Essa é a madeira que vai ser tendência em 2025
Tons quentes e acolhedores, que convidam ao tato, são a tendência para as madeiras neste ano.

O freijó, madeira nativa da região amazônica, encontra total ressonância com as diretrizes apontadas pelo Salone del Mobile de Milão, maior vitrine mundial do design e mobiliário: valorização da natureza, estética sensorial, sustentabilidade e afetividade nos materiais.

O uso de madeiras com veios aparentes, tonalidades quentes e texturas táteis tem ganhado cada vez mais espaço em coleções internacionais — não como luxo clássico, mas como resposta contemporânea ao desejo por ambientes mais humanos, reconfortantes e conectados à essência do morar. Nesse cenário, o freijó se posiciona como uma opção autêntica, nacional e sustentável, pronta para dialogar com as principais correntes do design mundial.
“O freijó tem uma presença acolhedora e, ao mesmo tempo, sofisticada. É uma madeira que conversa com diferentes estilos — do rústico ao contemporâneo — sem perder a identidade. Quando usamos nos projetos, sentimos que ele traz calor e memória ao ambiente, algo que hoje é muito valorizado pelos clientes”, afirma a arquiteta Marta Martins, que vem especificando o material com frequência em seus interiores.

“Há uma demanda crescente por superfícies que emocionam. O freijó entrega isso com simplicidade sofisticada e ainda carrega a força de uma identidade cultural brasileira. Escolhemos o nome de Freijó Imperial para o nosso lançamento porque ele transmite tradição e imponência, sendo diferenciado em comparação a outros padrões do mercado”, explica Carla Colpas, coordenadora de Produto da Duratex, marca líder na produção de painéis de madeira industrializada no Brasil.

Segundo Carla, há uma busca evidente por madeiras com tons mais quentes – dourados, mel e castanhos suaves –, que remetem às casas da infância, aos móveis da sala de estar da avó, aos acabamentos afetivos que marcaram gerações. Em um mundo cada vez mais automatizado e impessoal, o freijó surge como um antídoto estético e sensorial.
“O freijó é uma madeira nobre, tradicional. Eu adoro os veios aparentes porque transmitem elegância e a nobreza da madeira. Além disso, ele tem um tom que aquece os ambientes sem pesar”, destaca Marta Martins.

“Trata-se de uma madeira muito querida pelos arquitetos, especificadores e marceneiros, e não apenas por sua beleza natural. Ele é passível de ser trabalhado com sofisticação e versatilidade, e sua aplicação vai de projetos residenciais a comerciais, em espaços como salas, quartos, banheiros e até ambientes industriais”, comenta Colpas.
Estudos recentes realizados pela Dexco, casa de marcas detentora da Duratex, com consumidores, especificadores e profissionais do setor – mais de 30 pesquisas e 13 mil interações analisadas somente em 2024 – confirmam a crescente preferência por superfícies que transmitem aconchego, vínculo emocional e naturalidade.

Marta Martins também enfatiza esse aspecto: “O freijó está presente na história da decoração brasileira desde a década de 1950. Ele é atemporal e versátil – combina com tudo e nunca sai de moda. Vejo ele como um material que carrega uma identidade afetiva, cultural e sustentável.” Para a arquiteta, o toque tátil é outro diferencial: “A textura traz movimento aos móveis e contribui para uma experiência sensorial rica nos interiores.”