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A Bienal de Arquitetura de Veneza provoca e faz pensar

Como podemos nos sentir em casa no mundo moderno? Essa é a pergunta que provoca e permeia todos os trabalhos da Bienal de Veneza.

Por Por Mariane Morisawa
Atualizado em 15 dez 2016, 13h36 - Publicado em 15 set 2008, 15h21

A Bienal de Arquitetura de Veneza abriu para o público no último domingo, dia 14, com a expectativa de provocar e de fazer pensar. Com o tema Lá Fora: Arquitetura Além das Edificações, o curador Aaron Betsky construiu uma mostra que, de um lado, expõe o que passa na cabeça do arquiteto antes do projeto e, de outro, mostra como a arquitetura pode ser terreno de experimentação. Aos profissionais, ele perguntou: como podemos nos sentir em casa no mundo moderno? Mas a idéia não era apresentar soluções, e sim discutir, debater, fazer pensar, provocar. A arquitetura é mais do que os prédios, é mais crítica, mais rica e mais capaz de nos engajar do que pensamos”, disse Betsky.

A Bienal de Veneza traz 12 grandes instalações, de nomes como Frank O. Gehry homenageado com o Leão de Ouro pelo conjunto da obra e Zaha Hadid. Nelas, a arquitetura assemelha-se às obras de arte, revelando alguns conceitos que movem aqueles arquitetos.

Na seção Mestres do Experimento, grandes nomes apresentam suas formas de chegar às criações originais que os fizeram famosos. São eles: Coop Himmelb(l)au, Frank O. Gehry, Zaha Hadid, Herzog & De Meuron, Morphosis, Madelon Vriesendorp e Ila Bêka & Louise Lemoîne, apresentados contiguamente aos trabalhos de arquitetos mais jovens também ligados à experimentação.

Fora isso, são 56 representações nacionais, em que a preocupação com o futuro seja em habitação, ecologia, desenvolvimento sustentável, generosidade aparece com força. A Bienal de Veneza acontece até o dia 23 de novembro no Arsenale e no Giardini, duas grandes áreas contendo diversos espaços expositivos.

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