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Tudo o que você precisa saber sobre torneiras: 7 dúvidas respondidas

Se os banheiros de outros tempos se satisfaziam com metais meramente funcionais, os de hoje só querem saber de peças belas e incrementadas. É claro que ir às compras ficou mais divertido, porém também mais complicado. Saiba o que é preciso levar em conta ao eleger o modelo perfeito

Por Da redação
Atualizado em 21 dez 2016, 00h46 - Publicado em 14 set 2015, 16h03
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1. Por que os modelos de torneira mudaram tanto nos últimos anos?

– Algumas das características atuais foram importadas de outro cômodo da casa: pela necessidade de oferecer um espaço confortável para a lavagem de louças e alimentos, os modelos de cozinha inauguraram a bica alta e foram, inclusive, os primeiros a dispor de versões para instalação na parede. As diferenças entre as peças específicas para cada ambiente, no entanto, ainda são maiores que as semelhanças. “As tarefas realizadas na pia da cozinha pedem variedade de funções, como jatos diversos, arejador articulado, bica móvel e extensor flexível. Nos banheiros, por outro lado, as prioridades se limitam à higiene das mãos e à estética da peça”, observa Daniele Angeli Yokoyama, gerente de marketing de produtos da Docol.

– Durante anos, as torneiras com bica em forma de cabo de guarda-chuva reinaram absolutas. Hoje, o cenário se pauta pela diversidade. “Questões ligadas a design e tecnologia vêm agitando a indústria e servem de estímulo para que os fabricantes procurem se diferenciar da concorrência, seja em relação a formato, material e tamanho ou ao funcionamento”, diz o arquiteto Daniel Tesser, de São Paulo.

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2. É possível unir beleza à funcionalidade?

– Antes de decretar seu estilo preferido e fechar questão com um modelo qualquer, deixe a praticidade ditar as regras essenciais. “As cubas de apoio, por exemplo, demandam torneiras de bica alta ou de parede. Caso deseje a segunda opção e ela não tenha sido prevista em projeto, será preciso quebrar os azulejos e refazer a tubulação para criar o novo ponto de água na parede”, orienta Daniel.

– Planeje para que a saída de água fique de 10 cm a 15 cm acima da borda da cuba. “Já as louças de semiencaixe, pouco salientes sobre a bancada, combinam com metais de bica baixa”, completa.

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– Para evitar respingos, qualquer que seja a situação, o jato deve ser direcionado para o ralo, podendo cair até 4 cm dele.

3. Qual a diferente entre torneira e misturador?

– Caso só haja água fria na pia, basta a torneira: um único manípulo de abertura libera o fluxo.

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– O misturador, por sua vez, aciona água quente ou fria, separadamente ou mesclando as duas. Quando o modelo conta com um volante para cada temperatura, é chamado de misturador duplo comando; caso a mesma alavanca controle vazão e temperatura da água, trata-se de um monocomando. Não custa ressaltar que, para fornecer água quente, o misturador tem de estar conectado a um sistema de aquecimento central (a gás ou solar) ou a um aquecedor elétrico individual instalado no ponto de uso, sob a pia.

4. Quais são os modelos atuais?

– No quesito usabilidade, os metais também evoluíram. Você se lembra da anilha? Esse reparo – mais conhecido como courinho ou borrachinha, conforme a matéria-prima – já foi muito frequente na vedação das torneiras. Porém, como se deteriorava facilmente e exigia trocas constantes, os fabricantes começaram a substituí-lo pelo cartucho de vedação, cujo desgaste é mínimo e, portanto, dá adeus ao pinga-pinga. “Os modelos com o mecanismo antigo precisam de várias voltas para abrir e fechar. Os dotados de cartucho cerâmico, por sua vez, são acionados com apenas ½ volta ou ¼ de volta”, detalha o engenheiro hidráulico Fernando Marques, de Bauru, SP. Como o sistema permite iniciar e interromper a corrente de água sem ter de girar totalmente o manípulo, acaba se revelando mais confortável e ajuda a poupar água.

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5. Como evitar que o desperdício?

Faça questão do arejador! Ele fica na ponta da bica e adiciona ar ao jato com o intuito de reduzir o volume de líquido em até 50%, mas sem que fique aquele fiozinho de água irritante. Muitos metais já vêm com esse anel. Quando isso não ocorre, é possível adquiri-lo avulso, depois de conferir se o encaixe é compatível com o bocal da torneira.

6. O material importa?

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– O miolo das peças pode ser de metal ou de ABS, o chamado plástico de engenharia. Entre as versões metálicas, há aquelas de latão, de liga de cobre, de liga de zinco e até de aço inoxidável. Funcionalmente, todas se assemelham, mas a resistência à corrosão varia – quem ostenta a melhor performance é o latão. O exterior cromado também dá proteção: “Quando leva dupla camada de níquel, o acabamento cromado tende a descascar menos”, afirma Daniele, da Docol.

– O ABS seduz pelo preço mais baixo, porém seu prazo de validade costuma ser bem menor. Pode vir em branco, colorido ou até mesmo cromado, imitando modelos metálicos – ao tocar a peça, no entanto, nota-se a diferença.

7. É preciso fazer manutenção?

– Privilegiar uma marca que disponha de assistência técnica na sua região é a atitude mais eficiente para evitar dores de cabeça no futuro.

– Outra dica de ouro: resistir à tentação de chamar um encanador quando surge o primeiro probleminha. Mexer no mecanismo pode levar à perda da garantia que, por lei, é oferecida pelo fabricante durante cinco anos, no mínimo.

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