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Persiana x cortina: quais são as diferenças, modelos e como escolher

A arquiteta Patricia Penna tira todas as dúvidas sobre cortinas e persianas, peças que garantem conforto ambiental e estética

Por Redação
Atualizado em 28 Maio 2024, 22h10 - Publicado em 28 Maio 2024, 19h00
Projeto de Patricia Penna. Quarto com cama de casal, cabeceira cinza, home office e persiana.
 (Leandro Moraes/Divulgação)
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Imprescindíveis para os mais diversos tipos de ambientes e projetos, as persianas e cortinas devem ser definidas, primeiramente, em função da demanda técnica do local no qual serão instaladas. A questão estética, naturalmente, também precisa estar atrelada às definições.

Elas servem tanto para assegurar a privacidade do morador dentro de sua residência, quanto em ambientes corporativos, por exemplo, quando instaladas dentro de uma divisória de vidro, em salas de reuniões.

Projeto de Patricia Penna. Home office com mesa branca de cavaletes, cadeira preta e persiana branca.
Projeto de Patricia Penna. (Leandro Moraes/Divulgação)

Elas também são vitais para a filtragem da luz solar, em quaisquer ambientes onde tal incidência seja excessiva e possa causar danos a equipamentos, revestimentos e mobiliário. Existe, portanto, uma enorme variedade de tipos, funções e aplicações, para persianas e cortinas, com os mais diversos atributos técnicos, materiais e estéticos.

Pensando nessa variedade e em suas inúmeras possibilidades de aplicação nos projetos, a arquiteta Patricia Penna, do escritório Patricia Penna Arquitetura e Design, preparou um dossiê para nortear a escolha de acordo com as características da decoração e do ambiente. Acompanhe:

Cortinas e persianas: diferenças

Projeto de Patricia Penna. Sala de estar com aparador laqueado, bandeja com bebidas, luminária e persiana branca.
Na varanda, o modelo “Silhouette” foi o escolhido por seu aspecto mais contemporâneo e com tecidos que fazem a filtragem de quase 100% dos raios UV, que danificam móveis, revestimentos e acabamentos. Projeto de Patricia Penna. (Leandro Moraes/Divulgação)

Tecnicamente, persianas são apenas os modelos compostos por lâminas, basculáveis, através das quais conseguimos tocar a superfície coberta pela peça – seja uma janela, trecho de parede, etc.

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Peças que não permitem tal possibilidade, ou seja, que impedem por completo o toque da superfície que cobrem, são chamadas de cortinas.

Projeto de Patricia Penna. Quarto com parede bege, cabeceira acolchoada neutra, mesas laterais com abajur e persiana
No projeto de dormitório, foi usado o modelo “Luminette”, que se aproxima muito do aspecto de uma cortina convencional em tecido. Projeto de Patricia Penna. (Leandro Moraes/Divulgação)

Entretanto, é definido por tratar como “persiana” toda e qualquer peça que não tenha aspecto de cortina convencional, e que seja imbuída de algum aspecto tecnológico.

“As persianas são muito versáteis, desde os tipos materiais que podem ser produzidos, como madeira, metal, tecido tecnológico, entre outros, até a aplicação que terão”, explica.

Cortina ou persiana: por qual modelo optar?

Projeto de Patricia Penna. Quarto com cama de casal, home office e persiana.
Projeto de Patricia Penna. (Leandro Moraes/Divulgação)
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A escolha deve ser feita de acordo com as necessidades e atividades desempenhadas em cada ambiente. Outro aspecto a ser considerado é o valor de investimento.

Segundo a arquiteta, modelos de persiana com mecanismos mais elaborados terão um custo maior que as opções mais simples.

Cortinas de tecido também têm preço muito variado, em função do tipo de tecido, tipo de prega, e outros aspectos.

“Em linhas gerais, sob o ponto de vista prático e técnico; salas de TV e quartos necessitam de maior privacidade e bloqueio da luz solar”, conta. O “Blackout”, portanto, se faz imperativo.

Projeto de Patricia Penna. Sala de estar com sofá cinza, mesa lateral, janela para jardim com persiana.
Projeto de Patricia Penna. (Leandro Moraes/Divulgação)
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Salas de estar, jantar e varandas não demandam bloqueio massivo da luz, mas como em qualquer outro ambiente pedem uma boa filtragem dos raios UV, para que a integridade da marcenaria, mobiliário, tapetes, obras de arte e até piso (a depender do tipo), seja mantida. Esta filtragem também auxilia consideravelmente na minimização da temperatura interna – uma boa notícia para a conta de luz!

