Continua após publicidade

Dois curitibanos grafitam o maior mural urbano já feito na Síria

Em meio a guerra que acomete o país, os artistas Zéh Palito e Rimón Guimarães pintaram um mural cheio de cores e vida

Por Jennifer Detlinger
Atualizado em 9 jun 2017, 21h05 - Publicado em 9 jun 2017, 21h04

Em meio a guerra na Síria, que já se arrasta há mais de 5 anos, dois artistas brasileiros desembarcaram na cidade de Damasco para colorir paredes e pintar o maior mural de arte de rua do paísOs curitibanos Rimon Guimarães e Zéh Palito aportaram na Síria no final de abril para grafitar belas imagens de pássaros coloridos, folhas, frutas e paisagens pelas paredes e construções que antes estavam destruídas pela guerra que acomete o país.

A obra ocupa um muro de 266 m² e foi finalizada com a ajuda de crianças e adolescentes da região. De acordo com os artistas, o objetivo da pintura era trazer inspiração e sentimentos de liberdade, esperança e justiça para a população local.

Por si só carrega, o mural um grande simbolismo: em 2011, no início dos protestos que resultaram no conflito vivido hoje na Síria, uma pichação foi a responsável pelo agravamento da crise. Dezenas de estudantes que pediam a queda do governo de Bashar al-Assad nas paredes de uma escola chegaram a ser presas pelas autoridades. 

Intitulada de Cosmic Boys, a dupla curitibana faz parte do coletivo de arte contemporânea Conexus Project, que existe há 9 anos. Com curadoria da artista gaúcha Sheila Zago, o grupo viaja o mundo promovendo intervenções em locais em que grande parte da população encontra-se desamparada e em situações de guerra. Eles também desenvolveram uma série de projetos educacionais com crianças e adolescentes da região.

Continua após a publicidade
(Conexus Project/Divulgação)

Antes da Síria, Rimon Guimarães e Zéh Palito estiveram em um campo de refugiados na província de Begaa, no Líbano, para promover oficinas de arte com moradores locais. A próxima parada do Conexus agora é a fronteira com a Líbia.

Publicidade