Os arquitetos vencedores do 27º Prêmio Deca foram anunciados na noite desta terça-feira, 13, em evento para convidados no Faena, em São Paulo. O evento teve Rodrigo Santoro e Mel Fronckowiak como mestres de cerimônia e participação especial da cantora Mariana Rios na festa.
Profissionais de todo o país concorreram com projetos executados nas categorias Banheiro Residencial, Banheiro CASACOR, Cozinha Residencial, Cozinha CASACOR, Corporativo, Produto e na recém-lançada categoria, “Ambientes para Viver Bem”. Esta última, em 3D, desafiou os profissionais a pensarem espaços de forma mais sustentável, evidenciando o design como uma ferramenta de reconciliação com o futuro, e promovendo bem-estar ao usuário e ao meio ambiente.
Os melhores projetos, a partir de critérios como originalidade, criatividade e aproveitamento do espaço, foram eleitos por um corpo de jurados presidido pelo premiado arquiteto Gianfranco Vannucchi. Nomes como Allex Colontonio, Jader Almeida, Ricardo Bello Dias, Paula Neder, Thais Lauton, Clarissa Schneider e Tuca Reines formaram o renomado júri.
O concurso é realizado pelo DEXperience, programa de relacionamento com especificadores da Deca, que abrange também as marcas Duratex, Castelatto e Ceusa, além de Portinari, apoiadora da premiação.
Conheça os ambientes e profissionais vencedores:
Memórias por Aline Borges
A arquiteta Aline Borges foi vencedora na categoria Banheiro CASACOR, com o projeto Memórias, que revisita suas referências das Minas Gerais por meio do design. Do conceito de que viver é estar em constante movimento e de que morar é estar em eterna transformação, nascem os projetos de Aline, cheios de vida, de fluidez, de histórias, de memórias.
Para participar da maior mostra de arquitetura da América Latina, a arquiteta fez referências que vêm de sua casa, das Minas Gerais. Da poesia de O Grande Sertão Veredas à beleza bucólica da vegetação da caatinga. Da aridez das paredes de taipa de pilão e adobe, ao encanto do cantar dos pássaros. Das técnicas da arquitetura primária à assinatura contemporânea dos meus projetos atuais. Em cada detalhe do ambiente há algo de Aline, da sua história e vida em movimento.
Cozinha Casa dos Terraços por Denis Joelsons
Denis Joelsons venceu na categoria Cozinha Residencial, com o projeto Cozinha Casa dos Terraços, que pensa a cozinha menos como um local utilitarista e mais como espaço de convivência. Nele, o piso tem um tom escuro que remete à terra, as paredes são pintadas em um vermelho terroso que contrasta com o verde do bosque. À medida que se afasta do solo, a casa fica mais luminosa, culminando na membrana translúcida de vidro aramado que marca a sua fachada de acesso.
Geométrico por Danielle Bellini
Danielle Bellini foi vencedora na categoria Corporativo. Seu projeto Geométrico para “centro infantil”, usa a arquitetura como ferramenta de ensino através de um lúdico jogo de figuras. A bancada em pedra sabão, na cor cinza, foi desenhada de forma assimétrica para atender todas as idades das crianças de uma escola. O arquiteto utilizou quatro cubas redondas, com a torneira de bica alta Decamatic Eco 1175C de fechamento automático, cujo formato acompanha o desenho dos espelhos. A horizontalidade da bancada, em composição com o revestimento geométrico utilizado em algumas paredes do ambiente, tornaram o espaço arrojado.
Casa Ñe’é por NJ + Arquitetura
O escritório NJ + Arquitetura, com um time composto pelos arquitetos Nildo José, Virginia Lopes, Danielle Groszmann, Marcelo Rizzo, Diego Guido, Maira Ayumi, Tabatta Isecke, Anna Clara, Pedro Olavo e Gabriel Lava João, venceram na categoria Cozinha CASACOR, com o projeto Casa Ñe’é, que reflete a mescla das tendências do design internacional à essência brasileira. A arquitetura precisa arrancar suspiros, contar uma história e ser cenário para a felicidade. A esse desafio central, o time de arquitetos acrescentou sua intimidade com as tendências do design, das artes visuais contemporâneas e a paixão por espaços funcionais, às tradições e aos materiais do Brasil.
Banheiro Origem por Kesley Santiago
Kesley Santiago foi vencedora na categoria Ambientes para Viver Bem, com o Banheiro Origem, que faz referência ao primeiro abrigo do homem e à intrínseca conexão com a natureza, um espaço onde o passado e o futuro se encontram em uma harmoniosa reconciliação. Ao retornar ao primeiro abrigo do homem, a caverna, celebramos a simplicidade e a beleza dos materiais naturais e rudimentares. A proposta da arquiteta não apenas homenageia a origem da vida humana, mas também aponta para um futuro onde a sustentabilidade e a conexão com a natureza são fundamentais.
O Banho de Tuia por Evandro Melato e Pabrício Amaral
Evandro Melato e Pabrício Amaral foram os vencedores na categoria Banheiro Residencial, com o projeto O Banho de Tuia, que reforça a ideia de que somos a própria natureza. Ser natureza é viver em simbiose com tudo o que dela também faz parte. É mimetizar em suas paisagens com respeito e devoção. Assim, o projeto, que flutua sobre um lago e encontra abrigo na densa Mata Atlântica, é um perfeito exemplo da arquitetura como instrumento para ser natureza.
O moderno volume arquitetônico, instalado sobre a ponte, resgata as memórias das tradicionais tuias, nome dado no interior de Minas Gerais aos espaços dedicados ao armazenamento de alimentos. Nos dois banheiros e nas bancadas, produtos Deca reforçam a preocupação do projeto com escolhas pioneiras em sustentabilidade.
Categoria produtos: Mictório Nºum por Giuliano Marchiorato
Giuliano Marchiorato venceu na categoria Produto, com o projeto Mictório Nºum, que traz uma proposta de design puro e minimalista, com propósito, privilegiando a privacidade e o bem-estar. Em 1917, um mictório mudou o rumo da arte, com Duchamp. Em 2024, a inspiração do arquiteto é mudar o rumo do design de mictórios brasileiros. Antes, banheiros recheados de divisórias. Hoje, banheiros mais leves, arejados e belo. Entre forma e função, o projeto nasceu de um desenho formal em ângulo, a fim de possibilitar privacidade sem a necessidade de um anteparo, ou seja, o próprio objeto protege o usuário. A inspiração foi nos fortes traços geométricos presentes no modernismo brasileiro.
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