A filtragem do UV pode ser feita de duas formas:

  • com a aplicação de uma película especial aplicada diretamente nos vidros,
  • por meio das persianas com tecidos que comprovadamente têm esta função. “Nem toda persiana é igual, por mais que aos olhos e ao toque, pareçam. Tecidos naturais como linho e algodão, ou mistos, não cumprem função de filtragem dos raios UV, mas apenas fazem o controle da luminosidade dentro do ambiente.”, explica Patricia.

Tipos de persiana

Rolô

Projeto de Patricia Penna. Sala com sofá cinza, almofadas coloridas e persiana.
(Leandro Moraes/Divulgação)

O modelo Rolô é o mais simples, e consiste numa tela (com proteção UV ou não) que pode ser recolhida ou abaixada, quando a proteção solar é necessária. Seu custo é o melhor, dentre os modelos de persiana com função técnica de filtragem de UV.

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Persianas celulares

Projeto de Patricia Penna. Quarto com cama de casal, cabeceira cinza, home office e persiana.
Neste quarto, Patricia optou pelo modelo “Twinline”, que consiste em duas telas listradas, que intercalam faixas opacas e translúcidas. O ajuste das telas permite a entrada de luz ou seu bloqueio, como preferir o proprietário. (Leandro Moraes/Divulgação)

Os modelos de persianas celulares, além de a proporcionarem a filtrarem a luminosidade e UV, garantem melhoria na acústica do ambiente. Há ainda modelos que permitem duas cores de tecido – um externo e outro interno.

Cortinas de tecido

Projeto de Patricia Penna. Quarto com tapete bege claro, poltrona Eames branca e cortina com persiana.
Na suíte do casal, o projeto prezou pela colocação da persiana plissada para cobrir o vão da janela. Como um xale, a cortina delicada complementa a decoração e, quando fechada, amplia a privacidade. Projeto de Patricia Penna. (Marco Tiê/Divulgação)

As cortinas de tecido podem ser aplicadas aos espaços da maneira convencional ou como complemento aos modelos técnicos, como se fossem xales, adicionadas sobre outra peça.

Conciliar cortina com persiana nos permite uma brincadeira de cores e texturas diferentes”, sugere a arquiteta. Sozinhas, podem ser aplicadas em vãos com menor demanda de proteção e filtro como janelas ou portas com venezianas e com menos insolação.

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Como não errar nas medidas?

Projeto de Patricia Penna. Sala de estar com sofá bege e cortinas.
“Ao fundo, na varanda usamos um modelo de persiana celular “Silhouette”. No estar, um modelo de persiana que se assemelha muito com uma cortina de tecido – ‘Luminette'”, comenta Patricia. (Leandro Moraes/Divulgação)

Cortinas ou persianas podem ser fixadas sobre as janelas – abaixo do forro – ou dentro de cortineiros executados no próprio forro, criando um visual mais limpo, contemporâneo, pois caixas e trilhos ficam escondidos.

Para não errar nas medidas, a arquiteta explica que invariavelmente deve-se considerar uma margem de 10 cm a mais, de cada lado da persiana, a partir de cada lado do vão onde serão instaladas. Na altura; podem ser fixadas entre 15 e 20 cm acima do vão. Em janelas, as persianas podem seguir até o piso, ou também passar cerca de 15cm abaixo do vão.

Existe cortina certa para cada tipo de ambiente?

Projeto de Patricia Penna. Quarto com gaveteiro, poltrona e cortina blackout.
Projeto de Patricia Penna. (Leandro Moraes/Divulgação)

Cortinas e persianas devem, impreterivelmente, ‘conversar’ com a proposta estética do ambiente no qual serão instaladas, e, obviamente, atender às necessidades do local. Posto isso, o profissional deve buscar o melhor resultado para a “equação”: função, estética e custo.

Ambientes que tenham pouca ou nenhuma incidência solar, podem ter cortinas de tecido, já que a função de filtragem se faz desnecessária e a sensação de “vestir” as janelas é sempre muito bem-vinda!

No tocante à praticidade e limpeza; cortinas em tecido precisam de lavagem com certa regularidade, pois a poeira suspensa no ar, aos poucos passa a impregnar o tecido. Mas atenção ao tipo de lavagem, pois tecidos naturais como linho e algodão tendem a encolher na lavagem, deixando a cortina mais curta.

Persianas de boa qualidade são feitas em tecidos com tratamento antiestático, que impede que a poeira se sedimente no tecido. Persianas celulares podem ser limpas com um aspirador e espanador, bem como as persianas de lâminas. A higienização delas, após alguns anos de uso, ou algum acidente eventual, também pode ser feito profissionalmente.

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