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Por que construir com blocos

Concreto, cerâmica, concreto celular, silicocalcário e ecológicos. As vantagens de cada material são mais bem aproveitadas num bom projeto

Por Da redação
Atualizado em 20 dez 2016, 23h15 - Publicado em 7 Maio 2007, 13h09
blocos

Versáteis quanto a sua composição, os blocos têm se distanciado cada vez mais da imagem de casa mal-acabada e se mostram boa opção quando se quer paredes de vedação ou estruturais (sustentam a construção sem pilares e vigas). Diante disso, a maior dificuldade está na escolha do material: concreto, concreto celular, silicocalcário, cerâmica ou até ecológico. “Defina a compra pelo tipo mais adequado ao projeto”, recomenda o professor Eduvaldo Sichieri, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos. “Isso leva em conta se a casa requer melhor resistência térmica ou se a fundação pede peças leves”, acrescenta. Como pensar numa casa de blocos Um projeto considerado racional evita cortes e desperdício de blocos, pois se baseia nas medidas das peças, inteira ou pela metade. Diferentemente dos tijolos maciços de barro, eles têm furos que permitem embutir as instalações elétrica e hidráulica. “Consomem até um terço menos de argamassa no assentamento e no reboco, aumentando a produtividade da mão-de-obra”, diz o engenheiro Jonas Silvestre Medeiros, da Inovatech. “No entanto, o tijolo tem maior isolamento acústico e capacidade de armazenar calor”, pondera ele. Entre as opções de blocos, há os estruturais, capazes de compor paredes que suportem cargas. Isso torna a obra ágil, organizada e livre de gastos com fôrmas de concreto e pilares. Contudo, o método autoportante tem inconvenientes. “Ambientes com grandes vãos exigirão pilares”, alerta Jonas.

Conheça cada tipo

 

Se você já está convencido a usar, veja as características dos materiais. Mas saiba que só o arquiteto ou o engenheiro responsável pelo projeto podem determinar a melhor escolha. Cerâmico: ao lado dos blocos de concreto, eles são os mais conhecidos pelos brasileiros. “Podem ser encontrados em todos os lugares”, diz Jonas Medeiros. “Mas tenha cuidado, pois alguns fabricantes às vezes não seguem as normas de qualidade”, completa. Outro atrativo é a sua leveza e a facilidade de ser manipulado. No entanto, é o único tipo que exige chapisco e reboco. Concreto: blocos desse tipo têm como inconveniente o peso. “São mais densos do que os cerâmicos e os de concreto celular e dificultam o transporte na obra”, avalia o arquiteto paulista Marcio Moraes. Em compensação, podem ficar aparentes e dispensam gastos com acabamentos. Concreto celular: por serem recheados de minúsculos poros, esses blocos de cimento, cal e areia ficam cheios de ar e têm pouca troca de calor. “Como são leves, é a melhor opção para não sobrecarregar as estruturas existentes”, diz Jonas. Essa característica, porém, traz desvantagem. “As peças com menos massa têm pior isolamento acústico”, fala a pesquisadora Maria Akutsu, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Silicocalcário: areia e cal prensadas constituem as matérias-primas usadas na produção desses blocos. “Só há um fabricante no Brasil. Por isso, não é possível comparar preços”, avalia Jonas. Como são prensados, suas dimensões são as mais precisas e têm ótimo isolamento térmico.

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Compra segura

 

A escolha dos blocos deve priorizar a qualidade, evitando problemas como peças que se quebram facilmente durante o manuseio. É possível pedir aos fabricantes relatórios técnicos dos produtos com dados de resistência a compressão, absorção de água, dimensões, entre outros. Esses testes são feitos por entidades especializadas, como o Laboratório L.A. Falcão Bauer, de São Paulo. Você também pode optar pelos selos de qualificação concedidos por associações e programas de qualidade do setor. Por enquanto, essa garantia é exclusiva de seis fornecedores de produtos cerâmicos e 41 fabricantes de concreto. Existem ainda os selos de certificação, já concedidos a sete fábricas de blocos cerâmicos e uma de concreto. Alguns produtores de peças de concreto celular dispõem de selos ISO 9001, que qualificam o processo de produção de acordo com as normas técnicas, enquanto os blocos de silicocalcário contam com o laudo de avaliação e controle de qualidade concedidos pelo IPT.

Boas notícias

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Publicada em outubro, a revisão de normas da ABNT para blocos de concreto beneficiou o consumidor. Agora, as dimensões dos estruturais devem ser múltiplas de 10 cm. “Aposta-se cada vez mais em projetos modulados, simplificando o projeto e a obra”, diz Marcio Santos Faria, coordenador de comissão da norma. Nas peças de vedação, foi estipulada a resistência à compressão mínima de 3 mpa (megapascal) para edificações de até dois andares. “Quando era de 4,5 mpa, desperdiçava-se a resistência do material”, avalia Marcio.

Tem de proteger

 

Todos os blocos precisam de proteção contra água, sol e fuligem. Na fachada, o recurso é revesti-los de argamassa com espessura mínima de 2,5 cm. “Internamente, pode variar entre 1 e 1,5 cm – ou até 0,5 cm, obtido com o gesso”, orienta o engenheiro Marcos Afonso Pires, da 4A Engenharia e Tecnologia. Se aparentes, proteja-os com resinas hidrorrepelentes à base de silano-siloxano, solvente em água. Elas não deixam entrar umidade, mas permitem que a alvenaria respire. Entre os fabricantes desse tipo de resina, estão Denver e Sika.

Quem vende

 

Cerâmico

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– Belo Horizonte: Cerâmica Braúnas: (31) 3491-1333.

– Cesário Lange (SP): Cerâmica City: (15) 3246-1133.

– Rio do Sul (SC): Cerâmica Princesa: (47) 3525-1540.

– Três Rios (RJ): Cerâmica Argibem: (24) 2258-2127.

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Concreto

– Curitiba: Blocaus: (41) 3373-9129.

– Contagem (MG): Blojaf: (31) 3394-4311.

– Distrito Industrial de Queimados (RJ): Multibloco: (21) 2663-1510.

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– Itanhaém (SP): Bechelli: (13) 3422-1795.

– Palhoça (SC): Toniolo Pré-Moldados: (48) 2107-0101.

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