Com perfume de boas vindas
Você acorda, abre as cortinas e o sol ilumina um lindo arranjo de flores no seu criado-mudo ou na mesa da sala. Eis a receita para uma bela manhã
Uma questão de resistênciaAs cerâmicas listradas de tonalidade rosadas pedem por perto espécies com cores semelhantes. Flores-de-alho decorando o cilindro de vidro resolvem a questão. Por exalar cheiro forte, como diz o próprio nome, são indicadas para ficar na cozinha ou em ambientes bem arejados. O ponto forte é a durabilidade, que pode chegar a 20 dias. Se você tem um vaso semelhante ao listrado vermelho, aposte em uma alpínea da mesma tonalidade. Renânteras formam um belo par com o modelo colorido.
Formato de coração
Está com preguiça de criar arranjos elaborados para deixar a casa mais bonita em dia de festa? Sem muito trabalho, você consegue tal proeza com um vaso preenchido de antúrios rosa. Quando bem cuidada, a espécie pode durar até 20 dias. Job de Proença, da Flor em Vaso, usou um suporte de vidro serigrafado, com cores semelhantes aos botões. Os antúrios têm uma forma definida e forte, dispensando outras flores para fazer combinações. Foto: Cacá Bratke.
Beleza clássica
Quer combinação mais acertada do que incorporar na decoração flores clássicas para coroar um encontro especial? As cúrcumas, que florescem no final do inverno e início da primavera, emanam uma aura clássica. O suporte de porcelana deve ser preenchido com quatro dedos de água. Um modelo de vidro transparente também cairia bem, deixando à vista os belos caules da flor. Rosas brancas são uma opção para substituir essa espécie. Ambiente projetado pelos arquitetos Marco Aurélio Viterbo e Karina Cukier. Foto: Eduardo Pozella.
Para abrir um sorriso
A falta de um vaso não é desculpa para a ausência de flores em casa. Esta singela jarra de porcelana acomoda com bossa três camélias brancas, que nascem entre junho e agosto. E não é que o conjunto parece desejar um dia alegre para os moradores! Margaridas, cravos ou rosas também ficam um encanto numa disposição assim, suave e arrebatadora. Foto: André Fortes.
Um certo ar oriental
Móveis de linhas retas, cores sóbrias nos acessórios e poucos objetos dão origem ao estilo minimalista deste apartamento. O nicho próximo à janela recebe a coleção de vasos de vidro com formas e tamanhos diversos. Ali, arranjos de flores não durariam muito por causa do sol, mas em ocasiões especiais os moradores abrem exceção. As orquídeas chuvas-de-ouro entram em cena, exaltando a área. Na mesa de centro, o amarelo também marca presença no buquê de callas, que pede água gelada diariamente. Proposta de Job de Proença, da Flor em Vaso. Foto: Luis Gomes.
Naturalmente feliz
Uma energia alegre parece brotar do vaso de vidro. Não à toa as rosas nunca perderam a realeza no reino das flores para deleitar a alma e os olhos. Durante o ano inteiro elas aparecem para deixar a casa cheia de vida. Aqui, as cores vibrantes combinam perfeitamente com a hora do brunch e do almoço. Para surpreender os convidados, deixe que levem os arranjos como lembrança de um momento festivo. Foto: Luis Gomes.
Gesto afetivo
As pétalas cor-de-rosa e delicadas das ervilhas-de-cheiro são perfeitas para alimentar uma atmosfera romântica. Neste vaso de vidro elas ficam bem sozinhas e resistem por cerca de três dias, com água boa e fresca até a metade do suporte. Se preferir, escolha flores clássicas, a exemplo do lírio rosa ou do lírio branco, para conquistar uma mistura bem-sucedida. Foto: Luis Gomes.
