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8º Fórum Internacional de Arquitetura e Construção discute nanotecnologia e design italiano

No Dia do Designer de Interiores, o fórum que acontece na Revestir trouxe o pesquisador americano George Elvin e o designer italiano Massimo Iosa Ghini

Por Por Vanessa D'Amaro
Atualizado em 15 dez 2016, 13h27 - Publicado em 10 mar 2010, 17h13

As discussões do Dia do Designer de Interiores no 8º Fórum Internacional de Arquitetura e Construção — parte dos eventos da Feira Expo Revestir 2010 — foram marcadas por dois temas muito atuais: a nanotecnologia e o design italiano.

Um título para uma foto sem titulo Quem iniciou as apresentações foi George Elvin, PhD pela Universidade de Berkeley na Califórnia e diretor da Green Technology – uma empresa de pesquisas e consultoria em nanotecnologia e biotecnologia. O objetivo da sua palestra era traçar panorama sobre a nanotecnologia, uma ciência que estuda a construção de novas estruturas a partir de uma escala atômica. De acordo com o pesquisador, este trabalho com a menor partícula de um elemento (o átomo) permitiria a criação de novos materiais com estruturas moleculares mais simples e de mais fácil controle. Parece complicado de início, mas George Elvin apresentou alguns exemplos de aplicação da nanotecnologia de forma bem didática. Ele contou que, na área arquitetônica, a novidade seria a criação de ambientes inteligentes e de materiais que interagissem com seus usuários. Mas a atração principal desta nova tecnologia, para George Elvin, é a sua aplicação sustentável. Segundo o pesquisador, os novos materiais de construção emitiriam menos carbono, se tornando um excelente instrumento de prevenção do aquecimento global. Além disso, o americano apresentou algumas propriedades inusitadas da nanotecnologia. Entre elas, self-healing, materiais com a capacidade de se auto-reparar; e, self-cleaning, cujo exemplo foi o nanotex, um tecido que não deixa manchas e que poderia ser uma maravilha se aplicado em sofás e poltronas. Retomando a sua linha mais sustentável, o pesquisador americano concluiu a apresentação afirmando que a nanotecnologia seria “uma excelente ferramenta para criar um futuro melhor”.

Um título para uma foto sem titulo O italiano Massimo Iosa Ghini tomou o palco, logo em seguida, para apresentar alguns de seus trabalhos em design, arquitetura e interiores. Natural de Bolonha, Massimo, que é considerado um dos grandes designers da atualidade, é formado pelo Instituto Politécnico de Milão e assinou trabalhos por toda a Itália. Ele é reconhecido por seu estilo de “linhas gráficas” e desenvolveu ambientes para grandes empresas italianas, como Ferrari (para quem assinou o projeto de diversas lojas e do Museo della Casa Ferrari), Maserati e a Alitalia. Para Massimo, o design italiano é uma conseqüência da formação cultural e do desenvolvimento artístico de seu país. Nos projetos para estas grandes empresas italianas, o designer criou ambientes cheios do que ele chama de italianità, traços do estilo singular e característico do design do país. Ele apresentou também o projeto de uma casa fluida, sem qualquer parede, cuja principal função seria a integração dos espaços. Massimo finalizou a apresentação com seu projeto de estações para o metrô de Bolonha, sua cidade Natal. A cobertura das estações será de alumínio revestido de plantas. O italiano também destacou a importância das escolhas sustentáveis em projetos arquitetônicos. Para ele, o importante é ser ecologicamente correto, sem perder o senso estético. “Sustentável sim, mas também belo”, finalizou.