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Arquitetas dão nova cara ao espaço Tiquatira II em São Paulo

Antes uma obra cinza, degradada e com função apenas de delimitar as áreas pública e privada, a muralha na zona leste ganhou novo significado com a ação das profissionais

Por Por Luisa Cella
Atualizado em 20 dez 2016, 16h01 - Publicado em 20 mar 2014, 18h39
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Derrubar a condição segregadora do muro e torná-lo um elemento capaz de amarrar os arredores foi o insight das arquitetas Andréa Helou e Julieta Fialho,do Estúdio Entre, quando estudavam o espaç opúblico do Jardim São Nicolau para seu trabalho de conclusão de curso. As jovens universitárias buscavam qualifcar o endereço da zona leste, carente de infraestrutura, e aquele paredão de cerca de 3 km guiou as soluções. A construção delimita a área de Tiquatira II, perímetro vazio reservado pelo programa municipal Renova SP para funcionar como extensão do parque linear de Tiquatira, que começa na Marginal Tietê. A iniciativa saiu do papel em 2012 graças ao vídeo lançado num site de financiamento coletivo. Com o orçamento arrecadado, a dupla projetou mobiliário urbano e o integrou a uma fração de 90 m do muro. Novos bancos, arquibancadas,lixeiras, armários, bicicletários, foreiras e luminárias,feitos de materiais reaproveitados, atendem hoje a quem passa pela rua, além dos usuários do campo de futebol do lado oposto. A comunidade organizou um mutirão para ajudar a terminar trabalhos mais leves, como pintura e montagem das peças. “Foi rico entender que a função do arquiteto vai além da concepção do projeto. Ele deve ser, sobretudo,um grande articulador”, comenta Julieta.

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