Projetos com soluções simples para otimizar espaços pequenos
Espelhos, cores e móveis multifuncionais são alguns dos recursos utilizados nessas casas e apartamentos pequenos.

Casas e apartamentos pequenos são a realidade de muitos, principalmente nas grandes cidades. Porém, um espaço reduzido não necessariamente precisa ser a sensação de aperto e bagunça. O arquiteto Atelier Paulo Tripoloni compartilha dicas de como criar sensação de amplitude em espaços compactos.
Rack multifuncional

É muito fácil sobrecarregar os ambientes com móveis pouco práticos e selecionados apenas pela estética ou grandiosidade. A questão está em definir prioridades. “é preciso escolher bem o que realmente faz sentido no nosso dia a dia. Esse pensamento já nos corta os excessos”, comenta Paulo.

Neste apartamento realizado pelo arquiteto Paulo Tripoloni, soluções flexíveis foram implementadas para aprimorar a área disponível e aumentar a circulação na sala de estar. Em destaque, a multifuncionalidade do rack acoplou a mesa do home office, aberta quando necessário. Para fechar, o móvel ainda acomoda os dois banquinhos revestidos em couro
Espelho atrás do sofá

Outro erro frequente relatado pelo profissional está na aplicação incorreta dos espelhos. Quando bem-posicionados, refletem a luz e entregam a ilusão de profundidade – que por sua vez também fortalecem a ideia de um ambiente maior, leve e mais arejado. Mas para que o tiro não saia pela culatra, o arquiteto indica a instalação em paredes estratégicas, como em frente às janelas ou na lateral de corredores e halls de entrada. “O exagero também deve ser ponderado”, sugere.

Neste projeto de 70 m², assinado pelo FPR Studio, o grande espelho posicionado atrás do sofá recebe a luz natural da varanda e a reflete.
Teto e parede com a mesma cor

As cores influenciam diretamente nos ambientes e para os compactos o arquiteto alerta que os tons escuros e contrastes intensos podem ‘fechar’ um ambiente, tornando-o visualmente menor, enquanto as paletas neutras, claras e com acabamentos uniformes entregam o efeito oposto. Para evitar um efeito monótono, ele gosta de explorar texturas e pequenos pontos de cor em detalhes da decoração.
“Uma base branca, combinada com elementos pontuais de cor, traz equilíbrio que precisamos para nos sentirmos bem”, aconselha.
A continuidade visual pode ser trabalhada com a aplicação da mesma cor em paredes e teto, como é o desta casa de 80 m², assinada por Paulo, que usa o branco e o amarelo como base da paleta.
Nichos embutidos

Apostar em um design minimalista, com poucos itens de destaque, é uma escolha inteligente. “Uma obra de arte bem escolhida, os livros favoritos, colecionáveis ou itens de viagem tem grande impacto, mas é preciso que exista uma conexão entre eles”, sugere Paulo.
Para tanto, é importante destacar o uso do aproveitamento vertical das paredes através de nichos e prateleiras – recursos valiosos para manter a ordem. Neste projeto, os nichos decorativos garantem que tudo fique no lugar.
Cortinas leves

Condição sine qua non para a vida humana, a presença da luz natural costuma ser prejudicada devido à instalação de cortinas pesadas, móveis posicionados em frente às janelas ou pela falta de aberturas adequadas. Neste quarto, o arquiteto Paulo Tripoloni utiliza cortinas leves e translúcidas, elas são ideais por permitem a passagem da luz sem comprometer a privacidade.
Cozinha semi-integrada
“Interligar cozinha e sala de estar é uma boa resolução”, sugere Paulo Tripoloni. Outra possibilidade está em conectar as salas de estar, jantar e varanda.
Neste projeto da arquiteta Mari Milani de 73 m², a integração parcial entre sala e cozinha com uma bancada garante mais iluminação natural e permeabilidade visual, fazendo o apartamento parecer mais amplo.