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Reforma em apartamento deixa a cozinha aberta para a sala

A paixão pela culinária impulsionou a transformação deste apartamento paulistano, onde reina a espaçosa cozinha aberta para a sala, cenário de animados jantares semanais

Por Por Denise Gustavsen (texto) e Fernanda de Castro Lima (visual) | Projeto Luciana Penna | Fotos Eveyn Müller
Atualizado em 20 dez 2016, 23h47 - Publicado em 2 set 2014, 23h48

Momento especial em minha vida, no qual o prazer de reunir gente querida em torno de comida gostosa, boa música e papo legal abriu um novo caminho. Trabalhei anos em agências de publicidade, mas minha vocação genuína sempre foi a gastronomia. Quando comprei o imóvel antigo, nos Jardins, há quatro anos, convidei a Luciana Penna para reformá-lo. Desde o início, a designer de interiores sabia que uma cozinha-sala espaçosa, funcional e agradável era uma das premissas da remodelação. Entreguei a ela o livro 150 Best Loft Ideas [Harper Collins], cheio de referências que me interessam, a exemplo do mix de madeira, aço e concreto aparente. Como somos amigos desde 1999, a Lu captou bem o espírito e soube traduzir esses sonhos num desenho fluido, repleto de soluções e com barreiras visuais apenas na ala íntima. Adorei a sugestão de inverter o senso comum e deixar o cimento no piso, reservando as paredes para a madeira. Também aprovei a proposta de uma suíte com dois banheiros, um exclusivo para mim e outro para minha namorada. Isso se mostrou essencial, fez bem à privacidade de cada um. O ponto alto do projeto, porém, é realmente a área social. Nada me dá mais satisfação do que preparar os pratos cercado de amigos, liberados para palpitar à vontade no tempero. Tudo regado à boa cerveja. Essa mecânica descontraída ajuda a testar receitas, que, depois, sirvo com meu sócio no The Soul Kitchen, uma plataforma de gastronomia, música e arte. A iniciativa surgiu aqui como brincadeira. Assim que ganhou corpo, tornou-se nômade e passou a acontecer em endereços variados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Cheguei a reunir semanalmente até 30 pessoas em casa, mas, diante do crescimento do público, decidimos profissionalizar o encontro. Aí, o hobby virou trabalho. Claro, mantenho até hoje reuniões menores com os mais chegados e familiares. Meu negócio são os pratos simples, como rabada, apresentados com clima de casa de vó, em meio a boas risadas. Era exatamente uma cozinha assim, para celebrar momentos de felicidade, que eu imaginava . Alexandre Pernet, morador