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Em breve, sua casa vai poder te consolar quando você chegar triste

Batizado de EQ-Radio, o dispositivo capta as suas frequências cardíaca e respiratória e, a partir delas, determina que emoção você está sentindo

Por Helô D'Angelo, de Exame.com
Atualizado em 19 jan 2017, 14h17 - Publicado em 25 nov 2016, 13h19
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Imagine a cena: você está triste depois de um dia super difícil de trabalho. Você chega em casa, abre a porta e, na cozinha, um café fresquinho está passando – o cheiro te leva direto para as lembranças confortáveis da sua infância. Lar doce lar. Agora o oposto: você foi promovido, entra dançando de alegria em casa – e de cara começa a tocar Eye of The Tiger.

Essa parece até uma cena da série Black Mirror, que explora a relação da sociedade com a tecnologia, mas, em breve, pode se tornar realidade: um grupo de cientistas do Laboratório de Inteligência Artificial de Computação e Ciência (CSAIL) do MIT acaba de criar uma inteligência artificial capaz de ler emoções – e de interagir com elas.

Batizado de EQ-Radio, o dispositivo capta as suas frequências cardíaca e respiratória e, a partir delas, determina que emoção está dominando seu coraçãozinho. E não precisa de fios e eletrodos, não: todas as informações são colhidas via wireless – então, basta você chegar em casa para a magia acontecer.

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Na prática, o que o EQ-Radio faz é emitir um sinal sem fio, que é refletido pelo corpo das pessoas de volta para o aparelho. Aí, a máquina lê as informações contidas no sinal, e compara com um banco de dados gigante, cheio de informações sobre centenas de pessoas – todos reunidos em um estudo anterior.

Nesse estudo, os participantes assistiam filmes de comédia, drama, terror e romance enquanto tinham suas emoções, seus batimentos cardíacos e suas frequências respiratórias cuidadosamente catalogadas pelo EQ-Radio. Uma vez compreendida a sua emoção naquele momento, o EQ consegue criar uma atmosfera mais apropriada para o seu humor: se você está tristonho, ele pode colcoar uma música alegre para te animar; se você está apaixonado, ele pode diminuiras luzes para ~pintar aquele clima~, e por aí vai.

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E não é só isso: a ideia dos cientistas é que o dispositivo seja útil também para colher informações de pessoas que sofrem de depressão, transtorno bipolar e ansiedade, o que ajudaria a regular remédios e a checar se determinado tratamento está funcionando ou não. Outra ideia dos caras é monitorar a saúde cardíaca e respiratória de quem tiver o EQ.

Por enquanto, o leitor de emoções consegue prever quatro emoções – felicidade, tristeza, raiva e excitação – com 87% de certeza. É baixo: o EQ ainda se confunde quando as emoções estão misturadas, como quando ficamos tristes e com raiva ao mesmo tempo, ou quando estamos melancólicos ou com saudade. Ou seja: ainda falta um bocado de calibragem para que o dispositivo entre no mercado e transforme o cotidiano em um episódio de Black Mirror.

Confira mais detalhes no vídeo abaixo:

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[youtube https://www.youtube.com/watch?v=nmcDnEhZTJM%5D

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