Arquitetos mostram em seus projetos a relação com a cidade
Grandes nomes da arquitetura se reuniram em um simpósio promovido pelo Senac São Paulo
Por Por Cristiane Komesu
access_time
20 Dec 2016, 16h05 - Publicado em 26 Oct 2009, 19h14
Com a participação de grandes nomes da arquitetura no país, o simpósio “O arquiteto e a Cidade Contemporânea” marcou o lançamento do curso de bacharelado em arquitetura do Senac São Paulo. O evento, que aconteceu nesta quinta-feira, dia 22, na unidade de Santo Amaro, reuniu profissionais e estudantes para discutir projetos urbanos e o papel do arquiteto na sociedade. “Fazer arquitetura é fazer política. Temos que usar a arquitetura para a sociedade, fazendo projetos que tragam alento para as pessoas”, afirma o arquiteto Marcelo Ferraz.
Sensível às relações sociais na cidade, o arquiteto Ruy Ohtake defende que o desafio atual é integrar as populações periféricas ao espaço urbano de uma forma digna. A partir dos projetos que desenvolveu em São Paulo, desde os mais sofisticados, como o prédio do Instituto Tomie Ohtake, até os mais simples, como a pintura de casas em Heliópolis, ele mostrou a importância da arquitetura como agente de integração social. Você confere estes e outros projetos apresentados pelos profissionais durante o simpósio em nossa galeria abaixo. Fique ligado em mais notícias do setor acessando nosso canal Arquitetura.
-
1.
zoom_out_map
1/18
O arquiteto Ângelo Bucci mostrou em seus projetos a preocupação com a comunicação entre os imóveis e as áreas externas.
-
2.
zoom_out_map
2/18
Nesta residência em Ubatuba (SP), o arquiteto Ângelo Bucci procurou integrar o projeto ao espaço, mantendo o máximo de vegetação natural possível. A casa foi construída em terreno íngreme, a partir de lajes em três níveis, com árvores entre os vãos das construções.
-
3.
zoom_out_map
3/18
A vista privilegiada deste imóvel, no Rio de Janeiro, foi o ponto de partida para o projeto premiado do arquiteto Ângelo Bucci.
-
4.
zoom_out_map
4/18
Para Bucci, as casas não precisam ter uma separação rigorosa entre a área interna e externa. Essa relação é explorada com o uso de vãos, vidros e transparências, como neste projeto no Rio.
-
5.
zoom_out_map
5/18
O arquiteto Mario Biselli mostrou grandes projetos desenvolvidos pelo seu escritório para participar de concursos públicos e privados.
-
6.
zoom_out_map
6/18
O arquiteto Mario Biselli criou este projeto para um concurso da Petrobras a partir de um diálogo com a geografia e a memória do espaço, próximo a um sítio arqueológico. A arquitetura inspirou-se na forma de uma cratera, que também faz referência à atividade da empresa, de perfuração do solo.
-
7.
zoom_out_map
7/18
Neste projeto para um aeroporto em Florianópolis, Mario Biselli inspirou-se na forma curva das aeronaves para criar o desenho externo do terminal.
-
8.
zoom_out_map
8/18
A curvatura molda o espaço interno do aeroporto e propõe uma nova relação dos passageiros com a arquitetura.
-
9.
zoom_out_map
9/18
O arquiteto Mario Biselli criou este projeto em um concurso para a construção de uma unidade do SESC em Guarulhos. Respeitando a função do espaço, o projeto privilegia as áreas comuns e o convívio entre as pessoas.
-
10.
zoom_out_map
10/18
Ao participar do simpósio, Marcelo Ferraz destaca a importância da relação da arquitetura com o espaço: o lugar não é o ponto de partida, e sim de chegada.
-
11.
zoom_out_map
11/18
Ao realizar o projeto de revitalização de uma favela em Salvador, o arquiteto Marcelo Ferraz priorizou a preservação da vegetação da encosta e as necessidades da comunidade local. O arquiteto critica os projetos de urbanização que seguem a prática do remendo: A cidade é feita de ordem e a favela deve seguir essa lógica. A arquitetura teve estimular a conscientização entre os moradores, afirma.
-
12.
zoom_out_map
12/18
No Rio Grande do Sul, Marcelo Ferraz criou o projeto para recuperar o Moinho Colognese, em Ilópolis. A partir das construções, desenvolveu-se a recuperação da memória da região e da atividade econômica.
-
13.
zoom_out_map
13/18
O projeto resultou na criação do Museu do Pão, que contou com a participação da comunidade local desde a concepção até a construção da obra.
-
14.
zoom_out_map
14/18
O arquiteto Ruy Ohtake ressaltou durante sua palestra que a arquitetura passa a fazer sentido quando é colocada em prática. Acredito na arquitetura como obra construída, diz.
-
15.
zoom_out_map
15/18
O projeto do arquiteto Ruy Ohtake para o Hotel Unique, em São Paulo, parte de uma proposta plástica calcada no vazio. Para que o prédio pudesse ser visto da rua em um só olhar, privilegiando suas formas, o arquiteto buscou projetá-lo com o maior recuo da rua possível.
-
16.
zoom_out_map
16/18
A partir da forma externa do edifício, Ruy Ohtake projetou a disposição dos quartos de forma nada convencional. Deste modo, os corredores assumiram formas sinuosas que permitem o contato com a área externa através das janelas.
-
17.
zoom_out_map
17/18
Em seu projeto para a pintura de fachadas na favela de Heliópolis, em São Paulo, Ruy contou com a parceria da comunidade na escolha das cores e na aplicação da tinta, que contou com mão de obra local. De acordo com ele, o projeto ultrapassou a questão cosmética e influenciou na vida dos moradores: a iniciativa despertou a sensibilidade para as cores e tonalidades, além de despertar o orgulho pelo bairro.
-
18.
zoom_out_map
18/18
Neste projeto do edifício do Instituto Tomie Ohtake, Ruy buscou um desenho contemporâneo como forma de incentivar a revitalização do entorno, a região do Largo da Batata em São Paulo.