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Manaus cresce para o alto

Com um crescimento cada vez mais robusto nas vendas e nos lançamentos de prédios residenciais, a capital amazonense se verticaliza.

Por Por Isaac de Paula e Souza Ilustrações Bruno Algarve
Atualizado em 21 dez 2016, 16h59 - Publicado em 6 fev 2012, 13h11

Estamos nos rendendo a um costume dos centros urbanos: morar em apartamentos. Em dez anos houve um salto de 139% no número de famílias que passaram a viver em condomínios verticais na capital. Pulou de 20 115 em 2000 para 48 002 em 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon- AM) demonstram o aquecimento no setor: o porcentual de vendas desse tipo de imóvel evoluiu 19% em um ano. Novos levantamentos continuam apontando para cima. Só de janeiro a julho último, o Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb) autorizou 189 alvarás de construção para prédios residenciais, o que significa a permissão para o início de quase duas centenas de novas obras. “Esse movimento do setor imobiliário multifamiliar comprova que a cidade está se verticalizando”, diz Pedro Paulo Cordeiro, diretor de planejamento urbano do órgão. Segundo estatísticas do Sinduscon, no segundo trimestre de 2009 foram contabilizadas 3 459 ofertas de imóveis na capital. Número que passou para 4 701 em 2010 e 4 135 em 2011. “É um crescimento anual médio de 8,8%. Mais que o PIB, que cresceu na faixa de 3,5% durante o mesmo período”, compara o professor Luiz Roberto Coelho Nascimento, do departamento de economia da Universidade Federal do Amazonas.

Em ascensão

 

Os apartamentos de 50 a 100 m² estão no topo das comercializações, com 705 unidades vendidas de abril a junho. Mas são os imóveis de 200 a 250 m² os vendidos mais rapidamente – 60% de todos os empreendimentos disponíveis ganharam donos no período: foram vendidos 68 de 112 imóveis. “Essa demanda se deve a um crescimento impulsionado pela ascensão das classes C e D, maior oferta de crédito e aumento da confiança do consumidor. Os empreendimentos são assinados por pelo menos 19 construtoras com nomes fortes e garantia de qualidade”, justifica Pedro Paulo. A confiança se reflete nos contratos fechados com a obra ainda na planta. Correspondem a 71,93% das negociações (leia a reportagem Compra na Planta sem Susto, na pág. 20). Consumidores e incorporadoras citam os bairros Ponta Negra e Adrianópolis como os principais destinos desse crescimento. Neles, os canteiros de obras e os serviços se multiplicam. Confira nos mapas das páginas seguintes alguns destaques do mercado imobiliário nessas áreas.

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