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Estêncil, lambe-lambe, serigrafia e obras de arte na casa desta artista

Em sua casa, a artista plástica Simone Sapienza customizou os espaços. Há um pouco dela em cada canto.

Por Por Marcel Verrumo | Fotos Katia Lombardo
Atualizado em 20 dez 2016, 19h57 - Publicado em 27 jul 2012, 19h46

A artista plástica Simone Sapienza – ou Siss, simplesmente – havia passado o dia trabalhando no ateliê de sua casa em Atibaia (SP). A caminho da cozinha, Siss percebeu que pinturas de bigodes – de várias cores e tamanhos – tomavam as paredes. Eram desenhos de sua prima Madu, de 11 anos. Embora surpresa, Siss já estava acostumada com mensagens deixadas assim pelos seus visitantes.

Mão na massa

 

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A casa de Siss começou a ser construída em 2007, quando ela abandonou a cidade de São Paulo e se mudou para o interior. Foi em busca de qualidade de vida e da tranquilidade que a capital lhe roubara, ela conta. Desde o início, dava palpites em todas as etapas da construção. “Queria morar em uma casa que tivesse a minha cara. Ficava ao lado dos pedreiros, sugerindo alterações”, revela. Construiu uma moradia com três suítes, uma sala de lareira e uma de estar, jantar e cozinha integradas. No quintal, montou um ateliê para trabalhar. O projeto da moradia é da arquiteta Débora Balastreire.

Descoberta do estêncil

 

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Quando iniciou a construção, ela não pensava em pintar a casa com seus próprios estênceis. Em 2010, participou de um Curso de Estêncil oferecido pela prefeitura de Atibaia e se encantou pela técnica. Celso Gitahy e Matias Picon, especialistas no assunto, incentivaram Siss, então pintora de telas, a se tornar criar estênceis, de forma definitiva. Ela, então, começou a frequentar feiras da área, a expor seu trabalho no Brasil e no exterior e a pintar profissionalmente. Recém-construídas, as paredes da casa seriam as telas em que ela testaria a nova técnica.

“Você estragou sua casa”, bradou a avó

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Quem visita a casa de Siss não consegue ficar alheio aos desenhos. A moradia é um convite para compartilhar mensagens. Nunca ninguém criticou a decoração autoral dos ambientes, mas há quem tenha se impressionado. “Minha avó ficou horrorizada com as pinturas e me disse que eu havia estragado a construção”, revela. A cena foi tão marcante que Siss desenhou sua avó dando a bronca e usou a imagem para fazer o e-mail marketing do seu site. Aliás, a artista revela que um dos próximos estênceis a serem pintados será o de sua avó.

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Marcas de visitantes

 

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Como ninguém consegue ficar alheio aos desenhos, a moradora reservou o lavabo para os visitantes deixarem recados. “Meus amigos desenham e escrevem. Minha prima, Madu, que já havia desenhado bigodes no quintal, encontrou no lavabo o espaço para continuar sua façanha: desenhou mais bigodes e, ao lado, escreveu a palavra honra”, revela.

No interior da casa, tudo reflete a personalidade de Siss: as pinturas, o objetos, os materiais utilizados. “Minha casa sou eu. Quem gosta dela, gosta de mim”, finaliza.

 

Para conhecer melhor o trabalho de Siss, acesse www.siss1.com.br

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