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Paralelos mínimos

Casa de Marcio Kogan faz de grandes volumes retilíneos espaços acolhedores que homenageiam o melhor da arquitetura paulista.

Por Reportagem: Ana Weis Fotos: Jonas Bjerre-Poulsen
Atualizado em 20 dez 2016, 22h59 - Publicado em 25 ago 2011, 11h57

Um número mínimo de planos define as áreas de uma ocupação elegante pela economia de volumes e superfícies. A Casa 6, projeto de Marcio Kogan e sua equipe para uma família paulistana, é uma intervenção quase minimalista no espaço, um terreno de 890 m² que deu origem à morada de 995 m², distribuídos em três níveis. Composta de dois volumes que se desenvolvem em planos e vãos largos, a construção herda a mais pura tradição da arquitetura paulista, ao valorizar ao máximo os materiais da estrutura – no caso, o concreto aparente, a pedra moledo e a madeira de demolição. Da mesma influência moderna, vem o uso de vãos largos, como a varanda interna suspensa por pilotis, coração do projeto. “Sua principal característica é a organização dos espaços ao redor da varanda”, diz Marcio Kogan. “Reflexo direto da família que a habita – um casal com quatro filhos adolescentes -, a casa é cheia de vida, desenhada para o encontro e a interação entre todos”, continua o arquiteto, que assina a proposta com Eduardo Chalabi e o projeto de interiores com Mariana Simas e Diana Radomysler. Clássicos do design internacional e brasileiro, como cadeiras Lucio e Oscar, de Sergio Rodrigues, contracenam com peças desenhadas pela equipe de Kogan, em uma composição que invoca a todo momento a sensação de conforto, como contraponto à amplidão geométrica proposta pelo programa. A luz é outra compensação ao desenho retilíneo da proposta. “Uma iluminação sutil, indireta, com pontos de luz focal para leitura em alguns lugares, é o que cria o clima de um ambiente à noite”, conta Mariana Simas.