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No Japão, ilha abandonada transforma-se em polo cultural

A ilha de Naoshima no sudoeste do país transforma-se em importante museu a céu aberto e une arquitetura, natureza e arte.

Por Redação do site Catraca Livre
Atualizado em 19 jan 2017, 15h31 - Publicado em 17 jun 2013, 12h30

Há 25 anos, o premiado arquiteto japonês Tadao Ando foi convidado por Soichiro Fukutable – um dos empresários mais ricos do Japão – a construir um museu de arte contemporânea na ilha de Naoshima. A ideia parecia loucura, afinal, a ilha localiza-se em um ponto esquecido no sudoeste do país e sofria com abandono e poluição.

Apesar da contaminação causada por lixo tóxico, uma população desesperançosa que não tinha muitas escolhas, que não fosse migrar para os grandes centros urbanos ou trabalhar com agricultura e pesca, o trabalho deu resultado. Fukutable e Ando uniram arte, arquitetura e natureza, respeitando as tradições locais.

Hoje, o local é visitado por 400 mil pessoas por ano e virou um exemplo mundial do poder da arte. Atualmente, a ilha é palco do festival Setouchi Triennale 2013, que reúne 210 artistas de 23 países e suas obras estão espalhadas por Naoshima e outras 11 ilhas da região, que querem seguir o seu modelo.

A ilha de Naoshima conta com sete museus e tem um acervo com nomes como Claude Monet, James Turrel, Walter de Maria e Jackson Pollock. Além disso, é possível tomar banhos públicos em águas escaldantes cercados de peças de arte pop e casas de 200 anos foram transformadas em instalações. O mais recente museu é subterraneo e conta com iluminação natural.

Agora o turismo passa a ser a principal fonte de renda das comunidades locais, que planejam a construção de hotéis e cafés.

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Para combater os graves problemas ambientais do local, os projetos culturais ajudam a financiar a despoluição e o reflorestamento.

Matéria publicada originalmente no site Catraca Livre.

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