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42 modelos de rodapés de diversos materiais

Você já se dedicou a prestar atenção nesse acabamento quando está em um ambiente? Talvez não, mas certamente percebe se ele está faltando. Essa é a prova de que cumpre um importante papel estético. Assim como os quadros, ele funciona como uma moldura do espaço, destacando tanto o piso quanto a parede, explica a arquiteta Josiane Flores de Oliveira.

Por Texto Cecilia Arbolave Reportagem Visual Sílvia Sibalde Fotos Célia Mari Weiss
Atualizado em 15 dez 2016, 12h36 - Publicado em 3 mar 2011, 21h17

De que são feitos os rodapés?

 

As opções mais comuns são de MDF (que pode ser entregue cru, pintado ou revestido de diversos tipos de acabamento), madeira, porcelanato, PVC (geralmente embute fiação – veja dois modelos no boxe da pág. 87 ) e poliestireno expandido, o EPS. Resistente a cupins e à umidade, esse último está em alta: é um material reciclado, feito de sobras de plásticos, como isopor e carcaças de computador.

E as peças de gesso e cimento? São recomendadas?

 

O gesso é matéria-prima delicada: com uma batida de vassoura, pode quebrar. Por isso é mais indicado ao rodateto, explica Fábio Bottoni, arquiteto da Casa Francesa, de São Paulo. Já o cimento é uma alternativa interessante para áreas externas, pois evita o contato da pintura com a eventual água sobre o piso, protegendo a fachada.

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Como esse acabamento é vendido?

 

Em barras, mas o preço geralmente é por metro, ou por peça, no caso dos exemplares de porcelanato. Prefira um modelo pronto e, se possível, leve uma amostra para avaliar como fica no local, sugere o designer de interiores Fernando Piva, de São Paulo.

Como combinar piso e rodapé?

 

Se quiser que ambos tenham tons amadeirados, siga o padrão do piso, e não o dos móveis, explica a arquiteta Josiane Flores de Oliveira, designer de produtos da Santa Luzia Molduras, de Braço do Norte, SC. Só não se aconselha fazer assoalho de madeira e rodapé de porcelanato, pois sua instalação necessita de uma massa cuja umidade pode danificar o chão. Já o inverso é autorizado, mas com uma ressalva: Se você escolheu um determinado revestimento porque permite ser lavado com água abundante, deixe de lado os rodapés de madeira e de MDF, mais adequados a áreas secas, alerta Flávia Athayde Vibiano, gerente de marketing da Eucafloor.

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Posso aplicar o acabamento em cozinhas e banheiros?

 

Somente se as paredes não levarem cerâmica ou azulejo. Se o banheiro tiver pintura lavável, uma solução é empregar as pastilhas da área do boxe para fazer o rodapé, propõe a arquiteta Ana Claudia Pastina.

Como definir o desenho do rodapé?

 

É questão de gosto. Os retos correspondem a um estilo moderno, enquanto os trabalhados remetem ao clássico. A decoração contemporânea sugere modelos mais altos, ensina Ana Claudia. Saiba que as bordas retas acumulam mais pó do que as arredondadas.

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Existe alguma regra para não errar na escolha?

 

Se estiver na dúvida, Fernando Piva indica um curinga: Os brancos combinam com tudo! E conferem um efeito mais sofisticado ao ambiente. No entanto, Ana Claudia lembra que, se a parede tiver uma cor muito forte e o rodapé for alto (maior que 20 cm), o contraste pode resultar em achatamento visual do pé-direito.

Como é a instalação? Eu mesmo posso fazer?

 

As peças de MDF precisam de cola branca e pregos sem cabeça, enquanto as de madeira são fixadas com bucha, parafuso e cavilha. Já as de poliestireno expandido só pedem cola ou encaixe, e as de porcelanato, segundo a Portobello, levam massa que deve ser aplicada por um assentador. Aliás, é sempre melhor contar com mão de obra profissional, pois o acabamento exige perícia. Além disso, às vezes o preço já embute a instalação.

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Tem como passar a fiação por dentro da peça?

 

Existem modelos com sulcos internos para embutir fios. Em alguns casos, esses vãos servem para dar firmeza na instalação. Portanto, confira se, de fato, a profundidade do sulco comporta a fiação, avisa Flávia, da Eucafloor.

