Sapateiras ganham espaço com soluções inteligentes de marcenaria

A arquiteta Cristiane Schiavoni apresenta projetos com sapateiras no quarto e no hall de entrada:

Por Redação
Atualizado em 29 ago 2024, 16h10 - Publicado em 28 ago 2024, 19h00
Sapateiras ganham espaço com soluções inteligentes de marcenaria. Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. Na foto, três projetos com sapateiras.
 (Luis Gomes/Divulgação)
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A sapateira não é novidade no décor. Arqueólogos encontraram as primeiras formas de sapateiras utilizadas por antigas civilizações: na cultura asiática, a China já executava peças de madeira entalhadas e, no Japão, eram feitas de bambu. Nos contornos de décadas passadas, o móvel foi designado para guardar os sapatos limpos, uma vez que o vão embaixo da cama já não era suficiente, e assim foi ganhando soluções inteligentes de marcenaria e espaços em closets.

“Para muitas pessoas, o sapato é muito mais que uma proteção para os pés, mas sim uma peça que complementa e ajuda a transmitir a mensagem a ser passada através do look. Sem contar que é um item de coleção”, avalia a arquiteta Cristiane Schiavoni, responsável por seu escritório.

Sapateiras ganham espaço com soluções inteligentes de marcenaria. Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. Na foto, sapateira multifuncional com banco.
Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. (Luis Gomes/Divulgação)

E nessa evolução, recentemente os brasileiros incorporaram um comportamento semelhante à cultura asiática, deixando os sapatos sujos no hall ou logo na entrada de casa. Com os medos enfrentados na pandemia, o cuidado é o mesmo: não trazer sujeiras e bactérias para dentro de casa.

“Esse costume é enraizado entre os japoneses e coreanos e muitos de nós já perceberam com a febre dos doramas. Quando os personagens chegam em casa, rapidamente tiram o calçado e usam um chinelinho”, explica a profissional. “E para não deixar uma bagunça no nível rebaixado existente na entrada do imóvel, os guardam na sapateira instalada no local”, complementa.

Confira as boas ideias realizadas pela arquiteta Cristiane Schiavoni:

Sapateiras nos quartos:

1. Na lateral da cama

Sapateiras ganham espaço com soluções inteligentes de marcenaria. Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. Na foto, quarto com parede azul, painel ripado e sapateira branca.
Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. (Luis Gomes/Divulgação)
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De acordo com Cristiane, um cantinho pode se tornar a resposta para o local da sapateira. Nesse dormitório de casal, ela aproveitou a lateral da cama para realizar a marcenaria de uma sapateira com apenas 29 cm de largura – considerando a peça finalizada. No interior, as prateleiras tanto podem ficar retas ou inclinadas para comportar os calçados maiores. “Gosto de quebrar padrões e considero que não há a necessidade de produzir um móvel com 60 cm, como acontece dentro dos armários. E com essa medida, tudo ficou perfeitamente ajustado”, delibera.

2. Em um cantinho do closet

Sapateiras ganham espaço com soluções inteligentes de marcenaria. Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. Na foto, quarto com sapateira e penteadeira.
Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. (Fabio Severo/Divulgação)

No closet individual para o casal, as extremidades do dormitório possibilitaram que arquiteta também pudesse oferecer uma sapateira para cada um. Os acessos são discretos e, de um lado, a porta do marido foi revestida por um espelho e é aberta por um puxador. Do outro, o revestimento da marcenaria camufla o acionamento fecho toque.

Sapateiras ganham espaço com soluções inteligentes de marcenaria. Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. Na foto, quarto com sapateira e penteadeira.
Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. (Fabio Severo/Divulgação)
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“Eu gosto dessa proposta de deixar os calçados longe das roupas, pois a depender das condições, é possível que ocorra uma interferência causada pelos odores”, avalia Cristiane.

3. Compondo o painel da TV

Sapateiras ganham espaço com soluções inteligentes de marcenaria. Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. Na foto, quarto com sapateira e painel de tv.
Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. (Luis Gomes/Divulgação)

Em ambos os projetos, a arquiteta Cristiane Schiavoni explorou a parede do dormitório onde incluiu também o painel de TV. Na distribuição interna, a inclinação das prateleiras contribui para o ajuste perfeito de todos os calçados.

Sapateiras ganham espaço com soluções inteligentes de marcenaria. Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. Na foto, quarto com sapateira e painel de tv.
Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. (Carlos Piratininga/Divulgação)
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Sapateiras na entrada:

Sapateiras ganham espaço com soluções inteligentes de marcenaria. Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. Na foto, arquiteta mostrando sapateira em hall de entrada.
(Divulgação/Divulgação)

Quando o assunto é sapateira na entrada do imóvel, a localização também pode variar. “Já executei móveis tanto no hall de entrada, como também na área do elevador”, recorda-se a arquiteta.

No projeto de reforma desse apartamento, a lateral dessa marcenaria não atende apenas o hall de entrada, mas sim acompanha a estrutura de um home office idealizado pela profissional. Ela criou um móvel com prateleiras para os objetos decorativos e, na parte inferior, os pequenos armários aéreos acomodam calçados e bolsas. “Para deixar esse movimento mais confortável, o pufe é facilmente acessado no vão existente até o piso”, diz a arquiteta.

Nesse apartamento, a sapateira é encontrada logo após a saída do elevador. Para tanto, a arquiteta criou uma espécie de ‘caixa suspensa’ com um banco ao lado.

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Atenção às medidas indicadas pela arquiteta

Sapateiras ganham espaço com soluções inteligentes de marcenaria. Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. Na foto, hall de entrada com papel de parede e sapateira.
Projeto de Cristiane Schiavoni Arquitetura. (Carlos Piratininga/Divulgação)

De maneira geral, sapatilhas, rasteirinhas e chinelos se acomodam de forma ideal em prateleiras com 10 cm de altura, enquanto pares de tênis, sapatos sociais e de salto encontram melhor ajuste em um espaço mínimo de 15 cm. Quanto às botas, a recomendação ideal é um vão de 35 a 45 cm para receber a altura média do calçado. Com relação à profundidade, 40 cm é a medida de referência.

“Mas sempre gostos de destacar que a dimensão varia de acordo com o acervo do morador”, analisa. Por fim, para otimizar o espaço em ambientes compactos, a arquiteta recomenda o uso de sapateiras tipo gaveteiros, já que esses móveis adicionam um toque sofisticado e moderno.

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