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Cientistas desenvolvem lâmpada incandescente três vezes mais eficiente

A criação pode marcar o retorno às incandescente e o fim do reinado do LED. Mas, calma, não é para já

Por Marcel Antonio
Atualizado em 19 jan 2017, 13h44 - Publicado em 18 jan 2016, 19h49

lâmpada

As lâmpadas de LED, talvez, estejam com os dias contados. Ao menos, é o que pode acontecer se essa criação dos pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), dos Estados Unidos, vingar e se popularizar. Até hoje, as lâmpadas incandescentes eram conhecidas por serem mais baratas do que as LED, mas, por outro lado, por terem uma eficiência energética muito menor — com a mesma quantidade de energia, uma incandescente iluminava menos o ambiente e o tornava mais quente, quando comparada a uma de LED. A diferença resulta do fato de que o filamento de uma incandescente, feito de tungstênio, transforma boa parte da eletricidade recebida em calor, e não em luz. Entre outras palavras: a lâmpada incandescente dissipa a maior parte da energia que consome. O LED também produz calor, mas numa porcentagem muito menor. E o que os pesquisadores do MIT descobriram? Agora, eles resolveram desenvolver um novo filamento para as incandescentes. O novo produto é feito com cristais fotônicos, um material que “barra” os raios de calor, permitindo apenas que os luminosos passem. Funciona assim: este filamento permite que os raios de luz visíveis (responsáveis por iluminar o ambiente) sejam liberados, mas refletem outra vez para o interior do filamento os raios infravermelhos (que esquentam o espaço). Ou seja, os raios que iluminam são liberados e os que esquentam retornam ao interior do filamento para poderem ser transformados em luz outra vez e ficam num eterno processo de vai-e-vem até deixarem de ser calor e se transformarem em luz. Legal, né? E, segundo os estudiosos, o novo processo aumentou em três vezes a eficiência energética da lâmpada. O estudo foi publicado na revista científica Nature. Quem sabe desta maneira seja acesa uma esperança para as tão banidas incandescentes?