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Refúgio no campo tem tudo: cimento queimado, tijolos aparente e ladrilhos

Compartilhar as memórias de infância com a esposa e os arquitetos foi o caminho acertado para um empresário construir seu refúgio no campo exatamente como sonhava

Por Por Cristiane Teixeira (texto) e Deborah Apsan (visual) | Projeto Studio Casa 4 (Arquitetura) e Fernando Piva (Interiores) | Fotos Eduardo Pozella
Atualizado em 16 fev 2024, 16h52 - Publicado em 11 Maio 2015, 20h36

Há tempos, a fazenda pertencente aos avós deixou as mãos da família. Mas as recordações felizes e o desejo de revivê-las permaneceram tão fortes que se tornaram o alicerce deste projeto, erguido no terreno de 3,5 mil m² dentro de um condomínio. Distante 50 minutos de São Paulo, onde mora o casal com três filhos pequenos, o lugar cumpre sua vocação: ser o destino de descanso em quase todos os fins de semana. “Nós queríamos uma morada com jeito bem rural, só que mais clean para não enjoar. E precisava ser grande para receber bastante gente. Em nossas pesquisas, descobrimos o trabalho do Renato”, diz a moça, referindo-se ao arquiteto Renato Marques (1951-2011).

No primeiro telefonema, a simplicidade do profissional encantou os então futuros clientes. A empatia inicial foi sucedida por uma parceria afinada da família com Renato e seu sócio, Daniel Fromer. O time ainda incluiu o designer de interiores Fernando Piva, amigo de infância do proprietário. Tamanha sinergia acelerou a aprovação dos planos, segundo Daniel. “O programa era muito extenso, mas as ideias dos donos estavam bem amarradas. Então, só precisávamos encontrar uma maneira de adequar a construção ao lote e fragmentá-la para não ficar com cara de palácio”, diz. Daí a planta de 897 m² dividida em três alas – uma destinada à família; outra aos hóspedes; e, no meio, o retângulo das áreas de serviço e social, com varanda conjugada à piscina.

Os principais materiais seguem a cartilha de reaproveitamento da dupla de arquitetos. É o caso dos tijolos de demolição, que formam divisórias duplas, e também dos telhões de barro e dos elementos de peroba. Até as pedras usadas no embasamento e em algumas paredes carregam essa marca, já que saíram do próprio terreno. O charme trazido pela estrutura angariou reforço nos revestimentos, deixados a critério do designer de interiores e da cliente. “Escolhemos o verde-escuro como base para os ladrilhos, e esse tom articulou a decoração inteira”, conta Fernando.

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Três alas organizam os ambientes

As suítes da família formam um bloco conectado às áreas social e de serviço. Já o núcleo de hóspedes ganhou um pavimento inferior, aproveitando o declive do terreno. Pela mesma razão, a casa do caseiro ocupa o trecho sob a piscina.

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Área: 897 m²; Construção: Construtora Schery; Materiais de demolição e esquadrias: Zé Demolições: Projeto de Iluminação: Reka; Paisagismo: KM Arquitetura Paisagística.

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