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Cortiça e tijolos reciclados compõem o Serpentine Pavilion de 2020

O projeto é assinado pelo estúdio de arquitetura sul-africano Counterspace e foi inspirado nas comunidades imigrantes de Londres

Por Ana Carolina Harada
20 fev 2020, 10h16
(Reprodução Dezeem/Casa.com.br)

A experiência das comunidades imigrantes de Londres foi a inspiração do estúdio de arquitetura sul-africano Counterspace para o Serpentine Pavilion de 2020. As arquitetas escolheram cortiça e tijolos feitos com resíduos de construções como materiais base do projeto.

(Reprodução Dezeem/Casa.com.br)

Uma nova tecnologia da Kenoteq produz tijolos com 90% de restos de construção reciclados. Os chamados K-Briq não precisam de queima, portanto geram apenas um décimo das emissões de carbono que um tijolo normal produz. O outro material usado é a cortiça. Ela é uma alternativa mais sustentável à madeira, já que para extrair as cascas das árvores, não é preciso cortá-las. A cortiça virá de um produtor português.

(Reprodução Dezeen/Casa.com.br)

Formas e texturas diversas farão referência a localidades em Londres com uma grande população de imigrantes, por exemplo Brixton, Hoxton, Hackney, Whitechapel, Edgware Road, Peckham, Ealing e North Kensington. “O pavilhão é concebido como um evento – a reunião de várias formas de toda Londres durante o período de permanência do Pavilhão. Essas formas são impressões de alguns dos lugares, espaços e artefatos que tornaram parte da identidade de Londres”, explica a arquiteta-chefe Sumayya Vally.

O Pavilhão terá partes itinerantes, que poderão ser exibidas em bairros da cidade. Eles servirão como sede de eventos comunitários e depois serão devolvidos à estrutura principal no fim do verão. O objetivo é explorar a arquitetura como uma forma de construir bem-estar social e quebrar hierarquias.

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