Como é a manutenção?

 

Em geral, um pano úmido resolve. Se o rodapé for de madeira e ficar perto da janela, exposto ao sol, será preciso repor o verniz com frequência. Cuidado para não molhar esse material e o MDF, que absorvem água e incham. Caso alguma parte esteja podre ou tenha sido atacada por cupins, troque a peça. Se não encontrar o mesmo modelo, renove o acabamento por completo, recomenda Josiane, da Santa Luzia Molduras. Fora esses problemas, a durabilidade é garantida por vários anos.

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O branco suja muito?

 

Para os produtos de poliestireno e os de MDF revestidos, o pano úmido já é suficiente. Se o rodapé de madeira for pintado com tinta lavável, use uma escovinha molhada. Mas é preferível mandar laqueá-lo, para que fique mais protegido e resistente, explica Luiz Curto, arquiteto da Madeireira Felgueiras, de São Paulo. Por fim, as peças de porcelanato possuem superfície impermeável, o que facilita a limpeza.

E quais são as tendências?

 

As peças altas, de até 40 cm, são bastante procuradas hoje em dia. Elas ressaltam a cor da parede e a tonalidade do piso, explica Flávia, da Eucafloor. Ana Claudia completa: Usando esses modelos, o ambiente parece ficar alongado, com mais profundidade. Há, inclusive, rodapés empilháveis, que podem ser instalados um acima do outro. Os frisos são outra preferência atual, segundo Edson Moritz, gerente de marketing da Portobello.

O que é o rodapé recuado?

 

É um rodapé negativo: um perfil metálico em L, embutido na massa da parede, que cria um pequeno vão na parte inferior da superfície. A peça é barata, mas a mão de obra é cara, diz Ana Claudia.

Como combino a peça com o rodameio e o rodateto?

 

Não existem regras definitivas, avisa Edson Moritz, gerente de marketing da Portobello. De maneira geral, o rodateto confere um ar mais sóbrio ao espaço. Por isso, se for enfeitar o teto, não use modelos muito altos no chão (no máximo de 15 cm), pois o ambiente pode ficar carregado. Se ainda quiser incluir o rodameio, escolha um do mesmo material do rodateto e aplique um rodapé bem estreito, de preferência do mesmo material do piso.

Como fica o encontro do rodapé com a guarnição da porta?

 

Atente para a junta entre as duas peças. A guarnição deve ser um pouquinho mais grossa que o rodapé. Se precisar, use um sóculo para fazer o acabamento entre eles, indica Josiane Flores de Oliveira, da Santa Luzia Molduras.

Posso pintar o rodapé?

 

Rodapés de poliestireno, MDF, madeira e cimento aceitam pintura, mas exigem tintas diferentes. Para os de poliestireno, não use tinta à base de água prefira as sintéticas, acrílicas ou à base de poliuretano. Já para madeiras, Bianca Tognollo, da Tarkett Fademac, recomenda tinta látex semibrilho, que facilita a limpeza.

Posso embutir iluminação no rodapé?

 

É possível embutir balizadores nos rodapés. Nesse caso, primeiro a iluminação é instalada na parede e, depois, são feitos recortes no rodapé para que fiquem encaixados nos balizadores na hora da instalação. Esta solução não é tão simples de ser realizada e só funciona com modelos mais altos, explica Ana Claudia.

Em quanto tempo preciso trocar o rodapé?

 

Se a limpeza for adequada e a peça não apresentar problemas com umidade, o rodapé não tem prazo de validade, comenta a arquiteta Ana Claudia Pastina. Lembre-se apenas de fazer uma manutenção mais minuciosa a cada cinco anos nos modelos de MDF e de madeira, renovando a pintura, completa.

Se meu piso for vinílico, coloco rodapé?

 

Diferentemente do piso de madeira, que precisa de uma junta de dilatação (uma fenda para o material dilatar e contrair), o vinílico é cortado rente à parede e não precisa desse vão. Mas, se a parede tiver ondulações, o rodapé torna-se uma necessidade estética. Nesses casos, indicamos um de poliestireno branco, que é impermeável, explica Bianca Tognollo, gerente de marketing da Tarkett Fademac, empresa especializada em pisos vinílicos.

* Preços pesquisados entre 1 e 8 de fevereiro, sujeitos a alteração.

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