Explosão tropical
Espécies clássicas, a exemplo de rosas, cravos e lírios, foram unidas em ramalhetes pelas mãos de Maria Lúcia Almeida Prado e Anna Flora Sodré em um suporte de vidro com boca larga. Como os caules ficam aparentes, é importante limpá-los antes de começar o agrupamento. Folhas de curcúligo dobradas arrematam a combinação. Foto: Cacá Bratke.
Vermelho e ousado
Três orquídeas abraçadas com primor num mesmo vaso é de cair o queixo. A florista Monica Rezende combinou a renantera, a odontoglosso e a sapatinho. As orquídeas sapatinho foram colocadas em tubos de ensaio de plástico. Os caules das outras se fixaram em espuma floral e foram escondidos por folhas de asplênio. O arranjo dura 15 dias se a espuma ficar molhada e os tubos cheios de água. Foto: Cacá Bratke.
Buquê exótico
Caules bonitos merecem ficar à vista de todos. É o caso do ornitógalo, que floresce no inverno. No buquê produzido por Viviane Gonçalves e Claudia Ribeiro, a forma estruturada do arranjo é fruto de hastes trançadas presas com ráfia. A dupla separou os caules em três gomos e os entrelaçou. O maço de junco sustenta a composição dentro do vaso. Foto: Cacá Bratke.
A elegância da simplicidade
Quem disse que vasos pequenos não podem receber flores longas? Para brincar com a proporção, Tissi Valente apostou nos elegantes e longilíneos copos-de-leite brancos. A florista cortou alguns caules na mesma altura do suporte (25 cm) e os dispôs ao redor da peça. Se preferir um visual com um pouquinho mais de cor, vale mesclar com chuva-de-ouro. Como este arranjo dura apenas dois ou três dias, deixe para fazê-lo em uma ocasião especial. Foto: Eduardo Camara.
Mistura inusitada
Temas alegres celebrados com matizes fortes caracterizam as pinturas do francês Raoul Dufy (1877- 1953), um dos precursores do movimento fauvista. Inspirado em Trente Ans ou La Vie em Rose (1931), Vic Meirelles mesclou rosas vermelhas colombianas, lisiantos roxos e cor-de-rosa, delfiniuns azuis e herengeos. Foto: Carlos Bessa.
Pura poesia
A cor escreve, de forma sublime, as composições assinadas pelo francês Henri Matisse (1869-1954), como na obra Anemones, de 1924. Vic Meirelles substituiu com maestria as anêmonas, que florescem a partir de junho, por gérberas brancas e vermelhas com miolos pretos (conhecidas como orca e lamborguine, respectivamente), lisiantos roxos e angélicas. Foto: Carlos Bessa.
Quando a noite cai
Um sentimento onírico parece transbordar da tela Bouquet of Flowers (1937), do russo Marc Chagall (1887-1985). Da arte para o mundo real, a natureza-morta ganhou vida com a inusitada mistura de rosas amorosas, folhas de ruscus, folhas de euonimus, crisântemos amarelos, cravos vermelhos e euphorbias. O suave perfume emana da espécie de rosa. Foto: Carlos Bessa.
Lembrança de antigamente
Luz dramática, cores densas e pinceladas vigorosas explodem em Vase of Lilacs, Daisies and Anemones, pintada no verão parisiense de 1887 pelo holandês Vincent van Gogh (1853-1890). Na releitura, Vic Meirelles usou um vaso vintage e bolou a composição com lisiantos roxos, delfiniuns azuis, folhagens de delfinium, crisântemos amarelos e euonimus. Foto: Carlos Bessa.
Explosão solar
O francês Paul Gauguin (1848-1903) produziu em sua temporada no Taiti o óleo sobr e tela A Vase of Flowers (1896). O artista pós-impressionista eleva a cor ao sublime e as formas revelam uma atmosfera exótica e tropical. O impacto do arranjo é resultado da reunião de lírios vermelhos, lisiantos roxos, alstroemérias, folhas de ruscus e folhas de photinia. Foto: Carlos Bessa.