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Uma casa sem muros em Porto Alegre, protegida pela fachada

No condomínio onde fica esta casa, perto da capital gaúcha, não se pode levantar muros. Mas a própria geometria da fachada ajuda a resguardar a privacidade dos moradores.

Por Reportagem Edson G. Medeiros (visual) e Rosele Martins (texto) | Design Renata Rise | Fotos Marcelo Donadussi | Ilustrações Fabio Flaks
Atualizado em 14 dez 2016, 11h34 - Publicado em 6 fev 2013, 20h14

Ver os flhos crescer em segurança e perto da natureza, num lugar tranquilo, longe do barulho dos carros… quem não quer? “Este condomínio fechado reúne essas características”,lembra a moradora. Uma, porém, pegou o casal de surpresa: é proibido erguer cercas ou muros – itens que, para muita gente, representam a conquista da privacidade. Mas nem sempre precisa ser assim. A casa transparente, integrada ao cenário e naturalmente iluminada que a família desejava foi possível da mesma forma, sem comprometer a intimidade. “Usamos a própria construção para proteger as salas e os quartos”, conta o arquiteto Carlos Mayresse, sócio de Juliana Piletti e Juliano Spader no escritório 4d-arquitetura, de Porto Alegre.

Este projeto foi finalista do Prêmio O Melhor da Arquitetura, promovido pela revista ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO.

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Estrutura mista

Enquanto o térreo aposta no concreto, no andar superior comparecem vigas e pilares metálicos. Eles sustentam lajes pré-moldadas treliçadas (30 cm de espessura), cujos trechosem balanço chegam a 6 m. “Se as apoiássemos sobre vigas de concreto, estas precisariam ser muito robustas. O aço proporciona peças mais delgadas”, diz Carlos. Como não se orçou o uso de estrutura de concreto nesse andar, é difícil comparar custos (o aço costuma sair mais caro). Mas, no prazo, o investimento compensou: em 15 dias o esqueletodo segundo piso estava pronto.

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