Em cada nova edição da CASACOR, o compromisso com a sustentabilidade é reforçado e aprimorado. Em 2019, a meta é deixar de produzir 450 toneladas dos mais diversos resíduos em todas as fases do evento e dar destinação adequada para o restante.
Há três anos, a mostra assumiu a responsabilidade de buscar a certificação ISO 14.001 até 2020. No ano passado, a CASACOR São Paulo ratificou uma série de medidas e soluções e conseguiu impedir que 99,3% das 2.323 toneladas de resíduos gerados fossem para aterros sanitários – o material desviado foi reciclado ou reaproveitado*.
– (Rafael Renzo/CASACOR)
Redução do uso de alvenarias
Tecnologias de construção a seco já apareceram em alguns ambientes da mostra paulistana em 2018, como a Loja CASACOR, feita pelo Marton Estúdio. Os sistemas industrializados aliam precisão, ganhos significativos de tempo e benefícios para o meio ambiente: evitam o desperdício de recursos naturais, principalmente a água.
Em 2019, as construções usando esses moldes serão maioria na CASACOR São Paulo. O uso de alvenarias foi drasticamente reduzido neste ano, sendo apenas permitido em casos pontuais, se houver comprovação técnica e exigência funcional – por exemplo, a necessidade de fazer um muro de arrimo.
A medida faz parte da estratégia de gestão de resíduos e foi adotada considerando que a CASACOR é uma mostra de arquitetura efêmera, então não há necessidade de montar estruturas com carácter definitivo que serão demolidas dois meses depois.
“Não é só dizer que a gente faz a valorização de 99,3% que está tudo bem. Temos que dar uma nova utilização para aquele material e fazer doações, mas a gente não precisa gerar o resíduo”.
Arquiteto da mostra, Darlan Firmato.
Reaproveitamento do drywall
O drywall é um dos principais materiais utilizados para fazer as divisões entre os espaços na mostra. O método é composto por placas de gesso que são parafusadas.
Um dos objetivos desta edição é conseguir reaproveitá-lo, realizando um trabalho de conscientização com os arquitetos e suas empreiteiras para que, ao final dos meses de evento, essas placas sejam desparafusadas, conservadas e utilizadas pelos próprios profissionais em outros projetos ou encaminhadas para ONGs.
Todos os anos, a CASACOR incentiva seus participantes a darem um novo uso para elementos usados na estrutura de seus ambientes. No ano passado, 61 toneladas de materiais da mostra paulistana foram doados para ONGs*.
– (Rafael Renzo/CASACOR)
Zerar a emissão de carbono
Em sua 33ª edição, a CASACOR São Paulo pretende fazer a compensação total de sua emissão de carbono.
Em 2018, a meta do evento era realizar 48% da compensação, ela foi batida e o resultado final foi 78,9%. Isso foi possível devido ao programa de gestão de resíduos e a dois fatores importantes: primeiro, ao final da mostra, toda a madeira usada no evento foi transformada em biomassa; segundo, todas as sobras de alimentos recuperadas nos meses de duração foram transformadas em adubo orgânico*.
Economia circular
Ao invés enviar os resíduos para aterros sanitários, que tal devolver para indústria que pode transformá-los em insumo para novas fabricações? Essa prática evita não só o descarte, mas também a extração de novas matérias-primas.
Todo o isopor da CASACOR São Paulo 2018 foi coletado e enviado para uma empresa no sul do país, o material foi processado e ganhou nova vida na forma de rodapés, rodameios e outros produtos. O mesmo aconteceu com o entulho, triturado e transformado em agregado para a construção civil, e com o vidro, enviado para indústrias que utilizam o elemento. Em 2019, a mostra paulistana pretende repetir e melhorar os feitos.
– (Divulgação/CASACOR)
Detalhes essenciais
A preocupação com a sustentabilidade também está em cada um dos espaços. Todos os metais Deca utilizados na mostra terão dispositivos economizadores de água. Além disso, a Coral forneceu tinta a base d’água para os ambientes.
*Informações retiradas do Relatório de Sustentabilidade CASACOR 2018