2), da coral (ref. 14yr 10/434). R$ 121,15 o galão de 3,2 litros (FC tintas).

– Piso: cacos de ardósia preta (3). R$ 38 o m² (com frete, na empresa mineira Ardósia MR).

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Você também tem um cantinho que parece insolúvel? Envie fotos, plantas e informações para minhacasa@abril.com.br ou poste no grupo SOS meu projeto, na comunidade Minha Casa. Se for escolhido, seu pedido será encomendado a um arquiteto, e a solução, publicada aqui.

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Preços pesquisados em 2 de abril de 2013, sujeitos a alteração.

 

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