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Segredo de profissional: aprenda escolher cores

Está em dúvida sobre como escolher as cores para a sua casa? Três profissionais super gabaritados no assunto dão dicas valiosas para resolver esse dilema

Por Da redação
Atualizado em 21 dez 2016, 00h16 - Publicado em 5 ago 2008, 18h30
cartela de cores

Alguns ouvem a intuição e, baseados numa larga experiência, apostam na escolha espontânea de tons em paredes e móveis. Já os mais disciplinados preferem seguir à risca uma cartela preestabelecida. Mas a maioria dos arquitetos e designers de interiores concorda que ser fiel a suas preferências e manter o foco são garantias de uma paleta confortável e harmoniosa. Aqui, os três profissionais que assinam os ambientes desta reportagem contam como conduzem o processo de colorir a casa.

 

Guta Calazanns

Qual o segredo para montar uma cartela harmoniosa?

 

Uma boa paleta pode definir a temperatura do ambiente – se ele é frio ou aconchegante. Costumo dizer que há as cores da manhã e as da tarde e umas esfriam ou aquecem as outras. As nuances suaves e frias, como os azuis, tranqüilizam e iluminam o espaço. Já os vermelhos e os laranjas causam a impressão de calor. O ideal é definir o que você quer priorizar e buscar um equilíbrio de opostos, quando um tom ajuda o outro.

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Como você distribui os tons?

 

Aqui, no escritório, trabalhamos com base no que chamamos de os grandes volumes da decoração, ou seja, tudo que está na altura dos olhos como sofás, portas, estantes e paredes ganha uma cor contínua e neutra: o branco, o preto ou mesmo os brancos tonalizados. Sobre essa base imparcial e monocromática, inserimos focos de ruptura e contraste, trazendo o colorido em peças menores, como telas e almofadas. O que não gosto é de pintar uma única parede: acho que isso interrompe o estímulo visual.

De onde você parte?

 

Começo escolhendo os tecidos: é uma forma fácil de visualizar a proposta. Em geral, eles acabam virando uma referência de cor para a parede ou algum móvel.

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Francisco Cálio

Como você define a cor do ambiente?

 

A cor influencia nosso humor e bem-estar. Por isso, antes de tudo, faço uma entrevista com o cliente para descobrir do que ele gosta. Com as preferências de cada um, posso montar uma cartela de amostras, que sigo à risca. Esse documento nos acompanha até na hora de fazer as compras.

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Qual o truque para harmonizar as composições?

 

Sempre trabalho com os contrastes, como o verde e o vermelho. Também é importante pensar na nuance. Como a gama de tons nunca foi tão extensa como hoje, você erra menos quando escolhe variações secas e contidas: assim fica mais fácil combinar um maior número de cores. Considerar os volumes dos móveis é outra coisa fundamental é diferente ver um tecido estampado numa almofada e num sofá grande. Além disso, vale a pena investir em uma base neutra, composta de brancos e madeiras. Essa solução favorece bastante o jogo cromático.

De onde você costuma partir?

 

Gosto de pensar primeiro na base. Esse entorno, composto de paredes e tapetes, prefiro manter neutro. Em seguida, parto para o mobiliário e vou pincelando a cor sobre revestimentos e acessórios.

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Cristina Bozian

Em que momento você define as cores que vai usar numa decoração?

 

Além de lançar mão da intuição, converso longamente com o cliente para descobrir sua história e suas preferências. Vamos a lojas e, aos poucos, é possível perceber o que mais atrai o olhar de cada um.

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Você costuma criar uma cartela de tons?

 

Não gosto de ficar amarrada a uma paleta fechada. Quando há dúvidas, faço provas de tinta na parede. A decoração não deve ser um processo estanque e a casa pode mudar de cara de vez em quando. Nesse aspecto, a cor é fundamental: você pode ter um visual mais outonal numa época com tons secos, como o verde – e, em outro momento, querer ares de primavera – como a decoração deste apartamento, com rosas e roxos. Tudo isso mudando detalhes como a capa de um pufe, a roupa de cama ou as almofadas.

Como perder o medo de misturar cores?

 

Sinto que cada vez mais as pessoas têm vontade de colorir a casa e fugir da mesmice. Mesmo não fazendo uma cartela, é importante manter o foco do que você quer: se gosta de azul, equilibre com um pouco de verde, por exemplo. Vai ficar fresco, menos monótono e óbvio. Recorrer a nuances esmaecidas e menos vibrantes também ajuda a não errar.

 

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