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Casa Verde: verticalização à toda

Em meio as casinhas enfileiradas, os prédios começaram a surgir no final dos anos 90 e se espalharam por todo o bairro, que tem como trunfo a facilidade de acesso ao centro

Por Da redação
Atualizado em 14 dez 2016, 11h09 - Publicado em 7 fev 2007, 13h14

Ruas íngremes e curvas suaves levam a esse bairro da zona norte. A verticalização hoje é uma realidade. “Essa tendência deve se intensificar nos próximos cinco anos”, aposta Luiz Kechichian, diretor da Mirantte, imobiliária especializada na zona norte. Para ele, os novos condomínios para a classe média, modernos e dotados de infra-estrutura de lazer, têm valorizado a região. Muitos moradores, porém, temem que o crescimento não planejado traga problemas futuros de infra-estrutura. Uma boa nova foi a revitalização da avenida Brás Leme, que ganhou um canteiro central com 7km de pista para cooper, jardins e iluminação. Apesar da construção de diques e obras de recuperação das galerias das pontes sobre o Tietê, as enchentes persistem. Segundo a sub-prefeitura da Casa Verde, a solução definitiva do problema depende de obras grandes e que existem investimentos altos, como a canalização do córrego Guaraú. Conta-se que o nome do bairro tem origem num sítio que ficava na margem do rio Tietê, na primeira metade do século 19. Seu dono, José Arouche de Toledo Rondon, batizou o local de Casa Verde. As janelas da casa eram pintadas de verde e chamava tanto a atenção que suas irmãs acabaram ficando conhecidas como “as meninas da Casa Verde”. O nome pegou. Em 1857, Toledo Rondon vendeu suas terras para Francisco Antonio Baruel, pai de um farmacêutico muito conhecido na cidade. Ele repassou uma parte da propriedade ao tenente-coronel Fidélis Nepomuceno Prates e, finalmente, em 1882, as terras acabaram nas mãos de João Maxwell Rudge. Seus herdeiros lotearam a região em 1897 para criar um bairro com o nome de Vila Tietê. Mas a lembrança das “meninas da Casa Verde” foi mais forte. Positivos

Boa convivência com vizinhos

Facilidade de acesso

NegativosPoucas opções de comércio e serviços

Alagamentos

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“Estou a quinze minutos dos lugares aonde preciso ir”

O designer gráfico Robson Regato mora e trabalha em uma casa-estúdio na Casa Verde. “Quando saio para visitar clientes não enfrento congestionamentos. Estou próximo do Centro, dos Jardins e da Vila Madalena.” Ele sente falta de livrarias, cinemas, bares e restaurantes. “Antes morava perto da Avenida Paulista e fazia tudo a pé, agora dependo do carro. Mas segurança, conforto e trânsito calmo compensam a escolha.”

O¿bairro reúne moradores de extratos mais populares e de classe média, que desfrutam a tranqüilidade de morar no além-Tietê e estar a poucos minutos de ônibus do centro da cidade, onde muitos trabalham. A paixão pelo lugar onde vivem é uma conhecida característica dos moradores da Casa Verde, que prezam as relações de vizinhança e o ritmo de vida mais acolhedor, próprios da zona norte. As escolas de samba que mantém quadras na região são outro motivo de orgulho. Quatro delas integram o grupo especial, composto pelas melhores agremiações da cidade: Unidos do Peruche, Rosas de Ouro, Mocidade Alegre e Império da Casa Verde. ¿

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