Refúgio no campo tem tudo: cimento queimado, tijolos aparente e ladrilhos
Compartilhar as memórias de infância com a esposa e os arquitetos foi o caminho acertado para um empresário construir seu refúgio no campo exatamente como sonhava
Por Por Cristiane Teixeira (texto) e Deborah Apsan (visual) | Projeto Studio Casa 4 (Arquitetura) e Fernando Piva (Interiores) | Fotos Eduardo Pozella
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19 Jan 2017, 14h15 - Publicado em 11 May 2015, 20h36
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Compartilhar as memórias de infância com a esposa e os arquitetos foi o caminho acertado para um empresário construir seu refúgio no campo exatamente como sonhava: com paredes de tijolo, muita madeira, ladrilhos hidráulicos e cimento queimado. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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A madeira ripada filtra a luz natural, que faz do hall um espaço não apenas de acesso aos quartos e à sala como também de contemplação das árvores. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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A porta de entrada pivotante e os outros caixilhos têm desenho dos arquitetos e foram confeccionados pela Zé Demolições. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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Detalhe dos ladrilhos hidráulicos, que aparecem em diferentes padrões, sempre nos tons verde e natural. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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Na cozinha, eles desenham um tapete em meio ao piso de cimento polimérico – ambos da Dalle Piagge. Para a marcenaria, Fernando Piva elegeu uma linha (Paris, da Ornare) que, marcada por almofadas nas portas e puxadores do tipo concha, remete ao passado. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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A estampa do piso da varanda se repete num trecho de parede da cozinha, criando unidade visual. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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Mesmo no verão, a sala permanece fresca graças às grandes aberturas, ao pé-direito de 3,50 m e à larga varanda com telhado baixo, que barra os raios solares. Nos dias frios, a lenha queima na lareira com fundo de vidro. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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Como nas antigas fazendas, o piso e o forro do banheiro do casal são de peroba. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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A mesma madeira dá forma à treliça do guarda-corpo na varandinha do quarto, protegendo-o contra olhares externos. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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Compartilhar as memórias de infância com a esposa e os arquitetos foi o caminho acertado para um empresário construir seu refúgio no campo exatamente como sonhava: com paredes de tijolo, muita madeira, ladrilhos hidráulicos e cimento queimado. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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Com suas janelas abertas para a rua do condomínio, a galeria que conduz aos quartos da família é um mirante – o banco rente à parede elimina qualquer dúvida a respeito. À noite, a calha metálica e com fita de led (Reka) produz iluminação lavada. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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A varanda integra a casa à piscina e ao deck, montado com ipê de demolição. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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Pela escada externa também se alcança o nível inferior da construção, onde ficam o jardim e a sala de TV. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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Spots com lâmpadas PAR 20 sem difusor chamam a atenção para a textura da parede de pedra. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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Revestida de ladrilhos verdes, a escada interna comunica os dois pavimentos do bloco de hóspedes. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
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Esta saleta tem um único propósito: servir ao relaxamento após uma sessão de sauna. Basta se deixar levar pela visão das jabuticabeiras lá fora. Projeto de Studio Casa 4 e Fernando Piva.
Há tempos, a fazenda pertencente aos avós deixou as mãos da família. Mas as recordações felizes e o desejo de revivê-las permaneceram tão fortes que se tornaram o alicerce deste projeto, erguido no terreno de 3,5 mil m² dentro de um condomínio. Distante 50 minutos de São Paulo, onde mora o casal com três filhos pequenos, o lugar cumpre sua vocação: ser o destino de descanso em quase todos os fins de semana. “Nós queríamos uma morada com jeito bem rural, só que mais clean para não enjoar. E precisava ser grande para receber bastante gente. Em nossas pesquisas, descobrimos o trabalho do Renato”, diz a moça, referindo-se ao arquiteto Renato Marques (1951-2011).
No primeiro telefonema, a simplicidade do profissional encantou os então futuros clientes. A empatia inicial foi sucedida por uma parceria afinada da família com Renato e seu sócio, Daniel Fromer. O time ainda incluiu o designer de interiores Fernando Piva, amigo de infância do proprietário. Tamanha sinergia acelerou a aprovação dos planos, segundo Daniel. “O programa era muito extenso, mas as ideias dos donos estavam bem amarradas. Então, só precisávamos encontrar uma maneira de adequar a construção ao lote e fragmentá-la para não ficar com cara de palácio”, diz. Daí a planta de 897 m² dividida em três alas – uma destinada à família; outra aos hóspedes; e, no meio, o retângulo das áreas de serviço e social, com varanda conjugada à piscina.
Os principais materiais seguem a cartilha de reaproveitamento da dupla de arquitetos. É o caso dos tijolos de demolição, que formam divisórias duplas, e também dos telhões de barro e dos elementos de peroba. Até as pedras usadas no embasamento e em algumas paredes carregam essa marca, já que saíram do próprio terreno. O charme trazido pela estrutura angariou reforço nos revestimentos, deixados a critério do designer de interiores e da cliente. “Escolhemos o verde-escuro como base para os ladrilhos, e esse tom articulou a decoração inteira”, conta Fernando.
Três alas organizam os ambientes
As suítes da família formam um bloco conectado às áreas social e de serviço. Já o núcleo de hóspedes ganhou um pavimento inferior, aproveitando o declive do terreno. Pela mesma razão, a casa do caseiro ocupa o trecho sob a piscina.
Área: 897 m²; Construção: Construtora Schery; Materiais de demolição e esquadrias: Zé Demolições: Projeto de Iluminação: Reka; Paisagismo: KM Arquitetura Paisagística.