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Com telhas de ardósia, cobertura recortada e madeira pintada de branco, esta casa de campo invoca o colonial americano.

Por Redação
Atualizado em 21 dez 2016, 01h00 - Publicado em 27 abr 2007, 13h01

Há cinco anos, a arquiteta Paula Mattar recebeu uma incumbência pouco usual. Sua fama de detalhista (ela assina o projeto de vários edifícios em São Paulo) atraiu um jovem investidor interessado em contratá-la para planejar e construir sua casa de campo, no interior do estado. “Ele procurava alguém que o atendesse de perto e assumisse tudo, até o final; não queria saber de problemas”, diz Paula. O incomum da história é que o rapaz e sua mulher estavam em busca de uma construção completíssima, onde pudessem receber até 16 convidados, entre amigos e familiares, com o máximo conforto. A demanda se traduziu, principalmente, num generoso programa de necessidades. “Você quer uma sauna?” A cada “sim”, abria-se a porta para uma série de outras vontades: sauna seca e úmida, spa, cascata… A experiência da arquiteta somou alguns metros à proposta inicial. “Receber tanta gente implica ter despensa, depósito, quartos de empregados, rouparia. Tudo isso foi dimensionado adequadamente e entrou na conta”, explica ela. Feitas todas as perguntas cabíveis, o pacote chegava a cerca de 2 200 m2 de área construída. O desafio era dar harmonia ao conjunto.

Conheça o projeto

 

“Viajado, ele cogitou imprimir à casa alguns dos estilos que viu mundo afora antes de optar pelo americano”, diz Paula. O risco dessa opção era a cobertura aparecer demais e a construção adquirir um aspecto monumental – problema atenuado pelo jogo de telhados desenhado pela arquiteta, que fragmentou a casa em vários planos e blocos. A definição dos espaços internos também contou com a participação ativa do cliente, que ora pedia simplicidade, ora protagonizava cenas dignas de estrelato. Num lance espetacular, a arquiteta e sua equipe foram levadas por ele a Miami, nos Estados Unidos, para ver de perto determinada fonte e depois reproduzi-la no spa da casa. No momento seguinte, o jovem investidor elegeu um só piso de porcelanato para a casa toda, em nome de um ar mais despojado. A obra, tocada por uma construtora parceira do escritório da arquiteta, seguiu sem conflitos, por dois anos (ficou pronta em abril de 2005), exatamente como planejada. “Houve etapas com até 80 trabalhadores no canteiro”, conta Paula, explicando que a empreitada residencial se mostrou tão complexa quanto os prédios a que está habituada.

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