Vila Leopoldina: transformação à vista

Galpões e fábricas aos poucos dão lugar a empreendimentos comerciais e residenciais. A boa localização e o conforto dos grandes condomínios atraem moradores

Por Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 dez 2016, 13h02 - Publicado em 13 nov 2006, 14h17

A posição estratégica, no encontro das marginais Pinheiros e Tietê, explica o forte interesse imobiliário na região. Construções de médio e alto padrão despontam entre a avenida Gastão Vidigal e a fronteira com o Alto da Lapa. “Ruas como a Carlos Weber e a Guaipá hoje contam com apartamentos de alto luxo”, observa Meyer Yhouda Nigri, diretor de desenvolvimento de produtos da construtora Tecnisa. Eixo de crescimento, a avenida Imperatriz Leopoldina ganhou, em 2003, um campus da Universidade Mogi das Cruzes. A nova insituição de ensino atraiu ainda mais atenção para o local, que já conta com nobres vizinhos, como a Universidade de São Paulo e o Parque Villa-Lobos. Com a esperada mudança da Ceagesp – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo para os arredores do Rodoanel, o perímetro deve valorizar ainda mais. Remonta ao Brasil Império a principal versão do nome do distrito: uma homenagem à imperatriz Leopoldina, primeira esposa de Dom Pedro I. No final do século 19, essa região de terreno pantanoso acolhia chácaras de padres jesuítas. O impulso para a urbanização da vila aconteceu nos anos 1950, quando o milionário Nassib Mofarrej construiu vários galpões industriais. Em 1969, a instalação da Ceagesp redesenhou a história da Vila Leopoldina, atraindo fábricas, depósitos e moradores para os arredores. No entanto, com o passar dos anos, a Ceagesp se tornou um ponto desfavorável para a valorização imobiliária.

 

Positivos

Vizinhança do Parque e do Shopping Villa-Lobos

Facilidade de acesso

 

Negativos

Falta de opções culturais e de lazer noturno

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Área industrial

 

Histórias de pescaria

A memória de Clodoaldo Henrique de Oliveira, tesoureiro da Sociedade de Amigos da Vila Leopoldina, guarda imagens saborosas do lugar. “Nos anos 1940, meus amigos e eu pescávamos nas lagoas e nos rios. Os arredores da atual avenida Dr. Gastão Vidigal eram um imenso brejo, onde a gente caçava rãs. Foi uma época muito feliz”, conta. Seu Clodoaldo nasceu e cresceu na Vila Leopoldina, presenciando suas transformações. “Quando Nassib Mofarrej comprou áreas enormes de charcos, as pessoas achavam que ele era maluco. Mas foi aqui o início do seu império.” Casais jovens têm optado por imóveis na região, de fácil acesso para quem trabalha nos arredores e com bons apartamentos a preços mais em conta que a nobre vizinhança do Alto de Pinheiros. Muitas famílias aproveitam a proximidade da Ceagesp para comprar produtos agrícolas e pescados a ótimos preços nos dias de varejão. Quem madruga encontra todos os tipos de flores por valores acessíveis às terças e sextas-feiras, das 5h às 10h30.

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