6 frases emblemáticas de Lina Bo Bardi sobre o morar
Lina Bo Bardi, cujo centenário de nascimento é celebrado neste mês, era uma pensadora de seu tempo, como refletem os escritos que deixou – e que merecem ficar na memória
Lembranças da guerra
“Foi então, enquanto as bombas demoliam sem piedade a obra e a obra do homem, que compreendemos que a casa deve ser para a vida do homem, deve servir, deve consolar; e não mostrar, numa exibição teatral, as vaidades inúteis do espírito humano…”
O Brasil
“Eu disse que o Brasil é meu país de escolha e por isso meu país duas vezes. Eu não nasci aqui, escolhi este lugar para viver. Quando a gente nasce, não escolhe nada, nasce por acaso. Eu escolhi meu país.”
Fazer arquitetura
“Eu não tenho escritório. Trabalho resolvendo os problemas de projeto à noite, quando todo mundo dorme, quando o telefone não toca, e tudo é silêncio. Depois eu monto um escritório com os engenheiros, os técnicos e os operários no próprio canteiro.”
Sesc Pompeia
“Comer, sentar, falar, andar, ficar sentado tomando um pouquinho de sol… A arquitetura não é somente uma utopia, mas um meio para alcançar certos resultados coletivos. A cultura como convívio, livre escolha, liberdade de encontros e reuniões. Retiramos as paredes intermediárias para liberar grandes espaços poéticos para a comunidade. Colocamos apenas algumas coisinhas: um pouco de água, uma lareira…”
Morar
“A finalidade da casa é a de proporcionar uma vida conveniente e confortável, e seria um erro valorizar demais um resultado exclusivamente decorativo.”
Museu de Arte de São Paulo (Masp)
“A beleza em si não existe. Existe por um período histórico, depois muda o gosto. Eu procurei, no Museu de Arte de São Paulo, retomar certas posições. Não procurei a beleza, procurei a liberdade. Os intelectuais não gostaram, o povo gostou: ‘Sabe quem fez isso? Foi uma mulher!’”