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Marcenaria planejada do tamanho do bolso

Aposte nesse sonho, mas de olhos bem abertos: damos as dicas essenciais de como baratear o projeto e encontrar uma loja confiável, além de seis propostas com preços

Por Texto e Reportagem Visual Dan Brunini
Atualizado em 20 dez 2016, 21h44 - Publicado em 20 Maio 2013, 22h13

Sim, hoje é possível conquistar um mobiliário praticamente sob medida por um preço mais acessível. Damos o caminho das pedras para uma compra bem-sucedida: saiba o que pode baratear o projeto abaixo, veja como escolher uma loja de modo seguro, inspire-se em seis propostas de diferentes fabricantes, todas com preço e confira três histórias de quem optou pela marcenaria planejada.

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Os móveis planejados se tornaram um grande sonho de consumo. Para atender à demanda crescente, diversos fabricantes do mercado de alto padrão criaram uma segunda marca com valores mais amigos. “Enquanto uma linha top conta com 720 cores e 14 mil itens, a econômica reúne 300 tons e algumas dezenas de componentes”, compara Francisco Martines, diretor comercial da Celmar, de São Paulo. O movimento contrário também é percebido – empresas populares desenvolveram marcas voltadas para o segmento em ascensão. Logo, oferta é o que não falta aos interessados: se você faz parte desse grupo, aproveite esta orientação e bons negócios!

O que é, o que é?

Comece entendendo a definição de móveis planejados, que, embora recebam esse nome, dispõem de módulos com dimensões pré-estabelecidas pelo fabricante. Ou seja, as peças não são feitas milimetricamente sob medida, como acontece nas versões encomendadas ao marceneiro, mas o custo pode compensar. “Como produzimos em escala industrial, conseguimos preços melhores”, diz Fabiane Bottezini, gerente de marketing da Up Design Inteligente, de Monte Belo do Sul, RS. O fato de não chamá-los de modulares tem uma razão comercial. “Essa definição remete aos produtos dos magazines. Nesse caso, não se trabalha com a planta do ambiente: o cliente adquire o móvel pronto”, explica Guilherme Minuzzi, gerente de marketing da Bartzen, de Bom Princípio, RS. Nas lojas de planejados, uma equipe de projetistas distribui gabinetes, armários, cômodas e prateleiras pelos espaços, tirando o melhor proveito da área. “E o montador usa peças de acabamento que dão a impressão de os módulos serem embutidos”, conta Fabiane. Para o arquiteto paraense Neto Porpino, que vive em São Paulo, tanto o mobiliário planejado quanto o feito por um marceneiro oferecem qualidade, porém o segundo pede a supervisão de um arquiteto. “Além disso, é mais confiável optar pelos planejados pois existe uma fábrica assegurando o serviço”, afirma. O tempo de entrega é outra diferença: “Enquanto o marceneiro pode demorar dois meses para finalizar um pedido, a indústria diminui esse prazo pela metade”, fala Ivo Cansan, presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs). Na tentativa de atender quem procura uma boa aquisição mesmo dispondo de orçamento enxuto, as lojas apostaram em promoções e criaram até kits de móveis para a casa toda. Algumas aceitam, inclusive, o cartão Construcard, financiamento oferecido pela Caixa Econômica Federal para a compra de materiais de construção e reforma. “Essas facilidades foram pensadas para os proprietários que acabaram de comprar um imóvel, venderam o carro para pagar as prestações, pediram dinheiro emprestado para a sogra e querem caprichar nos móveis, mas sem investir uma fortuna”, resume a gerente da Up.

Cinco dicas para a compra perfeita

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Três histórias de quem optou pela marcenaria planejada

Seis propostas (com preço!) de marcenaria planejada

 

Escolhas que fazem diferença

– Os planejados são todos de chapa de madeira – o que muda são os complementos e acabamentos. O MDP costuma comparecer em prateleiras, portas e gavetas, e o MDF é muito empregado em fundos de móveis, tampos, laterais e peças frontais. “Ambos se completam em usos diferentes”, esclarece Luciana Tumelero da Rocha, analista de marketing da Multimóveis.

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– “O que encarece a conta são os acessórios”, afirma Ivo, da Movergs. Um puxador de alumínio ou de zamac (liga metálica), por exemplo, pode custar até 100% mais que um de ABS (plástico). Ferragens especiais, como o amortecedor que impede a gaveta de bater quando ela é empurrada, são capazes de dobrar o custo total.

– Entre os acabamentos, também é considerável a diferença de valores. “O BP [laminado melamínico de baixa pressão] é mais em conta que a laca”, compara Guilherme, da Bartzen. Segundo Fabiane, da Up, as peças laqueadas apenas na superfície externa são mais baratas que aquelas com o revestimento nas duas faces. E portas de vidro custam até três vezes mais que a chapa de madeira com BP.

– Outro macete é adquirir toda a marcenaria da casa em uma só etapa, se possível. Assim, tem-se maior poder de negociação. “O custo de frete é alto: ficará mais caro o caminhão ir até o endereço uma ou quatro vezes? Ao fechar uma única compra, paga-se até 15% menos”, alerta Ivo.

– Os preços mudam entre as lojas exclusivas de cidades diferentes. “De novo, há o impacto do frete. Se a fábrica está no Sul, é mais oneroso entregar no Nordeste que no Sudeste”, diz Guilherme, que também cita o peso do ICMS: “Enquanto o imposto do Sudeste é de 12%, o Centro-Oeste fica com 7%”. No mesmo município, um ponto de venda ainda pode oferecer uma promoção exclusiva.

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